Batalha de Pisa
Batalha de Pisa | |||
---|---|---|---|
Invasão visigótica da Itália | |||
Data | Começo de 409 | ||
Local | Próximo de Pisa, Itália | ||
Desfecho | Vitória de Olímpio | ||
Beligerantes | |||
| |||
Comandantes | |||
| |||
Baixas | |||
|
A Batalha de Pisa foi travada no começo de 409 nos arredores da cidade italiana de Pisa entre um contingente de 300 hunos comandados pelo general Olímpio e um exército germano-huno liderado pelo nobre Ataulfo, cunhado do rei visigótico Alarico (r. 395–410). Apesar da diferença numérica, Olímpio foi capaz de derrotar Ataulfo e seu exército, obrigando-o a marchar para junto de Alarico. Os visigodos deram prosseguimento à sua invasão à Itália que culminou no Saque de Roma em agosto de 410.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Ataulfo estava estacionado com seu exército na região da Panônia desde ao menos 408, provavelmente como tribuno da gente (tribunus gentis) ou prepósito do limite (praepositus limitis).[1] Em 409, recebeu o pedido de ajuda de seu cunhado Alarico que estava nesta época invadindo a Itália. Alarico estava negociando com o imperador Honório (r. 395–423) em Ravena (então capital do Império Romano do Ocidente) e Ataulfo cruzou o Vêneto e dirigiu-se para Pisa, no outro lado da península.[2][3] Ali encontrou-se com o general Olímpio, o chefe supremo do exército imperial após a queda de Estilicão, e seu contingente de 300 hunos.[4]
Batalha e rescaldo
[editar | editar código-fonte]O desenrolar da batalha não foi registrado pelas fontes contemporâneas. Somente se sabe que o exército romano era numericamente inferior ao de Ataulfo. As forças rivais encontraram-se em algum local próximo a cidade de Pisa e Olímpio conseguiu derrotar e repelir o exército invasor, que perdeu mais de 1 000 de seus soldados;[5] Thomas S. Burns sugeriu que pereceram 1 100 dos soldados de Ataulfo.[1]
Após ser derrotado, Ataulfo reagrupou seus soldados e marchou em direção de Ravena, onde encontrou-se com Alarico.[3] No mesmo ano, após não conseguir acordar a paz com Honório, Alarico reuniu suas tropas e tentou tomar Roma pela segunda vez. O usurpador Prisco Átalo (r. 409–410), escolhido pelo senado após o ataque de Alarico e talvez sob sua instigação, nomeou Ataulfo conde dos domésticos equestres,[6][7] posição que reteria até o ano seguinte. Ainda em 409, Ataulfo e Alarico foram convidados pelo general Jóvio a participarem das discussões de paz presididas em Arímino e Ataulfo liderou um grande exército contra seu inimigo pessoal Saro e seus 300 homens em Piceno.[8]
Referências
- ↑ a b Burns 1994, p. 247.
- ↑ Arce 2007, p. 73.
- ↑ a b Hinojo 2004, p. 141.
- ↑ Martindale 1980, p. 802.
- ↑ Martindale 1980, p. 177; 802.
- ↑ Castro 2000, p. 33.
- ↑ Bury 2008, p. 117.
- ↑ Martindale 1980, p. 177.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Arce, Javier (2007). Bárbaros y romanos en Hispania (400-507 A.D.). Madri: Marcial Pons. ISBN 978-84-96467-57-6
- Burns, Thomas S. (1994). Barbarians Within the Gates of Rome: A Study of Roman Military Policy and the Barbarians, Ca. 375-425 A.D. (em inglês). Bloomington, Indiana: Indiana University Press. ISBN 0253312884
- Bury, John Bagnell (2008). A History of the Eastern Roman Empire from the Fall of Irene to the Accession of Basil I (A.D. 802–867). Londres: Cosimo, Inc. ISBN 1605204218
- Castro, Maria R. Valverde (2000). Ideología, simbolismo y ejercicio del poder real en la monarquía visigoda: un proceso de cambio. Salamanca: Edições da Universidade de Salamanca. ISBN 84-7800-940-X
- Hinojo, Pablo Fuentes (2004). Gala Placidia: una soberana del imperio cristiano. San Sebastián: Nerea. ISBN 84-89569-98-3
- Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1980). The prosopography of the later Roman Empire - Volume 2. A. D. 395 - 527. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press