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Bromus tectorum

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Bromus tectorum
Classificação científica edit
Reino: Plantae
Clado: Tracheophyta
Clado: Angiospermae
Clado: Monocotiledónea
Clado: Commelinids
Ordem: Poales
Família: Poaceae
Subfamília: Pooideae
Gênero: Bromus
Espécies:
B. tectorum
Nome binomial
Bromus tectorum
Sinónimos
  • Anisantha tectorum (L.) Nevski

Bromus tectorum é uma espécie de planta com flor pertencente à família das poáceas e ao tipo fisionómico dos terófitos.[1]

Dá pelos nomes comuns: bromo[2] ou bromo-vassoura.[3]

A autoridade científica da espécie é L., tendo sido publicada em Species Plantarum 1: 77. 1753.[4]

  • Bromus: nome genérico que deriva do grego antigo bromos, tendo entrado no latim sobre a forma de brŏmŏs, e que significa «aveia».[5]

Número de cromossomas do Bromus tectorum (Fam. Gramineae) e táxones infra-específicos: 2n=14[8]

  • Anisantha pontica K.Koch
  • Anisantha tectorum (L.) Nevski
  • Anisantha tectorum var. hirsuta (Regel) Tzvelev
  • Bromus abortiflorus St.-Amans
  • Bromus australis R.Br.
  • Bromus avenaceus Lam.
  • Bromus dumetorum Lam.
  • Bromus lateripronus St.-Lag.
  • Bromus longipilus Kumm. & Sendtn.
  • Bromus madritensis var. caucasica Hack.
  • Bromus mairei Hack. ex Hand.-Mazz.
  • Bromus mairei Sennen & Mauricio
  • Bromus nutans St.-Lag.
  • Bromus scabriflorus Opiz
  • Bromus setaceus Buckley
  • Bromus sterilis Láng ex Kumm. & Sendtn.
  • Festuca tectorum Jess.
  • Genea tectorum (L.) Dumort.
  • Schedonorus tectorum (L.) Fr.
  • Zerna mairei (Hack.) Henrard
  • Zerna tectorum (L.) Panz.
  • Zerna tectorum (L.) Panz. ex B.D. Jacks.
  • Zerna tectorum (L.) Lindm.[9][10]

O bromo-vassoura trata-se duma planta herbácea, gramínea, autóctone de Portugal Continental.[1]

Tem caules, erectos ou ascendentes, que podem alcançar até cerca de meio metro de altura.[11] No que toca às folhas, são estreitas, têm uma lígula de 2,5-4 mm, e limbo de até 14 x 0,5 cm, com margem ciliada, ao passo que as folhas inferiores têm vagem de duplo indumento, patente, de pêlos curtos com cerca de 0,5 mm e outros maiores de c. 2,5 mm.[12]

As panículas são longas, com espiguetas unilaterais, dispostas ao dependuro, de 20-27 mm de comprimento, glabras, podendo ostentar entre 5-10 flores, entre Abril e Junho.[13] As flores superiores de cada espigueta são geralmente estéreis.[12]

As glumas têm escamas e nervuras de tonalidade violácea, que normalmente não chegam ao topo.[11]

Distribuição

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Medra por larga parte da Eurásia, marcando presença, ainda, no Norte de África e nalguns dos arquipélagos da Macaronésia, denominadamente no das Canárias.[13]

Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental.[1]

Mais concretamente, pode encontrar-se em todas as zonas do Noroeste e do Nordeste, salvo o Nordeste Leonês; está ainda na Terra Fria Transmontana e na Terra Quente Transmontana; no Centro-oeste calcário e no Centro-oeste olissiponense; está presente em todas as zonas do Centro-Leste; no Centro-sul miocénico e ainda nas zonas do Sudeste setentrional e meridional.[13]

Em termos de naturalidade é nativa da região atrás indicada.

Pulula tanto em charnecas e bouças sáfaras, como em courelas agricultadas.[1][13]

Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.

As sementes têm propriedades analgésicas tendo sido usadas, historicamente, na preparação de unguentos para ajudar no alívio das dores de peito.[13][11]

A planta é tóxica para animais de pasto.[13]

Referências

  1. a b c d «Bromus Tectorum - Flora-On | Flora de Portugal». flora-on.pt. Consultado em 21 de setembro de 2021 
  2. Infopédia. «bromo | Definição ou significado de bromo no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 21 de setembro de 2021 
  3. Infopédia. «bromo-vassoura | Definição ou significado de bromo-vassoura no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 21 de setembro de 2021 
  4. Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 7 de Outubro de 2014 <http://www.tropicos.org/Name/25509410>
  5. «ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 21 de setembro de 2021 
  6. En Epítetos Botánicos
  7. «ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 21 de setembro de 2021 
  8. Sánchez Anta, M. A., F. Gallego Martín & F. Navarro Andrés (1986)
  9. Bromus tectorum en PlantList
  10. «World Checklist of Selected Plant Families». Consultado em 13 de Outubro de 2013 
  11. a b c Watson L, Dallwitz MJ. (2008). «The Grass Genera of the World: descriptions, illustrations, identification, and information retrieval; including synonyms, morphology, anatomy, physiology, phytochemistry, cytology, classification, pathogens, world and local distribution, and references». Consultado em 19 de Agosto de 2009 
  12. a b Bromus tectorum en Flora Vascular
  13. a b c d e f «Jardim Botânico UTAD | Bromus tectorum». webcache.googleusercontent.com. Consultado em 30 de dezembro de 2020 

Ligações externas

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