Brechó
Um brechó (português brasileiro) ou adelo (português europeu) é uma loja de artigos usados, principalmente roupas, calçados, louças, objetos de arte, bijuterias e objetos de uso doméstico. Os sebos são seus equivalente, vendendo apenas livros, apesar de brechós também poderem vender livros.[1] Geralmente atraem um público mais alternativo, artistas em geral e pessoas de baixa renda e/ou desempregados, bem como aqueles à procura de artigos originais e únicos.[1] Alguns funcionam também por consignação (onde os donos dos objetos deixam os artigos no brechó e recebem uma parte na venda) e/ou por escambo (na base de trocas).[1]
Muitos brechós têm finalidade beneficente normalmente dentro de igreja, escolas ou locais públicos populares.
DIFERENÇA ENTRE BAZAR E BRECHÓ NO BRASIL
Em resumo, a principal diferença entre um bazar e um brechó é que o bazar é um evento temporário que pode incluir diversos tipos de produtos, enquanto o brechó é uma loja permanente que se dedica exclusivamente à venda de roupas, calçados e acessórios de segunda mão.
Origem
[editar | editar código-fonte]No século XIX um mascate chamado Belchior ficou conhecido por vender roupas e objetos de segunda mão no Rio de Janeiro. Com o tempo o nome se transformou por corruptela em "Brechó".[1][2]
Aparece no conto Idéias de Canário de Machado de Assis, onde o protagonista logo no início adentra um estabelecimento por nome "belchior":
“ | ... sucedeu que um tílburi à disparada, quase me atirou ao chão. Escapei saltando para dentro de uma loja de belchior... A loja era escura, atulhada das cousas velhas, tortas, rotas, enxovalhadas, enferrujadas que de ordinário se acham em tais casas, tudo naquela meia desordem própria do negócio. | ” |
— Machado de Assis, Idéias de Canário.
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Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d Sousa, Paulo Melo (27 de março de 2009). «O universo paralelo dos Brechós». Jornal Pequeno. Consultado em 29 de janeiro de 2010
- ↑ Pimenta, Reinaldo (1 de maio de 2009). «Brechó». iG Educação/Casa da Mãe Joana. iG. Consultado em 29 de janeiro de 2010
- ↑ Machado de Assis (1994). Idéias de Canário. II Obra Completa, de Machado de Assis ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar