Batalha de Táuris
Batalha de Táuris | |||
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Segunda Guerra Civil da República Romana | |||
Data | 47 a.C. | ||
Local | Táuris, Ilíria | ||
Coordenadas | |||
Desfecho | Vitória dos cesarianos | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Localização de Táuris no que é hoje o Croácia | |||
A Batalha de Táuris[1] foi uma batalha naval travada em 47 a.C. durante a Segunda Guerra Civil da República Romana entre a frota pompeiana, comandada por Marco Otávio, e a frota cesariana, liderada por Públio Vatínio. Os cesarianos derrotaram completamente os pompeianos.
Contexto
[editar | editar código-fonte]O almirante pompeiano Marco Otávio havia sido apontado por Marco Calpúrnio Bíbulo para vigiar o mar Adriático e impedir a travessia de César para a Ilíria; em 49 a.C., Otávio capturou ali o cesariano Públio Cornélio Dolabela e sua frota de quarenta navios[2]. Caio Antônio tentou avançar com quinze coortes pela costa ilírica, mas, acossado pela frota pompeiana e pelas tribos ilírias em terra, acabou se rendendo em Curicta e teve seus homens incorporados ao exército de Pompeu[2]. No ano seguinte, Aulo Gabínio marchou com suas tropas para ajudar o questor Quinto Cornifício, o Jovem[3] pela mesma rota por ordem de César, que estava no Epiro[4].
Batalha
[editar | editar código-fonte]Depois da vitória de Júlio César na Batalha de Farsalos, Otávio sitiou Epidauro, onde estava a guarnição de Cornifício, por terra e pelo mar. Em resposta, o almirante cesariano Públio Vatínio o atacou em Táuris (moderna Šćedro, na Croácia), derrotando-o completamente. Otávio fugiu do Adriático e Epidauro foi libertada[5]. Vatínio foi saudado como imperator por seus homens, obteve a honra de um supplicatio do Senado Romano em 45 a.C.[6] e permaneceu no comando da província até o final da guerra.
Eventos posteriores
[editar | editar código-fonte]Cornifício foi nomeado governador da Síria em 45 a.C. e lutou contra Quinto Cecílio Basso[7]. Depois do assassinato de Júlio César, em 44 a.C., ele se desentendeu com Marco Antônio e acabou proscrito pelo Segundo Triunvirato. É provável que ele tenha morrido na Batalha de Filipos[8].
Otávio se refugiou na África e comandou a frota pompeiana na região até sua morte em 46 a.C.[9].
Referências
- ↑ Machado, José Pedro. Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa. 3.º N-Z 2.ª ed. [S.l.]: Livros Horizonte/Editorial Confluência. ISBN 972-24-0845-3
- ↑ a b Sheppard, 2009: 37
- ↑ Sheppard, 2009: 40
- ↑ «Cornificio, Quinto (hijo)» (em espanhol). MCN biografías
- ↑ Jaques (2007), pp. 1001
- ↑ Cícero, Epistulae ad Familiares V 9-11
- ↑ «Cornificio, Quinto» (em italiano). Treccani
- ↑ «Quintus Cornificius» (em inglês). VRoma.org
- ↑ Gundel (1972), pp. 233
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Gundel, Hans Georg (1972). «Octavius». Stuttgart. Der Kleine Pauly (KlP): Lexikon der Antike Tomo IV (em alemão). I (17)
- Jaques, Tony (2007). Dictionary of Battles and Sieges: P-Z (em inglês). [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 9780313335396
- Sheppard, Si (2009) [2006]. Ros, Eloy Carbó, ed. César contra Pompeyo. Farsalia (em espanhol). Barcelona: Osprey Publishing. ISBN 978-84-473-6379-7