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Batalha de Lemnos (1913)

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Batalha de Lemnos
Primeira Guerra Balcânica

Diagrama da revista francesa L'Illustration mostrando a composição das frotas otomana e grega e as embarcações que participaram da Batalha de Lemnos
Data 18 de janeiro de 1913
Local Próximo de Lemnos, Mar Egeu
Desfecho Vitória grega
Beligerantes
 Grécia  Império Otomano
Comandantes
Pavlos Kountouriotis Ramiz Numan Bey
Forças
1 cruzador blindado
3 ironclads
7 contratorpedeiros
2 pré-dreadnoughts
2 ironclads
1 cruzador protegido
5 contratorpedeiros
Baixas
1 ferido 41 mortos
104 feridos

A Batalha de Lemnos (em grego: Ναυμαχία της Λήμνου; em turco: Mondros Deniz Muharebesi) foi uma batalha naval ocorrida perto da ilha de Lemnos no Mar Egeu entre as forças navais do Reino da Grécia e do Império Otomano durante a Primeira Guerra Balcânica. Foi a segunda e última tentativa otomana de romper o bloqueio naval grego de Dardanelos.

A batalha surgiu de um plano otomano para atrair o poderoso cruzador blindado grego Georgios Averof para longe de Dardanelos. O cruzador protegido Hamidiye conseguiu passar pelo bloqueio grego e foi para o Mar Egeu em uma tentativa de atrair o cruzador em uma perseguição. O almirante Pavlos Kountouriotis, comandante grego, apesar da ameaça representada pela embarcação inimiga, recusou-se a destacar seu principal navio.[1] O capitão Ramiz Numan Bey, o comandante da frota otomana, decidiu atacar do mesmo jeito. Os pré-dreadnoughts Barbaros Hayreddin e Turgut Reis e o resto da frota otomana partiram de Dardanelos às 8h20min de 18 de janeiro, navegando em direção de Lemnos a uma velocidade de onze nós (vinte quilômetros por hora). O Barbaros Hayreddin liderou a linha de batalha, com uma flotilha de torpedeiros dos dois lados da formação.[2] O Georgios Averof, junto com os ironclads da Classe Hydra e cinco contratorpedeiros, interceptaram a frota otomana a aproximadamente 22 quilômetros de distância de Lemnos.[1] O cruzador protegido Mecidiye avistou os gregos às 10h55min e a frota virou para o sul a fim de enfrentá-los.[2]

O duelo de artilharia a longa distância começou às 11h55min e durou por duas horas, com a frota otomana abrindo fogo a uma distância de oito quilômetros. Eles concentraram seus tiros no Georgios Averof, que disparou de volta ao meio-dia. Os gregos tentaram cruzar o T dos otomanos às 12h50min, porém o Barbaros Hayreddin virou para o norte com o objetivo de bloquear a manobra. Bey destacou o Mesudiye depois de um acerto sério às 12h55min. Um projétil atingiu a torre de artilharia central do Barbaros Hayreddin por volta do mesmo momento, matando toda a equipe dos canhões. Ele depois disso foi atingido várias vezes na superestrutura; estes impactos causaram poucos danos, porém criaram muita fumaça que foi sugada para dentro das salas das caldeiras, o que causou a redução da velocidade para cinco nós (9,3 quilômetros por hora). O Turgut Reis assim assumiu a liderança da formação e Bey decidiu encerrar o confronto.[3]

O Georgios Averof aproximou-se até uma distância de 4,6 quilômetros no final da batalha e acertou a frota otomana em retirada várias vezes.[1] Os navios otomanos aproximaram-se o bastante da costa para serem protegidos pelas baterias em terra às 14h, forçando a retirada das embarcações gregas e o fim definitivo do confronto.[4] O Barbaros Hayreddin e o Turgut Reis tiveram, cada um, uma barbeta inutilizada pelos disparos inimigos, com ambos também tendo pegado fogo. Os dois couraçados juntos atiraram por volta de oitocentos projéteis, a maioria de suas baterias principais de 280 milímetros, porém acertaram poucas vezes seus alvos.[5]

Referências

  • Fotakis, Zisis (2005). Greek Naval Strategy and Policy, 1910–1919. Londres: Routledge. ISBN 978-0-415-35014-3 
  • Gardiner, Robert; Gray, Randal, eds. (1985). Conway's All the World's Fighting Ships: 1906–1921. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-87021-907-8 
  • Langensiepen, Bernd; Güleryüz, Ahmet (1995). The Ottoman Steam Navy 1828–1923. Londres: Conway Maritime Press. ISBN 978-0-85177-610-1 
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