Célula Mariano Sánchez Añón/Federação Anarquista Informal
Célula Insurrecionária Mariano Sánchez Añón/Federação Anarquista Informal (CI-MSA/FAI) | |
---|---|
Fundação | 20011 |
Motivos | Guerra ao Estado |
Área de atividade | Cidade do México |
Ideologia | Anarquismo Individualista, Anarquismo insurrecionário, Anarquismo pós-esquerda, Anarcoprimitivismo, ilegalismo, pós-marxismo |
Espectro político | Extrema-Esquerda |
Principais ações | Ataques explosivo-incendiários, assassinato de policiais |
Status | Dissolvida |
Parte de | Federação Anarquista Informal/Frente Revolucionária Internacional, |
Aliados | Conspiração das Células de Fogo, Células Autônomas de Revolução Imediata Práxedis G. Guerrero |
Inimigos | Estado Mexicano |
A Célula Mariano Sánchez Añón/Federação Anarquista Informal, também chamada de Célula Insurrecionária Mariano Sánchez Añón e abreviada como CI-MSA/FAI foi uma guerrilha urbana descentralizada e milícia anarquista insurrecionária operante na Região Metropolitana do Vale do México. As principais ações do grupo incluíam ataques incendiários a instituições estatais (particularmente policiais) e privadas e até mesmo assassinatos.
A organização operou como célula da Federação Anarquista Informal/Frente Revolucionária Internacional no México,[1] e foi parte das chamadas “guerrilhas negras” no país, em contraste às “guerrilhas vermelhas” marxistas como o Exército Popular Revolucionário.[2]
História
[editar | editar código-fonte]A CI-MSA surgiu durante o auge do anarquismo insurrecionário no México, durante o período de instabilidade política no final dos anos 2000 e começo dos anos 2010, época em que a Cidade do México assistia um renascimento dos ideais anarquistas anti-organizacionistas e do chamado anarco-terrorismo.[3][4][5]
Ainda que membros individuais da CI-MSA tivessem realizado atentados desde o começo dos anos 2000 de forma anônima, a organização enquanto sigla teve sua primeira aparição pública em outubro e novembro de 2011.[6] Em 13 de outubro, o grupo reivindicou o incêndio de cinco veículos da companhia de segurança privada Panamericana.[7] Em 5 de Novembro, o grupo assumiu responsabilidade pelo incêndio de um carro forte, incluindo o dinheiro transportado em seu interior.[8][9]
A organização já havia reivindicado o assassinato de policiais entre 2010 e 2011.[10] Em 2012, o grupo se disse responsável pelo assassinato de uma patrulha da guarda municipal de Valle de Chalco Solidaridad, afirmando ter assassinado três guardas e negando o sequestro de um quarto.[11][12][13] A CI-MSA foi uma das únicas guerrilhas urbanas anarquistas no México a incluir pessoas físicas em seus ataques, juntamente com os Individualistas que Tendem ao Selvagem antes destes romperem com o anarquismo.[6] O grupo posteriormente realizou ações em colaboração com as Células Autônomas de Revolução Imediata Práxedis G. Guerrero e com células mexicanas da Conspiração das Células de Fogo.[14]
Ideologia
[editar | editar código-fonte]A CI-MSA/FAI fazia referências frequentes a Alfredo Bonanno, e assim como a Federação Anarquista Informal/Frente Revolucionária Internacional reivindicava o anarquismo insurrecional. Adicionalmente, a organização se vê como pós-esquerda, pós-marxista e individualista, e alguns de seus quadros defenderam o anarcoprimitivismo.[6] A CI-MSA era profundamente crítica ao anarquismo social e a figuras anarquistas históricas como Nestor Makhno, bem como a organizações Indigenistas com inspirações socialistas-libertárias como o Exército Zapatista de Libertação Nacional.[15]
Ver Também
[editar | editar código-fonte]- Anarquismo insurrecionário
- Células Autônomas de Revolução Imediata Práxedis G. Guerrero
- Conspiração das Células de Fogo
- Núcleos Antagônicos da Nova Guerrilha Urbana
Referências
- ↑ «México - Pronunciamento Conjunto de los Grupos de Acción Anarquista». Abrazando El Caos (em espanhol) (8): 25. 2012. Consultado em 23 de abril de 2022
- ↑ Camacho, Zósimo (16 de outubro de 2016). «XI. 50 células anarquistas en guerra contra el capitalismo y el Estado». Contralínea (em espanhol). Consultado em 23 de abril de 2022
- ↑ Illades, Carlos (1 de dezembro de 2019). «El fuego y la estopa. El anarquismo insurreccional en México». nexos (em espanhol). Consultado em 23 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de março de 2021
- ↑ Palacio, Raymundo Riva (1 de outubro de 2019). «La amenaza anarquista». El Financero. Consultado em 23 de abril de 2022
- ↑ Nieto, Antonio (30 de maio de 2019). «Los grupos anarquistas que operan en la CDMX». La Silla Rota (em espanhol). Consultado em 23 de abril de 2022
- ↑ a b c Rodríguez, Gustavo (2013). «Entrevista con la Célula Insurreccional Mariano Sánchez Añón». ¡Que se Ilumine la Noche! Refractarios hasta las Últimas Consecuencias (em espanhol). México: Internacional Negra. pp. 96–104
- ↑ «(fotos) Los cortos circuitos inexplicables de la prensa mexicana». Culmine (em espanhol). 9 de novembro de 2011. Consultado em 24 de abril de 2022
- ↑ «Vuelven anarquistas a adjudicarse fuego». Plano Informativo (em espanhol). 14 de novembro de 2012. Consultado em 24 de abril de 2022
- ↑ Federacion Anarquista Informal, Celula Insurreccional Mariano Sanchez Añon (8 de novembro de 2012). «[Fotos] Ataques incendiario contra autos blindados , México». La Haine Liberación Total (em espanhol). Consultado em 24 de abril de 2022
- ↑ «Célula Insurreccional Mariano Sánchez Añón ejecuta a comandante de la policía estatal, Estado de México, México | Guerra al poder en Mexico». Guerra al Poder en Mexico (em espanhol). Consultado em 24 de abril de 2022
- ↑ Fernández, Emilio (18 de setembro de 2012). «Confirman asesinato de 3 policías en Valle de Chalco». El Universal (em espanhol). Consultado em 24 de abril de 2022. Arquivado do original em 27 de maio de 2014
- ↑ «Reportan Tres Muertos y un Policia Desaparecido en Valle del Chaco». Zócalo (em espanhol). Consultado em 24 de abril de 2022
- ↑ Federación Anarquista Informal, Célula Insurreccional Mariano Sanchez Añon (19 de setembro de 2012). «Reivindicación del ataque armado contra patrulla de la policía, ajusticiando a 3 esbirros en EdoMex, México». La Haine Liberación Total (em espanhol). Consultado em 24 de abril de 2022
- ↑ Praxedis G. Guerrero, Células Autónomas de Revolución Inmediata (8 de outubro de 2013). «México: Contra toda esperanza». ContraInfo (em espanhol). Consultado em 23 de abril de 2022
- ↑ Praxedis G. Guerrero, Células Autónomas de Revolución Inmediata (18 de novembro de 2013). «México: Las malignas carcajadas de unos espíritus muy libres o ¡No nos defiendas compadre que la Anarquía sabe defenderse sola!». ContraInfo (em espanhol). Consultado em 23 de abril de 2022