Bate-bico
Bate-bico | |||||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||||
Espécie pouco preocupante Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||
O bate-bico é uma espécie de ave passeriforme da família Furnariidae, monotípica do gênero Phleocryptes. Nativo do Cone Sul e do centro-oeste da América do Sul.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O nome do gênero Phleocryptes deriva do grego phleōs, "junco", e kruptō, "esconder", significando "que se esconde no junco";[2] o nome da espécie, melanops, provém do grego melas, melanos, "preto", e ōps, ōpos, "face", significando "de face preta".[3]
Distribuição e habitat
[editar | editar código-fonte]As subespécies se distribuem de forma disjunta: desde o sudeste do Brasil, para o sul por Uruguai, e Argentina até a Patagônia e o centro do Chile; alguns migram até o sul do Paraguai no inverno; na costa árida do noroeste do Peru; no planalto do sul do Peru e Bolívia até o noroeste da Argentina e o norte do Chile.[4]
Esta espécie é considerada bastante comum em seu hábitat natural, os pântanos tanto de água doce quanto salobra,[5] desde o nível do mar até os 4300 m de altitude.[6] Frequentemente é vista no mesmo ambiente que o papa-piri (Tachuris rubrigastra).[7]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Mede entre 13 e 14 cm de comprimento e pesa entre 11 e 16 g.[4] Apresenta cabeça de cor pardo-escuro com uma grande linha superciliar branca ou creme; as costas são escuras com manchas cinza; a garganta, o peito e o ventre são brancos com flancos acinzentados; as asas escuras, com o encontro de coloração castanho-avermelhado; as coberteiras são vermelhas e a cauda escura. O bico é fino e pontiagudo de cor castanho-escuro e as patas são marrons.[5]
Comportamento
[editar | editar código-fonte]É um pássaro inquieto. Forrageia solitário ou em pares, procurando alimento no barro ou na vegetação flutuante.[7]
Alimentação
[editar | editar código-fonte]Caça insetos na superfície da água ou entre a vegetação das áreas pantanosas.[8]
Reprodução
[editar | editar código-fonte]O ninho é elaborado e exposto, construído com palha, barro e, internamente, penas. É de forma esférica alargado na vertical, com entrada pequena lateral circular, protegida da água por um pequeno peitoril e fixado com barro entre folhas entrelaçadas de taboasTypha,[8] raramente em outras plantas; às vezes está sobreposto a restos de ninhos velhos. A fêmea põe dois ou três ovos azuis de 20 por 16 mm.[5] A construção do ninho demora de oito a dez dias e o período de incubação é de dezesseis dias. Os filhotes são alimentados pelos dois pais e permanecem no ninho por entre quatorze a dezesseis dias.[9]
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]A espécie P. melanops foi descrita pela primeira vez pelo naturalista francês Louis Jean Pierre Vieillot em 1817 sob o nome científico Sylvia melanops, sendo a localidade-tipo o Paraguai.[4]
O gênero monotípico Phleocryptes foi proposto pelos ornitólogos alemães Jean Cabanis e Ferdinand Heine Sr em 1859.
Referências
- ↑ BirdLife International (2012). «Phleocryptes melanops». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2012. Consultado em 26 de Novembro de 2013
- ↑ Jobling, J.A. (2017). Phleocryptes Key to Scientific Names in Ornithology (em inglês). Em: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.) Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 15 de dezembro de 2018.
- ↑ Jobling, J.A. (2017) melanops Key to Scientific Names in Ornithology (em inglês). Em: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.) Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 15 de dezembro de 2018.
- ↑ a b c Wren-like Rushbird (Phleocryptes melanops) em Handbook of the Birds of the World - Alive (em inglês). Consultado em 15 de dezembro de 2018.
- ↑ a b c Trabajador en Aves de Chile.
- ↑ Schulenberg, Thomas S. (2007) Birds of Peru: p.304, pl.138(2). Princeton University Press.
- ↑ a b Ridgely, Robert & Tudor, Guy. 2009. Phleocryptes melanops, p.280, lámina 5(11), em Field guide to the songbirds of South America: the passerines – 1a. edição – (Mildred Wyatt-World series in ornithology). University of Texas Press, Austin. ISBN 978-0-292-71748-0
- ↑ a b [1] em WikiAves. Consultado em 15 de dezembro de 2018.
- ↑ de la Peña, Martín R. (2016). Junquero Phleocryptes melanops (Vieillot), 1817, p.396-402. «Aves Argentinas: Descripción, Comportamiento, Reproducción y Distribución. Trogonidae a Furnariidae». Comunicaciones del Museo Provincial de Ciencias Naturales “Florentino Ameghino” (Nueva Serie). 20 (2): 1-620. ISSN 0325-3856