Campanile symbolicum
Campanile symbolicum | |||||||||||||||||
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Concha da espécie C. symbolicum Iredale, 1917[1] em vista inferior, com seu opérculo. Espécime do Museu de História Natural de Leiden, coletado na região de Sudoeste, Austrália Ocidental. | |||||||||||||||||
Vista da abertura, com seu opérculo, de um C. symbolicum Iredale, 1917.[1]; também é possível ver como a espécie recebe organismos epibiontes sobre sua concha.
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Campanile symbolicum Iredale, 1917[1] | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
Cerithium truncatum Gray in Griffith & Pidgeon, 1833[1] |
Campanile symbolicum (nomeada, em inglês, giant creeper[2][3], lighthouse tower[4] ou bell clapper[3][5]; na tradução para o português, "rastejador gigante", "torre do farol" ou "sino-badalo") é uma espécie de molusco gastrópode marinho litorâneo[2][6], distribuído pela região sudeste do oceano Índico e pertencente à família Campanilidae[1] (no século XX entre os Cerithiidae, na subfamília Campanilinae).[5][7] Foi classificada por Iredale, em 1917.[1] No Paleogeno, os gastrópodes da família Campanilidae Douville, 1904 compreendiam um extenso grupo com muitas espécies de conchas grandes, que eram comuns no Mar de Tétis. Algumas espécies atingiram o comprimento de 1 metro e estão entre os maiores gastrópodes registrados. A família é representada hoje por Campanile symbolicum, considerado um táxon relicto.[2]
Descrição da concha e hábitos
[editar | editar código-fonte]Concha turriforme, pesada, branca e de espiral cônica, com 25-30 voltas e um relevo suave e levemente erosionado; atingindo de 21.5[3] a 24.4[2] centímetros de comprimento. A protoconcha é lisa, com uma volta e meia; canal sifonal curto; lábio externo delgado e opérculo córneo, marrom e paucispiral, um pouco menor que o diâmetro da abertura, permitindo que o animal se retraia mais para dentro; em uma abertura ampla, com 1/4 a 1/5 da dimensão da concha.[2][3][5][6][8]
É encontrada em grandes populações, entre rochas e em arrecifes, às vezes na zona entremarés, mas a maior parte de sua população é da zona nerítica[2][6] até os 10 metros de profundidade[5]; mas normalmente entre 1-4 metros, com seu substrato podendo ter ervas marinhas, macroalgas ou ser predominantemente arenoso, onde se enterram parcialmente.[2][6]
Distribuição geográfica
[editar | editar código-fonte]Campanile symbolicum é espécie endêmica da costa sudoeste da Austrália, na Austrália Ocidental.[5][6][8] É bem menos ocorrente na Austrália Meridional.[4]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Campanile symbolicum Iredale, 1917, vista inferior; no Flickr, por shadowshador.
- Campanile symbolicum Iredale, 1917, vista lateral; no Flickr, por shadowshador.
- Campanile symbolicum Iredale, 1917, opérculo; no Flickr, por shadowshador.
Referências
- ↑ a b c d e f g h «Campanile symbolicum (Kiener, 1841)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 24 de março de 2019
- ↑ a b c d e f g «The Giant Creeper, Campanile symbolicum Iredale, an Australian Relict Marine Snail» (em inglês). Living Fossils (Springer Link). pp. 232–235. Consultado em 24 de março de 2019
- ↑ a b c d «Campanile symbolicum» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 24 de março de 2019. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021
- ↑ a b c «Campanile symbolicum (Kiener, 1841) Lighthouse Tower» (em inglês). Atlas of Living Australia. 1 páginas. Consultado em 24 de março de 2019
- ↑ a b c d e f ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 68. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- ↑ a b c d e Houbrick, Richard S. (1981). «Anatomy, biology and systematics of Campanile symbolicum with reference to adaptive radiation of the Cerithiacea (Gastropoda: Prosobranchia)» (em inglês). Malacologia. 21 (1-2). (Smithsonian Libraries). pp. 263–289. Consultado em 24 de março de 2019
- ↑ LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 47. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3
- ↑ a b LINDNER, Gert (Op. cit., p.49.).