Barroso
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Município do Brasil | |||
Pôr do sol em Barroso | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | barrosense[1] | ||
Localização | |||
Localização de Barroso em Minas Gerais | |||
Localização de Barroso no Brasil | |||
Mapa de Barroso | |||
Coordenadas | 21° 11′ 13″ S, 43° 58′ 33″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Minas Gerais | ||
Municípios limítrofes | Barbacena, São João del-Rei, Prados, Dores de Campos e Carandaí | ||
Distância até a capital | 197 km | ||
História | |||
Fundação | 12 de dezembro de 1953 (70 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Anderson Geraldo de Paula (UNIÃO [2], 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [4] | 81,726 km² | ||
População total (censo IBGE/2022[1]) | 20 080 hab. | ||
Densidade | 245,7 hab./km² | ||
Clima | tropical de altitudeCwb | ||
Altitude | 929 m (sede) m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 36212-000 a 36212-999[3] | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[5]) | 0,745 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[6]) | R$ 190 077,005 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[6]) | R$ 9 459,86 | ||
Sítio | www.barroso.mg.gov.br (Prefeitura) www.camarabarroso.mg.gov.br (Câmara) |
Barroso é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população recenseada em 2022 era de 20 080 habitantes.[1] O barrosense mais ilustre foi o historiador, folclorista e professor Basílio de Magalhães.[9][10]
A libélula Heteragrion cyane é encontrada apenas neste município, endêmica de uma pequena área de mata ciliar próxima ao Rio das Mortes.[11][12] Conhecido como Mata do Baú, o fragmento florestal abriga uma grande biodiversidade.[13][14][15]
História
[editar | editar código-fonte]A história do município de Barroso remonta ao século XVIII e está diretamente ligada aos bandeirantes, que percorriam a área em busca de ouro. Após a abertura do Caminho Novo pelo filho de Fernão Dias, Rodrigo Dias Paes, criou-se um caminho ligando este às Vilas de São José Del Rei (Tiradentes) e São João Del Rei que ficou conhecido como "Caminho de Baixo", passando por Barroso e atravessando o vale do rio Loures na direção da Caveira (distrito de São Sebastião das Campinas), margeando a parte sul da Serra de São José até alcançar a Ponta do Morro (Prados) e de lá as duas grandes vilas na Comarca do Rio das Mortes. Barroso era, naquela época, um entroncamento importante entre o Arraial da Borda do Campo (Barbacena) nas margens do Caminho Novo e as vilas de São José e São João Del Rei, conectando-se com as roças de Alberto Dias (Alfredo Vasconcelos), de Estevão Reis (Ressaquinha) e o Arraial de Calandhay (Carandaí) já no rumo da região das Minas do Ouro onde ficava Vila Rica (Ouro Preto) e Mariana.[16]
O mais antigo registro histórico da cidade, de 1729, é a hipoteca de um terreno pelo português Antônio da Costa Nogueira, que construiu a primeira capela de Sant'Ana do Barroso na freguesia da Borda do Campo (Barbacena). A povoação cresceu em torno dessa capela e foi elevada a freguesia em 1874. O distrito de Barroso foi criado no século XIX. Pertenceu aos municípios de Barbacena, Prados e depois Tiradentes. Em 1938, depois da emancipação de Dores de Campos, o distrito de Barroso passou a integrar o novo município.[17]
Há registros de um suposto[18] alferes Joaquim Barroso ter sido o fundador da povoação entre o final século XVII e início do século XVIII, mas trata-se de um equívoco porque a região nessa época era ocupada apenas pelos povos indígenas.[19]
No dia 12 de dezembro de 1953, após articulações políticas de representantes do município de Barroso, a localidade transformou-se em Município pela Lei 1.259, emancipando-se de Dores de Campos.[20] No dia 1 de janeiro de 1954 foi instalado o município e a Comissão de Emancipação erigiu um obelisco na Praça Gustavo Meireles, como marco da histórica data.[21]
Foram os seguintes componentes da Comissão Emancipadora: Geraldo Napoleão de Sousa (presidente), Epifânio Barbosa, Humberto Carbonaro, José da Silva Pinto, Brasilino dos Reis Melo, Silvano Albertoni, José Augusto de Sousa e José Pio de Sousa. Geraldo Napoleão de Souza foi o primeiro prefeito eleito (1955 — 1959) do município.[22]
A partir das décadas de 1950, 60 e 70, com o advento da indústria de cimento no município, o município observou um expressivo crescimento, atraindo pessoas de diversas áreas a Barroso, que buscavam oportunidades de emprego. O município passou a ter então, um perfil majoritariamente industrial.[carece de fontes]
Geografia
[editar | editar código-fonte]Com uma área de 81,726 km², faz divisa com os municípios de Barbacena, São João del-Rei, Prados e Dores de Campos.[carece de fontes]
Barroso está a cerca de 1000 metros acima do nível do mar, devido a esta altitude o período de calor é relativamente curto, entre os meses de novembro a março.[carece de fontes]
A localização de Barroso é estratégica; fica a poucos quilômetros dos centros consumidores do Sudeste brasileiro e próximo dos corredores de exportação de Santos, Vitória e Rio de Janeiro. A vegetação predominante são os campos de altitude com manchas de Mata Atlântica e matas de galeria nos vales dos rios das Mortes, Elvas, Loures entre outros, porém iniciando a transição para o Cerrado. O clima é Tropical de altitude.[carece de fontes]
Conforme a classificação geográfica mais moderna (2017) do IBGE, Barroso é um município da Região Geográfica Imediata de Barbacena, na Região Geográfica Intermediária de Barbacena.[23]
Rodovias
[editar | editar código-fonte]O município é cortado pela rodovia BR-265.[24]
Relevo[carece de fontes]
[editar | editar código-fonte]- Plano: 15%
- Ondulado: 60%
- Montanhoso: 25%
Hidrografia[carece de fontes]
[editar | editar código-fonte]Nasce na Serra da Mantiqueira, percorre uma extensão de 278 km e deságua no rio Grande.
- Córrego Boqueirão.
- Rio Loures.
- Rio Elvas.
- Córrego do Bandeira.
- Ribeirão Alberto Dias.
- Rio Ressaquinha.
Demografia[carece de fontes]
[editar | editar código-fonte]A população de Barroso se mantém em crescimento vegetativo, porém quase sempre de maneira constante, com taxas médias de crescimento anual acima de 2%, segundo o resultado do Censo Demográfico de 2000 no qual se verifica taxa de 2,02% por ano.[carece de fontes]
Ano | População |
---|---|
1970 | 10940 |
1980 | 14320 |
1991 | 17014 |
2000 | 18197 |
2008 | 20096 |
2009 | 20253 |
Regiões[carece de fontes]
[editar | editar código-fonte]Barroso está dividida em cinco regionais (regiões). São elas:
- Região Central
- Zona Oeste
- Zona Sul
- Zona Leste
- Zona Norte
Distritos
[editar | editar código-fonte]- Barroso - sede do município
- Boa Vista - 4 km da sede
- Caetés - 6 km da sede
- Invernada
- Zé Deia
- Boqueirão
- Bom Jardim
- Cantagalo
- Laranjeira
- Brejinho
- Olaria
- Morro da Telha
Bairros[carece de fontes]
[editar | editar código-fonte]O maior bairro da cidade é o Bairro Jardim Bandeirantes.
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Circunscrição eclesiástica
[editar | editar código-fonte]As paróquias de Sant'Ana e do Rosário de Nossa Senhora de Fátima pertencem à Diocese de São João del-Rei.[25]
Cultura
[editar | editar código-fonte]Dialeto local
[editar | editar código-fonte]Segundo o Esboço de um Atlas Linguístico de Minas Gerais (EALMG), realizado pela UFJF em 1977, o dialeto local é o mineiro.[26][27]
Administração
[editar | editar código-fonte]- Prefeito: Anderson Geraldo de Paula (2021/2024)
- Vice-prefeito: Eduardo Ferreira Pinto (2021/2024)
- Presidente da câmara: Eduardo Ferreira Pinto (2019)
- Vereadores: Baldonedo Arthur Napoleão, Anderson Geraldo de Paula, Leone Wagner do Nascimento, Marco Antonio da Silva, João Campos, Giovani Graçano, Vera Aparecida Pereira, Allan Carlos de Campos e Eduardo Ferreira Pinto.[28]
Referências
- ↑ a b c «Barroso». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 28 de agosto de 2023
- ↑ «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022
- ↑ Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ Machado, Angelo B. M.; Souza, Marcos M. de (2014). «A remarkable new species of Heteragrion from Brazil (Odonata: Megapodagrionidae)» (requer pagamento). International Journal of Odonatology. 17 (2-3): 95–99. ISSN 1388-7890. doi:10.1080/13887890.2014.925514
- ↑ Alves, Débora Bendocchi. (org.) 2015. Ernst Hasenclever e sua viagem às províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro. p.234. ISBN 978-85-85-930-691
- ↑ Verbete Basílio de Magalhães, in: Luís da Câmara Cascudo (2000). Dicionário do Folclore Brasileiro 10ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro. p. 146. ISBN 8500800070. Consultado em 1 de março de 2015
- ↑ Jacqueline das Mercês Silva Pinto (2005). Basílio de Magalhães - Trajetória e estratégia de mobilidade social (1874-1957) (PDF) (Tese de Especialização em História de Minas). Universidade Federal de São João del Rei. 46 páginas. Consultado em 28 de fevereiro de 2015
- ↑ Bueno, José Valmei (2014). «Descoberta científica: Grupo coordenado por professor do IFSULDEMINAS - Câmpus Inconfidentes descobre espécie de libélula». Instituto Federal do Sul de Minas - Campus Inconfidentes. Cópia arquivada em 5 de maio de 2020
- ↑ Machado, Angelo B. M.; Souza, Marcos M. de (2014). «A remarkable new species of Heteragrion from Brazil (Odonata: Megapodagrionidae)» (requer pagamento). International Journal of Odonatology. 17 (2-3): 95–99. ISSN 1388-7890. doi:10.1080/13887890.2014.925514
- ↑ Souza, Marcos Magalhães de; Souza, Brígida; Pereira, Matheus Carvalho Soares de Aguiar; Machado, Angelo Barbosa Monteiro (2013). «List of Odonates from Mata do Baú, Barroso, Minas Gerais, Brazil». Check List (em inglês). 9 (6): 1367–1370. ISSN 1809-127X. doi:10.15560/9.6.1367
- ↑ Silva, Marise da (2012). Diversidade de Neuroptera (Insecta) na Mata do Baú, Barroso, MG (Mestrado em Entomologia). Lavras: Universidade Federal de Lavras
- ↑ Neto, Luiz Menini; Assis, Leandro C. de S.; Forzza, Rafaela C. (2004). «A família Orchidaceae em um fragmento de floresta estacional semidecidual, no município de Barroso, Minas Gerais, Brasil» (PDF). Lundiana. 4 (1): 19–27. ISSN 1676-6180
- ↑ COSTA, Antônio Gilberto (2005). Os Caminhos do Ouro e a Estrada Real. Belo Horizonte: Ed. UFMG/Kapa Editora
- ↑ Silva, 2019. p. 27
- ↑ Souza, 1979
- ↑ Silva, 2019, p.15-16. "É portanto tudo o que se sabe da histórica figura, cujo nome jamais constou nas fontes documentais das quais se servem os historiadores para produção do conhecimento histórico. A informação de que o alferes teria vivido por volta do século XVII, é um equívoco, visto que à época a região era povoada pelos índios e somente no princípio do século seguinte passaria então a ser pisoteada pelo colono ávido pelas riquezas minerais."
- ↑ cidades.ibge.gov.br https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/barroso/historico. Consultado em 28 de agosto de 2023 Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - ↑ DIA, Barroso EM (19 de julho de 2023). «Prefeitura vai reformar a Praça Gustavo Meireles. Veja o vídeo!». barrosoemdia. Consultado em 28 de agosto de 2023
- ↑ José Venâncio de Resende (13 de Março de 2012). «Em Barroso, trajetórias política e industrial se misturam». Jornal das Lajes. Consultado em 3 de Dezembro de 2013
- ↑ «Divisões Regionais do Brasil | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 15 de junho de 2022
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2009). «Mapa Político do Estado de Minas Gerais» (PDF). Consultado em 12 de dezembro de 2014
- ↑ Silveira, Lucas. «Diocese ganha novo mapa territorial após criação de novas foranias». Diocese de São João del Rei. Consultado em 19 de fevereiro de 2023
- ↑ «Esboço de um Atlas Linguístico de Minas Gerais (EALMG) | Projeto Atlas Linguístico do Brasil». alib.ufba.br. Consultado em 15 de junho de 2022 soft hyphen character character in
|titulo=
at position 78 (ajuda) - ↑ «Pseudolinguista: Mapa dos sotaques em Minas Gerais». Pseudolinguista. Consultado em 15 de junho de 2022
- ↑ «Prefeitura Municipal de Barroso». www.barroso.mg.gov.br. Consultado em 11 de novembro de 2019
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Alves, Fernanda (2011). «Freguesia de Vermoim quer estar mais próxima de Barroso, no Brasil». Maia Primeira Mão. Consultado em 4 de fevereiro de 2020
- Corrêa, Petterson Ávila (2014). Conflitos ambientais em Barroso: a fábrica de cimento e movimentos sociais (1955-2013) (PDF) (Tese de Mestrado em História). Universidade Federal de São João del Rei
- Costa, Antônio Gilberto (2005). Os Caminhos do Ouro e a Estrada Real. Belo Horizonte: Editora da UFMG. ISBN 9788570414588
- Minas Gerais. Assembléia Legislativa Provincial (1874). «Lei n.º 2086 de 24 de dezembro de 1874». Arquivo Público Mineiro. Consultado em 3 de fevereiro de 2020.
Art. 3º. Fica elevado á cathegoria de parochia o districto do Barroso, termo de Barbacena
- Pinto, Jacqueline das Mercês Silva (2005). Basílio de Magalhães - Trajetória e estratégia de mobilidade social (1874-1957) (PDF) (Tese de Especialização em História de Minas). São João del Rei: Universidade Federal de São João del Rei. 46 páginas. Consultado em 28 de fevereiro de 2015
- Silva, Wellington José Tibério (2019). Barroso: um relato sobre a origem. Barbacena: Centro Gráfico e Editora. ISBN 978-85-54113-02-5
- Silva, Luiz (1960). «Implicacoes Politicas do Desenvolvimento Industrail em Barroso - MG.» (requer pagamento). Revista Brasileira de Estudos Politicos. 9: 234–251
- Souza, Geraldo Napoleão de (1979). Barroso, subsídios para a História do Município. Viçosa: Folha de Viçosa
- Souza, Marcos Magalhães de (2006). «Barroso, uma história de desmatamentos e de esforços atuais para conservação». Vertentes (UFSJ). 27: 16-26 – via Blog Histórias de Barroso
- Souza, Marcos Magalhaes de; Pires, Epifânio Porfiro; Elpino-Campos, Abner; Louzada, Júlio Neil Cassa (2014). «Nesting of social wasps (Hymenoptera: Vespidae) in a riparian forest of rio das Mortes in southeastern Brazil». Acta Scientiarum. Biological Sciences. 36 (2): 189-196. ISSN 1807-863X. doi:10.4025/actascibiolsci.v36i2.21460