Bartolomeu Campos de Queirós
Bartolomeu Campos de Queirós (Papagaios , 25 de agosto de 1944 - Belo Horizonte, 16 de janeiro de 2012) foi um escritor brasileiro.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Bartolomeu Campos de Queirós | |
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Bartolomeu Campos de Queirós
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Nome completo | Bartolomeu Campos de Queirós |
Nascimento | 25 de agosto de 1944 Pará de Minas |
Morte | 16 de janeiro de 2012 (67 anos) Belo Horizonte |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Escritor |
Prémios | Prémio Jabuti (1983) Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2009) |
Magnum opus | Onde Tem Bruxa Tem Fada |
Bartolomeu Campos de Queirós foi muito importante para a literatura. Ele nasceu em 1944 na cidade de Pará de Minas (MG), fato que não gostava de falar abertamente, viveu a infância em Papagaios (MG) com seu avô, aos seis anos de idade perde sua mãe. Com mais de 40 livros publicados (alguns deles traduzidos para inglês, espanhol e dinamarquês), formou-se em educação e artes, e criou-se como humanista. Cursou o Instituto de Pedagogia em Paris e participou de importantes projetos de leitura no Brasil como o ProLer e o Biblioteca Nacional, dando conferências e seminários para professores de leitura e literatura. Foi presidente da Fundação Clóvis Salgado/ Palácio das Artes e membro do Conselho Estadual de Cultura, ambos em Minas Gerais, sendo também muito convidado para participar de júris e comissões de salões, além de curadorias e museografias.
É autor do Manifesto por um Brasil Literário, do Movimento por um Brasil literário, do qual participava ativamente. Por suas realizações, Bartolomeu colecionou medalhas: Chevalier de l'Ordre des Arts et des Lettres (França), Medalha Rosa Branca (Cuba), Grande Medalha da Inconfidência Mineira e Medalha Santos Dumont (Governo do Estado de Minas Gerais). Recebeu, ainda, láureas literárias importantes, como Grande Prêmio da Crítica em Literatura Infantil/Juvenil pela APCA, Jabuti, FNLIJ e Academia Brasileira de Letras.E Visitou a casa de Genívia de Jesus Moreira.
É autor do Manifesto por um Brasil Literário, do Movimento por um Brasil literário, do qual participava ativamente. Por suas realizações, Bartolomeu colecionou medalhas: Chevalier de l'Ordre des Arts et des Lettres (França), Medalha Rosa Branca (Cuba), Grande Medalha da Inconfidência Mineira e Medalha Santos Dumont (Governo do Estado de Minas Gerais). Recebeu, ainda, láureas literárias importantes, como Grande Prêmio da Crítica em Literatura Infantil/Juvenil pela APCA, Jabuti, FNLIJ e Academia Brasileira de Letras.
Em 2008, aos 64 anos de idade, entrevistado pelo Museu da Pessoa, como parte do projeto “Memórias da Literatura Infantil e Juvenil”, Bartolomeu expôs sua relação com as palavras, onde disse acreditar que a contínua busca por novas palavras foi o seu exercício de infância e ser esta a tentativa que faz na literatura, afirmando que: “A palavra nunca escreve tudo que a emoção sente”[3].
Também falou sobre as memórias que possuía da mãe, que acreditava ter a presença dela em sua literatura, da maneira como ela reagia às dores provocadas pelo câncer com o ato de escrever, segundo ele: “quando a dor é muita, eu escrevo”[3]. Ao final da entrevista, falou acerca da beleza:
“A beleza é tudo aquilo que você não pode ver sozinho. Quando você encontra uma coisa muito bonita, você fala assim: “Fulano devia ver isso!” ai, você vê…Você vê um pôr do sol muito bonito, aqui na janela, você fala: “Fulana podia estar aqui comigo”. Você vai num museu e vê um quadro e diz assim: “Mas era fulano que devia ver isso…”. Você vai num filme, sai e fala assim: “Mas não era eu que devia ir ver esse filme, era fulano de tal…”. A beleza não cabe em você, ela não cabe. Então pra criança também, eu acho, que o livro para a criança é aquele livro que o professor, o adulto, o pai, a mãe lê e fala assim: “Isso era meu filho que devia ler”. Sabe? Ele não dá conta e passa. Então eu acho que é por isso que eu vendo tanto pra pais, pra professores, porque eles me leem muito e eles levam para as crianças, eles me jogam pra lá. Mas eu acho que a beleza é profundamente triste quando você tá sozinho, você não dá conta dela, ela pesa muito, então você tem que passar pra alguém, sabe?”[3]
Faleceu em 16 de janeiro de 2012, na cidade de Belo Horizonte, em decorrência de insuficiência renal.[4]
Entrevistas
[editar | editar código-fonte]Museu da Pessoa
[editar | editar código-fonte]Em 2009, Bartolomeu forneceu uma entrevista ao Museu da Pessoa [5], explica sua decisão de cursar filosofia e também demonstra uma pouco da sua visão sobre a vida.
"Eu gostava. Eu sempre fui um cara mais reflexivo, mais indagativo, mais questionador. Eu nunca ri à toa. Eu nunca achei muita graça no mundo, não. O mundo para mim sempre foi uma coisa meio pesada. Eu acho que a lucidez sempre foi uma coisa que me acompanhou muito. E a lucidez é uma droga violenta. Você estar lúcido o tempo inteiro, encarando tudo. Então isso me dificultou um pouco a procurar uma coisa para fazer, que fosse reflexiva mesmo. E a Filosofia me parecia uma coisa reflexiva. Então foi aí que eu decido pela Filosofia."— Bartolomeu Campos QueirósEm entrevista ao Museu da Pessoa
Obras
[editar | editar código-fonte]- Minerações
- Apontamentos
- O Raul e o Luar
- Correspondência
- Cavaleiros das Sete Luas
- As Patas da Vaca
- Estória em Três Atos
- De Não em Não
- Escritura
- Flora
- Vermelho Amargo
- Mais com Mais dá Menos
- A Matinta Pere
- Bichos são todos... BICHOS
- Somos todos igualzinhos
- Papo de Pato
- O Peixe e o Pássaro
- Pedro
- Mário
- Ciganos
- Coração não toma Sol
- Para Criar Passarinho
- Onde tem bruxa tem fada
- Ah! Mar...
- Indez
- Ler, escrever e fazer conta de cabeça
- Por parte de Pai
- Os cinco sentidos
- Diário de Classe
- Rosa-dos-ventos
- Menino de Belém
- O Piolho
- Até passarinho passa
- Vida e Obra de Aletrícia depois de Zoroastro
- O Olho de vidro do meu Avô
- Entretantos
- Formiga Amiga
- O guarda-chuva do guarda
- O pato pacato
- De letra em letra
- Pé de Sapo e Sapato de Pato
- Sem palmeira ou sabiá
- Antes do depois
- Para ler em silêncio
- Sei por ouvir dizer
- O anjo
- Tempo de voo
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Bartolomeu Campos Queirós no portal Descubraminas.com.
- Bartolomeu Campos Queirós no site Caleidoscópio.
- Bartolomeu Campos Queirós no site da Editora RHJ.
- - Em entrevista exclusiva à jornalista Jerusia Arruda, de Montes Claros - Minas Gerais/Brasil, o escritor Bartolomeu Campos de Queirós fala de coração aberto sobre suas andanças, sobre o processo de criação de seus livros, sobre a educação no Brasil, a importância da leitura na formação do cidadão, e deixa algumas dicas para os iniciantes na arte de escrever.)
Referências
- ↑ «Entrevista Bartolomeu Campos de Queirós». Instituto Ecofuturo. Consultado em 11 de agosto de 2009
- ↑ Entrevista com Bartolomeu Campos de Queirós
- ↑ a b c «Entrevista de Bartolomeu para o Museu da Pessoa». Consultado em 11 de outubro de 2023
- ↑ «Nota de falecimento». Consultado em 16 de janeiro de 2012
- ↑ da Pessoa, Museu (13 de fevereiro de 2009). «O silêncio entre as palavras». Museu da Pessoa. Consultado em 2 de abril de 2024