Buchada de bode
Buchada de bode, ou simplesmente buchada, é um prato típico da região Nordeste do Brasil. A iguaria tem origem no maranho, da culinária portuguesa tradicional.[1] A buchada remete também ao prato crux mechi da gastronomia libanesa.[2][3]
Características
[editar | editar código-fonte]Em todo o Nordeste, a buchada é feita com as entranhas (rins, fígado e vísceras) do bode, lavadas, fervidas, cortadas, temperadas e cozidas em bolsas (que medem cerca de 8 cm de diâmetro), feitas com o próprio estômago do animal.[4] No Nordeste, mais rigorosamente, a buchada leva apenas as chamadas vísceras brancas — as tripas e as outras partes do estômago que não foram utilizadas para fazer as bolsas. As vísceras vermelhas, como o coração, rins, pulmões, fígado e o baço (preparo à passarinha), compõem um prato diferente, o sarrabulho ou sarapatel, dependendo da espécie de animal.
Em geral, no Nordeste, berço da iguaria, diz-se simplesmente «buchada», já que se supõe que esta é feita do bode. Entretanto, não é raro que se encontre a buchada preparada com vísceras de carneiro ou mesmo de boi. Ademais, é mais comum encontrar a buchada recheada com as vísceras vermelhas no Sul e Sudeste do que no Norte e Nordeste do país.
Referências
- ↑ Farias, Rita Patrícia de Melo Almeida (7 de maio de 2019). «Bode Rei de Cabaceiras: análise dos atrativos turísticos, culturais e gastronômicos.». repositorio.ufpb.br. Consultado em 25 de agosto de 2023
- ↑ Almeida, Railson Gomes (13 de dezembro de 2019). «A buchada de dramaturgia e o tutano da escritura cênica: sobre a produção de uma dramaturgia, sua observação e seus distintos engendramentos». Consultado em 25 de agosto de 2023
- ↑ Gomes, Renato da Cunha (outubro de 2017). «Atlas Gastronômico do Rio Grande do Norte: da Culinária Tradicional à Influência da Contemporaneidade nas Principais Cidades Potiguares». Consultado em 25 de agosto de 2023
- ↑ Filho, Raimundo Pinheiro Venâncio (18 de dezembro de 2019). «Comidas e cozinha na cultura sertaneja: passado e presente no interior da Bahia». Fronteiras (38): 223–238. ISSN 2175-0742. doi:10.30612/frh.v21i38.11482. Consultado em 25 de agosto de 2023