Campeonato Paraibano de Futebol
Campeonato Paraibano de Futebol | |||||||||
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Campeonato Paraibano | |||||||||
Dados gerais | |||||||||
Organização | Federação Paraibana (FPF) | ||||||||
Edições | 114 desde 1908 (116 anos) | ||||||||
Local de disputa | Paraíba, Brasil | ||||||||
Número de equipes | 10 | ||||||||
Sistema | Misto (turno classificatório) | ||||||||
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Divisões | |||||||||
1.ª Divisão - 2.ª Divisão - 3.ª Divisão | |||||||||
Edição atual | |||||||||
O Campeonato Paraibano de Futebol,[1] atualmente denominado Campeonato Paraibano Unipê por razões de patrocínio,[2] é uma competição de futebol no estado da Paraíba, que conta com a participação de dez clubes da elite do futebol estadual, os quais disputam anualmente um torneio misto em sistema de acesso e descenso, cuja organização e realização cabe à Federação Paraibana de Futebol (FPF).[1] O torneio teve sua primeira edição amadora e não oficial em 1908, tendo se transformado oficialmente em campeonato estadual possivelmente a partir da temporada de 1919, embora que há quem afirme que a temporada de 1917 foi a primeira oficial, ao passo que somente da temporada de 1938 em diante é que passou a contar com a participação de equipes do interior do estado,[3] e em 1960 tenha se tornado profissional.[4]
Além de definir o campeão estadual, o Campeonato Paraibano também qualifica clubes do estado para participarem de torneios regionais e nacionais, sob a tutela da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),[1] sendo que para a temporada de 2024, a Paraíba, que ocupa a 16.ª posição no ranking das federações da CBF,[5] tem direito a três vagas na Copa do Nordeste, duas vagas na Copa do Brasil e também duas vagas no Série D do Campeonato Brasileiro,[1] além de uma vaga assegurada ao Botafogo-PB na Série C, garantida por qualificação via Série C de 2023.[6]
O Sousa é o atual campeão do torneio, tendo vencido a edição de 2024, conquistando o seu 3.º título,[7] contudo o Botafogo de João Pessoa detém a maior quantidade de conquistas, 30 no total; seguido pelo Campinense, que possui 22 títulos; e o Treze, com 17 títulos,[3] juntos, os três clubes recebem a alcunha de "Trio de Ferro" da Paraíba, devido às suas histórias de conquistas e rivalidades.[8] As conquistas do Trio de Ferro, bem como as dos demais clubes ao longo dos mais de cem anos de história, ajudaram o Campeonato Paraibano a se firmar como um dos mais tradicionais do país,[3] contribuindo com parte da cultura esportiva paraibana, sustentando valores e identidades locais, e proporcionando momentos memoráveis aos seus torcedores.[9]
História[editar | editar código-fonte]
Fundação[editar | editar código-fonte]
Em 10 de janeiro de 1908,[10] o estudante paraibano José Eugênio Soares que conhecera o futebol no Rio de Janeiro onde estudava medicina, retornou de férias à cidade da Paraíba (como era conhecida na época a atual João Pessoa), junto com alguns amigos cariocas e trazendo consigo uma bola de futebol, os quais fundaram o Club de Foot Ball Parahyba e passaram a realizar partidas de futebol num campinho improvisado no Sítio do Coronel Manoel Deodato, atual Praça da República.[11]
Temporada | Vencedor |
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1908 | Parahyba FC |
1909 | Parahyba United |
1910 | Club Atlético Parahybano |
1911 | Parahyba Sport |
1912 | Club Red Cross |
1913 | América Foot Club |
1914 | Brasil Foot Club |
1915 | SC Cabo Branco |
1916 | Brasil Foot Club |
1917 | Colégio Pio X |
1918 | SC Cabo Branco |
É possível que anterior a 1908 já houvesse na Paraíba o conhecimento da prática do futebol, principalmente entre as famílias mais abastadas do local, uma vez que a presença de funcionários da ferrovia Great Western of Brazil Railway leva a crer que cidadãos ingleses e pessoas próximas já praticavam o esporte como forma de entretenimento.[12] Contudo, considera-se que a primeira partida de futebol no estado ocorreu no dia 15 de janeiro de 1908[11] entre integrantes do recém formado Club de Foot Ball Parahyba, os quais se dividiram entre "Equipe Norte" e "Equipe Sul", em referência ao local de nascimento dos jogadores.[11]
O senhor Frederico Voldkes, funcionário da Great Western, ajudou os futebolistas locais a definirem as regras das partidas de futebol, na altura em que a primeira edição de um torneio envolvendo clubes da cidade concluiu com o Parahyba Foot Ball Club erguendo o troféu de campeão, sendo descrita como a primeira equipe a ser campeã estadual.[11] Os clubes que participaram das primeiras edições de campeonatos de futebol na Paraíba eram todos ligados à elites, pois, o esporte apresentava-se como símbolo de modernidade, cuja prática era incentivada em colégios e internatos onde estudavam os filhos dos ricos ou nos clubes sociais,[12] culminando em 5 de março de 1914, na fundação da Liga Parahybana de Foot Ball que passou a orientar e disciplinar os torneios envolvendo os clubes da localidade, mas sem organizar o campeonato.[13]
Em 1917, José Bezerra Cavalcanti, prefeito da Cidade da Paraíba (atual João Pessoa), interditou a prática do esporte no campo do Sítio do Coronel Manoel Deodato (atual Praça da República), forçando os adeptos da modalidade a procurarem outros locais para a prática desportiva, tais como o campo do Sítio Roger, o da Estrada dos Macacos (atualmente parte das avenidas Coremas e Pedro II) e o campo onde atualmente fica a Avenida João Machado, foi nesse contexto que estudantes do Colégio Pio X conquistaram o torneio entre clubes paraibanos daquele ano,[13] considerado o primeiro torneio oficial para alguns estudiosos,[14] muito embora somente dois anos depois tenha sido criado a Liga Desportiva Paraibana.[15]
Modernização[editar | editar código-fonte]
O abandono em que se encontrava o torneio desagradava aos seus envolvidos que em busca de uma forma para modernizá-lo, reuniram-se em 3 de maio de 1919 na sede do jornal "O Norte",[15] extinguindo a Liga Parahybana de Foot Ball e criando a "Liga Desportiva Parahybana" (LDP), filiada à Confederação Brasileira de Desportos (CBD) no ano de 1925, que visava organizar e promover de forma oficial a realização do campeonato, feito que passou a acontecer até a edição de 1940.[16] O primeiro jogo sob supervisão da recém formada instituição, ocorreu em 25 de maio de 1919, entre o Sport Club Cabo Branco e o Royal, concluído com o placar de 1–0,[13] naquele mesmo ano, o título da primeira edição oficial do Campeonato Paraibano ficaria com o Palmeiras Sport Club, ao passo que o Sport Club Cabo Branco conquistaria no ano seguinte o troféu de campeão estadual, que novamente viria a ser Palmeiras Sport Club na temporada de 1921, quando o clube conquistou o bicampeonato.[4]
Em 1922 o Campeonato Paraibano deu espaço ao Torneio Centenário da Independência do Brasil, vencido pelo Pytaguares Foot Ball Club, o qual é considerado título estadual,[3] Já em 1923, o torneio retorna e tem o América Foot Club como vencedor, clube que junto com o Palmeiras SC e o SC Cabo Branco, que surgiu a partir de antigos sócios do extinto Club de Foot Ball Parahyba, passam a dominar as edições posteriores do Campeonato, dividindo entre si os títulos das edições realizadas até 1929,[4] uma vez que o assassinato do presidente de estado, João Pessoa, bem como as dificuldades de se organizar um campeonato em meio à Revolução de 1930[17][18] levaram o torneio a ser cancelado por um ano, retornando imediatamente no ano seguinte, cujas edições posteriores viram somente o SC Cabo Branco e o Palmeiras SC como únicos clubes a levantar a taça até a edição de 1935.[3] O Botafogo de João Pessoa estreou no campeonato aconteceu na temporada de 1934; o clube, que ao longo das temporadas posteriores firmou-se como o maior vencedor do torneio,[19] alcançou o vice-campeonato na temporada de 1935, seguindo-se de uma sequência de três títulos: 1936, 1937 e 1938, com destaque para título de 1937 conquistado de maneira invicta.[3]
A temporada de 1939 foi a primeira que contou com clubes do interior do estado, em razão de que eles eram proibidos de disputar o campeonato até a edição anterior.[3] As duas temporadas seguintes viram os primeiros títulos de dois clubes de relevante história no estado, o Auto Esporte-PB, em 1939, e o Treze de Campina Grande, em 1940, cuja conquista figurou como a primeira de um time do interior do estado. A edição de 1940 foi a última a ser organizada pela LDP, uma vez que o Decreto-Lei n.° 3.199 de 1941 extinguiu as ligas estaduais, entre elas, a Liga Desportiva Parahybana, instituindo a partir de então as federações que ficaram subordinadas ao Conselho de Desportos, visando a modernização do futebol nacional.[20]
Época da Federação[editar | editar código-fonte]
O Decreto-Lei de 1941 de Getúlio Vargas criou a Federação Desportiva Paraibana, que passaria a organizar o Campeonato Paraibano entre os anos de 1941 até 1946,[21] contudo, por ter sido fundada por obrigação de decreto a gestão esportiva do estado não conseguiu atender aos interesses dos clubes, e chegou a prejudicar a realização do campeonato, cuja edição de 1946 contou com a presença de apenas por cinco clubes.[16] Os problemas de gestão da Federação Desportiva Paraibana resultaram em sua desfiliação junto à Confederação Brasileira de Desportos no ano de 1946, durante os campeonatos organizados pela por ela houve domínio do Botafogo e Astréa (dois títulos para cada), além de um título para o Treze e outro para o Filipeia.[22]
Com a desfiliação e extinção da Federação Desportiva Paraibana foi criada a Federação Paraibana de Futebol no dia 24 de abril de 1947, instituição que passaria a organizar o campeonato a partir de então[16] e logos nos seus primeiros anos, entre 1947 e 1949 asistiu ao segundo tricampenato do Botafogo, com o Treze levando o torneio de 1950.[22] Os problemas observados durante a época da Federação Desportiva continuaram na Federação Paraibana e a organização de torneios fico comprometida, a exemplo dos problemas que levaram ao cancelamento da temporada do Paraibano de 1951,[23] vindo o campeonato a ser reestabelecido no ano de 1952, quando o Botafogo seguiu tendo destaque na disputa estadual, rivalizando com o Auto Esporte boa parte das finais entre 1952 a 1959, período em que ambos conquistaram um tricampeonato, 1953–1955 para o Belo e 1956–1958 para o Auto.[22]
O ano de 1960 marcou a profissionalização do futebol paraibano,[22] 19 anos após o decreto de modernização do futebol por meio do Decreto-Lei de 1941,[16] naquele mesmo ano, o Campinense Clube, estreou no Campeonato, que apresentou um domínio inquestionável e dentro de campo conquistou o inédito hexacampeonato consecutivo, entre 1960 e 1965.[24] A sequência de conquistas do Campinense, bem como o establishment de Botafogo e Treze como grandes clubes estaduais deu aos três o apelido de "Trio de Ferro" do futebol paraibano,[8] uma vez que entre 1961 e 1984 apenas os três clubes puderam comemorar o título de campeão paraibano.[22]
Ano | BOT | CAM | TRE |
---|---|---|---|
2014 | 1 | 2 | 8 |
2015 | 2 | 1 | 3 |
2016 | 2 | 1 | 6 |
2017 | 1 | 2 | 3 |
2018 | 1 | 2 | 4 |
2019 | 1 | 2 | 6 |
2020 | 3 | 2 | 1 |
2021 | 3 | 1 | 5 |
2022 | 2 | 1 | 5 |
2023 | 3 | 6 | 1 |
A edição de 1975, também foi uma das edições em que o Trio de Ferro esteve no pódio, contudo, no decorrer do torneio o Campinense sofreu punição, recorrendo dela junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e travando a continuidade do campeonato que aquela altura tinha o Treze como campeão do primeiro turno e o Botafogo como campeão do segundo.[23] Não havendo final, a Federação Paraibana homologou o Treze e Botafogo como campeões, contudo o Campinense venceu no STJD a disputa judicial que havia recorrido, recuperando os pontos que havia sofrido, o que lhe daria o título de um dos turnos.[23] Em 2012, uma decisão do STJD deu ganho de causa ao Campinense, que declarou que iria encaminhar o documento para que a FPF homologasse o título,[25] porém, até hoje o clube não conseguiu o reconhecimento do título.[23]
Entre 1976 e 1984 não houve novidades entre os campeões, com a taça revezando entre os três do Trio de Ferro, incluindo mais um tricampeonato do Botafogo (1976–1978) e outro do Treze (1981–1983).[22] O Campeonato Paraibano de 1985 acabou mais uma vez sendo decidido no campo judiciário, porém, para não gerar confusão quanto ao campeão a Federação Paraibana não declarou nenhum vencedor, ficando o título vago para aquele ano.[23]
A pausa na disputa do campeonato também coincidiu com uma mudança entre os vencedores, sendo que nas oito edições de 1986 e 1993 o Trio de Ferro dividiu 5 títulos, enquanto que os outros três ficaram para o Auto Esporte.[22] A temporada de 1994 foi a primeira a ter um clube do sertão como vitorioso, cabendo ao Sousa Esporte Clube esse feito, ao passo que em 1995 e 1996 o Santa Cruz, de Santa Rita, ficou com o bicampeonato, passando a taça para o Confiança de Sapé, campeão da edição de 1997.[22] O Botafogo e o Treze voltariam a comemorar bicampeonatos, nos anos de 1998–1999 e 2000–2001, respectivamente.[22]
A edição de 2002 teve novamente um clube sertanejo como vencedor, o Atlético Cajazeirense que oficialmente levantou a taça embora o Botafogo declare-se campeão alegando a seu favor uma decisão do STJD que puniu o Atlético pela inscrição irregular de um jogador,[22] decisão que nunca foi reconhecida pela FPF.[14] Após a conquista do Atlético em 2002,[22] outros dois times sertanejos iriam comemorar títulos de campeão estadual nos anos vindouros, a começar pelo Nacional de Patos que conquistou o seu primeiro e até então único da história do clube no ano de 2007, justamente sobre o Atlético Cajazeirense;[26] e também o Sousa, que levantou a taça na edição de 2009, conquistado frente ao Treze.[27] Os demais campeonatos do período recente foram repartidos entre os três do Trio de Ferro, exceto a edição de 2024 vencida pelo Sousa diante do Botafogo.[7]
Transmissão[editar | editar código-fonte]
Ao longo dos anos, diversas redes de rádio e televisão transmitiram em algum momento parte ou a temporada completa do Campeonato Paraibano, no caso das TVs a transmissão já ocorreu tanto na TV aberta quanto na TV fechada e nos últimos anos, o campeonato contou também com transmissão via internet, seja em gratuito ou no modelo pay-per-view, tornando-se mais uma opção para os que buscam consumir o conteúdo dos jogos.[28][29] A primeira transmissão em TV aberta de uma partida do estadual ocorreu em 26 de novembro de 1980, quando a TV Borborema transmitiu a final do campeonato daquele ano entre Campinense e Botafogo, cuja partida ocorreu no Estádio Amigão, em Campina Grande.[21]
Os principais meios de comunicação televisivos da Paraíba transmitiram em algum momento alguma edição do Campeonato, a exemplo da TV Correio que chegou a transmitir algumas partidas durante três temporadas no final da década de 1990,[30] cobrindo também as temporadas de 2007 até 2010.[31] A TV Esporte Interativo transmitiu para todo o país através do canal Esporte Interativo Nordeste e algumas partidas pelo sinal aberto do E+I, com contrato válido por 10 temporadas.[32] O canal fechado TV Assembleia, também chegou a transmitir o Campeonato Paraibano com a cobertura de parte das edições de 2005 e 2006,[33] já em 2019 e 2020 as afiliadas do SBT na Paraíba fizeram a transmissão do campeonato, cobrindo as finais de ambas as edições.[34][35]
As primeiras transmissões das afiliadas da TV Globo no estado (TV Paraíba e TV Cabo Branco) remontam às finais de 1988, tendo o canal voltado a cobrir o Campeonato Paraibano no ano 2020, por meio do portal do Globo Esporte Paraíba, passando depois para o streaming do Jornal da Paraíba, com as finais de 2021 e 2023 também na TV aberta e mais recentemente na edição de 2024 ganhando espaço na grade do canal, ao ser transmitindo um jogo por rodada desde a primeira fase até a final,[29] ocupando as tardes de sábado, entre janeiro e abril, exceto em partidas do Botafogo, que negociou o direito de transmissão de seus jogos à TV Arapuan, filiada da Band na capital do estado.[36]
Formato[editar | editar código-fonte]
Atualmente o Paraibano conta com 10 clubes em sua Primeira Divisão, definidos pelos 8 melhores colocados da edição do ano anterior mais os dois finalistas da Segunda divisão também da temporada do anterior, num modelo que vem se replicando desde o ano 2000, com poucas alterações. A temporada geralmente inicia-se em meados de janeiro, com a primeira fase observando cada uma das equipes jogando contra os outros rivais uma única vez (sistema round-robin simples) totalizando nove partidas, sendo que as cinco equipes melhores colocadas no ano anterior possuem cinco mandos de campo, contra quatro mandos para as demais equipes.[1]
A classificação final da primeira fase define as quatro equipes que classificam-se para a segunda fase, que serão as quatro com melhores colocadas, ao passo que as duas equipes com menor pontuação serão rebaixadas. As equipes são classificadas pelo total de pontos, depois pelo saldo de gols e, por fim, pelos gols marcados. Se ainda estiverem iguais, considerar-se-ão como critérios de desempate o maior número de vitórias, maior saldo de gols, maior número de gols pró, menor número de cartões vermelhos recebidos e menor número de cartões amarelos recebidos e por fim, sorteio.[1]
A fase final do torneio consiste em um sistema de cruzamento olímpico, no qual o 1.º colocado enfrenta o 4.º e o 2.º enfrenta o 3.º, com jogos de ida e volta e mando de campo final para a equipe com maior pontuação na tabela da primeira fase, os vencedores dessa fase avançam para a final, que definirá a classificação final do campeonato. Em caso de igualdade no somatórios das duas partidas, tanto na fase final quanto na fase semifinal, a disputa irá direto para as penalidades máximas, sem prorrogação.[1]
Classificação para torneios da CBF[editar | editar código-fonte]
A fase final do Campeonato Paraibano serve para conhecer o campeão e as equipes classificadas para os torneios organizados pela CBF, cabendo aos clubes campeão e vice vagas asseguradas na Série D do Campeonato Brasileiro, exceto se já estiverem garantidos em uma das quatro divisões nacionais do Campeonato Brasileiro. Nesse caso, a vaga no Brasileiro da Série D passará para a próxima equipe melhor posicionada na classificação final do Campeonato e assim, sucessivamente. Os clubes campeão e vice-campeão terão vagas asseguradas também na Copa do Brasil do ano seguinte, exceto se já obtido a vaga via outros certames. O campeonato oferece ainda ao clube vencedor vaga assegurada na fase de grupos Copa do Nordeste do ano posterior, bem como vaga na fase prévia ao clube vice-campeão.[1]
Posição | Federação | Pontos | Vagas em Copas ou Série D | |||||
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Em 2024 | Variação | Em 2024 | Variação | CB | CN | CV | BSD | |
14 | Maranhão | 7.389 | (562) | 3 | 3 | — | 2 | |
15 | Rio Grande do Norte | 6.663 | (850) | 2 | ||||
16 | Paraíba | 5.631 | (52) | |||||
17 | (1) | Amazonas | 5.279 | (1.138) | — | 2 | ||
18 | (1) | Sergipe | 4.716 | (181) | 2 | — |
Campeões[editar | editar código-fonte]
Liga Parahybana de Foot Ball (1908–1918) | |||
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Edição | Ano | Campeão | Vice-campeão |
1ª | 1908 | Parahyba FC (1) |
Desconhecido |
2ª | 1909 | Parahyba United (1) |
Desconhecido |
3ª | 1910 | Atlético Parahybano (1) |
Desconhecido |
4ª | 1911 | América (1) |
Desconhecido |
5ª | 1912 | Red Cross (1) |
Desconhecido |
6ª | 1913 | América (2) |
Desconhecido |
7ª | 1914 | Brasil (1) |
Desconhecido |
8ª | 1915 | Cabo Branco (1) |
Desconhecido |
9ª | 1916 | Brasil (2) |
Desconhecido |
10ª | 1917 | Colégio Pio X (1) |
Desconhecido |
11ª | 1918 | Cabo Branco (2) |
Desconhecido |
Liga Desportiva Parahybana (1919–1940) | |||
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Edição | Ano | Campeão | Vice-campeão |
12ª | 1919 | Palmeiras (1) |
Cabo Branco |
13ª | 1920 | Cabo Branco (3) |
São Paulo |
14ª | 1921 | Palmeiras (2) |
Cabo Branco |
1922[nota 1][37] | Pytaguares (1) |
Desconhecido | |
15ª | 1923 | América (3) |
Cabo Branco |
16ª | 1924 | Cabo Branco (4) |
Desconhecido |
17ª | 1925 | América (4) |
Cabo Branco |
18ª | 1926 | Cabo Branco (5) |
Desconhecido |
19ª | 1927 | Cabo Branco (6) |
Desconhecido |
20ª | 1928 | Palmeiras (3)[38] |
Cabo Branco |
21ª | 1929 | Cabo Branco (7) |
Palmeiras |
1930 | Campeonato não concluído.[nota 2] | ||
22ª | 1931 | Cabo Branco (8) |
Internacional |
23ª | 1932 | Cabo Branco (9) |
Pytaguares |
24ª | 1933 | Palmeiras (4) |
Cabo Branco |
25ª | 1934 | Cabo Branco (10) |
Desconhecido |
26ª | 1935 | Palmeiras (5) |
Botafogo |
27ª | 1936 | Botafogo (1) |
Palmeiras |
28ª | 1937 | Botafogo (2) |
Felipeia |
29ª | 1938 | Botafogo (3) |
Palmeiras |
30ª | 1939 | Auto Esporte (1) |
Treze |
31ª | 1940 | Treze (1) |
Botafogo |
Federação Desportiva Paraibana (1941–1946) | |||
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Edição | Ano | Campeão | Vice-campeão |
32ª | 1941 | Treze (2) |
Felipeia |
33ª | 1942 | Astrea (1) |
Treze |
34ª | 1943 | Astrea (2) |
Cabo Branco |
35ª | 1944 | Botafogo (4) |
Dolaport[39] |
36ª | 1945 | Botafogo (5) |
Felipeia |
37ª | 1946 | Felipeia (1) |
União |
Títulos por equipe[editar | editar código-fonte]
Clube | Campeão | Anos dos Títulos | Vice | Anos dos Vices |
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Botafogo-PB (João Pessoa) | 30 | 1936, 1937, 1938, 1944, 1945, 1947, 1948, 1949, 1953, 1954, 1955, 1957, 1968, 1969, 1970, 1975, 1976, 1977, 1978, 1984, 1986, 1988, 1998, 1999, 2003, 2013, 2014, 2017, 2018, 2019 | 22 | 1935, 1940, 1950, 1952, 1956, 1965, 1971, 1979, 1980, 1987, 1989, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002, 2006, 2010, 2015, 2016, 2022, 2024 |
Campinense (Campina Grande) | 22 | 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1967, 1971, 1972, 1973, 1974, 1979, 1980, 1991, 1993, 2004, 2008, 2012, 2015, 2016, 2021, 2022 | 10 | 1966, 1977, 1981, 1982, 1983, 1984, 1998, 2014, 2018, 2019, 2020 |
Treze (Campina Grande) | 17 | 1940, 1941, 1950, 1966, 1975, 1981, 1982, 1983, 1989, 2000, 2001, 2005, 2006, 2010, 2011, 2020, 2023 | 22 | 1939, 1942, 1961, 1962, 1963, 1964, 1967, 1968, 1969, 1972, 1973, 1974, 1976, 1986, 1988, 1992, 1999, 2004, 2008, 2009, 2013, 2017 |
Cabo Branco (João Pessoa) | 10 | 1915, 1918, 1920, 1924, 1926, 1927, 1929, 1931, 1932, 1934 | 7 | 1919, 1921, 1923, 1925, 1928, 1933, 1943 |
Auto Esporte-PB (João Pessoa) | 6 | 1939, 1956, 1958, 1987, 1990, 1992 | 8 | 1948, 1949, 1953, 1954, 1955, 1957, 1959, 1993 |
Palmeiras (João Pessoa) | 5 | 1919, 1921, 1928, 1933, 1935 | 3 | 1929, 1936, 1938 |
América (João Pessoa) | 4 | 1911, 1913, 1923, 1925 | 0 | |
Sousa (Sousa) | 3 | 1994, 2009, 2024 | 4 | 1995, 2012, 2021, 2023 |
Red Cross (João Pessoa) | 2 | 1912, 1952 | 0 | |
Astrea (João Pessoa) | 2 | 1942, 1943 | 0 | |
Brasil (João Pessoa) | 2 | 1914, 1916 | 0 | |
Santa Cruz (Santa Rita) | 2 | 1995, 1996 | 0 | |
Nacional (Patos) | 1 | 2007 | 4 | 1978, 1990, 1991, 2005 |
Atlético Cajazeirense (Cajazeiras) | 1 | 2002 | 3 | 1994, 2003, 2007 |
Felipeia (Bayeux) | 1 | 1946 | 3 | 1937, 1941, 1945 |
Estrela do Mar (João Pessoa) | 1 | 1959 | 1 | 1958 |
Parahyba FC (João Pessoa) | 1 | 1908 | 0 | |
Parahyba United (João Pessoa) | 1 | 1909 | 0 | |
CA Parahybano (João Pessoa) | 1 | 1910 | 0 | |
Colégio Pio X (João Pessoa) | 1 | 1917 | 0 | |
Confiança (Sapé) | 1 | 1997 | 0 | |
CSP (João Pessoa) | 0 | 1 | 2011 | |
Santos (João Pessoa) | 0 | 1 | 1970 | |
Paulistano (Campina Grande) | 0 | 1 | 1960 | |
Ipiranga (Campina Grande) | 0 | 1 | 1947 | |
União (João Pessoa) | 0 | 1 | 1946 | |
Dolaport (João Pessoa) | 0 | 1 | 1944 | |
Pytaguares (João Pessoa) | 0 | 1 | 1932 | |
Internacional (Cabedelo) | 0 | 1 | 1931 | |
São Paulo (João Pessoa) | 0 | 1 | 1920 |
Em negrito estão os times em atividade
Multicampeões[editar | editar código-fonte]
Título | Ocorrências |
---|---|
Hexacampeão | Campinense, uma vez (1960–65) |
Tetracampeão | Campinense, uma vez (1971–74) Botafogo, uma vez (1975–78) |
Tricampeão | Botafogo, cinco vezes (1936–38, 1947–49, 1953–55, 1968–70 e 2017–19) |
Treze, uma vez (1981–83) | |
Bicampeão | Treze, quatro vezes (1940–41, 2000–01, 2005–06 e 2010–11) |
Botafogo, três vezes (1944–45, 1998–99 e 2013–14) | |
Campinense, três vezes (1979–80, 2015–16 e 2021-22) | |
Cabo Branco, duas vezes (1926–27 e 1931–32) | |
Astrea: 1 vez (1942–43) | |
Santa Cruz: 1 vez (1995–96) |
Títulos por cidade[editar | editar código-fonte]
Cidade | Títulos | Clubes Campeões |
---|---|---|
João Pessoa | 66 | 14 |
Campina Grande | 39 | 2 |
Sousa | 3 | 1 |
Santa Rita | 2 | 1 |
Patos | 1 | 1 |
Cajazeiras | 1 | 1 |
Sapé | 1 | 1 |
Bayeux | 1 | 1 |
Artilheiros[editar | editar código-fonte]
Dentinho é maior artilheiro em uma única edição do Campeonato Paraibano, fazendo 42 gols em 1983, quando jogava pelo Botafogo. Por outro lado, Edmundo foi o jogador quem mais vezes foi o principal goleador do campeonato, em três oportunidades (Nacional em 2007, Sousa em 2009 e Botafogo em 2010).[40][41][42][43][44][45]
Ano | Artilheiro | Clube | Gols |
---|---|---|---|
1938 | Ronal | Botafogo | 16 |
1939 | |||
1940 | |||
1941 | |||
1942 | |||
1943 | |||
1944 | |||
1945 | |||
1946 | |||
1947 | |||
1948 | |||
1949 | |||
1950 | |||
1951 | |||
1952 | |||
1953 | |||
1954 | |||
1955 | |||
1956 | |||
1957 | Delgado | Auto Esporte | 11 |
1958 | |||
1959 | |||
1960 | Zezinho Ibiapino[46] | Campinense | 18 |
1961 | Pedro | Treze | 10 |
1962 | Tonho Zeca | Campinense | 12 |
1963 | Cocó | Campinense | 11 |
1964 | Ruiter | Campinense | 16 |
1965 | Ireno | Campinense | 17 |
1966 | Ireno | Campinense | 11 |
1967 | Farias | Campinense | 13 |
1968 | Ireno | Campinense | 20 |
1969 | Nide | Treze | 16 |
1970 | Dissor | Botafogo | 14 |
1971 | Edgar | Campinense | 15 |
1972 | Edgar | Campinense | 15 |
1973 | Vandinho | Treze | 17 |
1974 | Clóvis | Nacional | 19 |
1975 | Edílson | Atlético | 13 |
1976 | Edílson | Atlético | 16 |
1977 | Jorge Demolidor | Botafogo | 22 |
1978 | Magno | Botafogo | 15 |
1979 | Adelino | Treze | 19 |
1980 | Hélcio Jacaré | Treze | 15 |
1981 | Joãozinho Paulista | Treze | 30 |
1982 | Lula | Treze | 22 |
1983 | Dentinho | Botafogo | 42 |
1984 | Carlinhos Mocotó | Botafogo | 19 |
1985 | Carlos Roberto | Botafogo | 15 |
1986 | Garrinchinha | Nacional | 13 |
1987 | Vamberto | Nacional | 20 |
1988 | Nei | Botafogo | 14 |
1989 | Rocha | Treze | 35 |
1990 | Menon | Nacional | 17 |
1991 | Orlando | Campinense | 15 |
1992 | Aguinaldo | Botafogo | 35 |
1993 | Marcos Pitombinha | Treze | 35 |
1994 | Missinho[47] | Botafogo | 26 |
1995 | Roberto Michelle | Sousa | 40 |
1996 | Gilson Jacaré | Socremo | 15 |
1997 | Vamberto | Botafogo | 16 |
1998 | Marcelo Santos | Botafogo | 24 |
1999 | Bia | Sousa | 17 |
2000 | Rincón | Treze | 10 |
2001 | Val Araguaia | Treze | 15 |
2002 | Binho | Campinense | 16 |
2003 | Paulinho Guerreiro | Atlético Cajazeirense | 17 |
2004 | Adelino | Campinense | 19 |
2005 | Ânderson | Nacional | 11 |
2006 | Théo | Treze | 12 |
2007 | Edmundo | Nacional | 18 |
2008 | Fredson | Sousa | 14 |
Júnior Mineiro | |||
2009 | Edmundo | Sousa | 18 |
2010 | Edmundo | Botafogo | 24 |
2011 | Cléo | Treze | 15 |
2012 | Warley | Campinense | 22 |
2013 | Warley | Botafogo | 14 |
2014 | Carlinhos | Santa Cruz-PB | 17 |
2015 | Rafael Oliveira | Botafogo | 15 |
2016 | Rodrigão | Campinense | 9 |
2017 | Rafael Oliveira | Botafogo | 16 |
2018 | Nando | Botafogo | 9 |
2019 | Clayton | Botafogo | 7 |
2020 | Rafael Ibiapino | Campinense | 9 |
2021 | Birungueta | Treze | 5 |
2022 | Olávio | Campinense | 9 |
2023 | Luiz Henrique | Sousa | 5 |
2024 | Diego Ceará | Sousa | 5 |
Notas
- ↑ Não houve campeonato oficial, sendo realizado Torneio do Centenário da Confederação.
- ↑ Revolução Brasileira de 1930.
- ↑ O campeonato não chegou ao fim. Como o Treze foi campeão do 1.º turno e o Botafogo campeão do 2.º turno, os dois times foram declarados campeões. O Campinense requereu na justiça desportiva o título e teve ganho de causa, porém a Federação Paraibana de Futebol não reconhece o título.[23]
- ↑ Em 1985, a FPF proclama Treze e Botafogo campeões estaduais, mas a decisão final vai parar na Justiça Comum e a Federação não oficializa os campeões.
Referências
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inválido; o nome "ranking" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes - ↑ Redação do GE/PB (30 de setembro de 2023). «Botafogo-PB fará em 2024 a sua 11ª temporada consecutiva na Série C». João Pessoa-PB: Globo Esporte/PB. Consultado em 25 de março de 2024
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- ↑ «Acompanhe a disputa pela artilharia do Campeonato Paraibano de 2013». globoesporte.com
- ↑ «Acompanhe a disputa pela artilharia do Campeonato Paraibano de 2014». globoesporte.com
- ↑ «Confira, gol a gol, a luta pela artilharia no Campeonato Paraibano de 2015». globoesporte.com
- ↑ «Mesmo sem disputar a final, Rodrigão termina como artilheiro do Paraibano». globoesporte.com
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- ↑ Botafogo-PB traz ídolos de volta Terra, acessado em 10 de julho de 2010