Canon de 75 modèle 1897
Canon de 75 modèle 1897 | |
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Um canhão modelo 1897 no museu Les Invalides. | |
Tipo | Artilharia de campo |
Local de origem | França |
História operacional | |
Em serviço | 1898 – presente (ainda usado em cerimônias) |
Utilizadores | França Estados Unidos Polônia Bélgica Sérvia Romênia Alemanha Finlândia Portugal Espanha Reino Unido México |
Guerras | Guerra Colonial Francesa Levante dos Boxers Primeira Guerra Mundial Guerra Polaco-Soviética Guerra Civil Espanhola Segunda Guerra Mundial Outros conflitos menores |
Histórico de produção | |
Criador | Albert Deport, Etienne Sainte-Claire Deville e Emile Rimailho |
Data de criação | 1891 – 1896 |
Fabricante | Arsenais do governo: Puteaux, Bourges, Tarbes, Saint-Étienne |
Período de produção |
1897 – 1940 |
Quantidade produzida |
+ 21 000 |
Especificações | |
Peso | 1 544 kg |
Comprimento do cano |
2,69 m |
Tripulação | 6 |
Calibre | 75 mm |
Elevação | −11° para +18° |
Movimento transversal |
6° |
Cadência de tiro | 15-30 tiros por minuto |
Velocidade de saída | 500 m/s |
Alcance efetivo | 6 800 m |
Alcance máximo | 8 500 m |
O Canhão modelo 1897 de 75 mm é uma peça de artilharia de campo que passou a ser utilizado a partir de 1898. Sua designação oficial em francês era Matériel de 75mm Mle 1897. Era comumente chamado de Francês 75, ou simplesmente 75 ou Soixante-Quinze (francês para "setenta e cinco").
Visão geral
[editar | editar código-fonte]O Francês 75 foi desenhado como uma arma anti-pessoal para disparar estilhaços contra tropas inimigas. Após 1915 e no decorrer da luta de trincheiras da Primeira Guerra Mundial, a necessidade de artilharia com projéteis de alta-explosão fez com que alterações fossem feitas. Em 1918, o Canhão 75 se tornou o principal meio de dispersar armas químicas. Ele também foi utilizado como arma de montanha e artilharia anti-aérea. Seu canhão também foi usado no tanque St. Chamond em 1918.[1][2][3][4]
O Francês 75 é frequentemente lembrado como a primeira peça de artilharia moderna.[5][6] Foi o primeiro canhão de campo a incluir um mecanismo de recuo hidropneumático, que mantinha a arma praticamente fixa e as rodas quase imóveis durante a sequência de tiros. Como não precisava ser recolocado de volta no lugar depois de cada disparo, a tripulação poderia recarregar a arma e atirar assim que o canhão retornasse sozinho a posição. Em uso típico, o Francês 75 poderia disparar 15 projéteis no alvo por minuto, incluindo de estilhaço ou de alto-explosivo, a até 8 500 m de distância. Sua cadência de tiro pode ir para 30 disparos por minuto, com uma tripulação experiente e por período de tempo pequeno.[4]
No começo da Primeira Guerra Mundial, em 1914, o exército francês tinha aproximadamente 4 000 desses canhões em serviço. Ao fim do conflito, já havia mais de 12 000 sendo utilizados. Também foi usado pela Força Expedicionária Americana, que tinha mais de 2 000 canhões Francês 75. Várias destas armas ainda foram usadas durante a Segunda Guerra Mundial, atualizado com novas rodas e pneus sendo puxado por caminhões, ao invés de cavalos. Atualmente, o exército francês continua utilizando este canhão para fins cerimoniais.[7]
O Francês 75 criou o padrão a ser copiado por outras peças de artilharia de campo ao longo século XX.[8]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Alvin, Colonel; André, Commandant (1923). Les Canons de la Victoire (Manuel d'Artillerie). Paris: Charles Lavauzelle & Cie
- ↑ Hogg, Ian V. (1998). Allied Artillery of World War I. [S.l.]: Crowood Press. ISBN 1-86126-104-7
- ↑ Challeat, J. (1935). Histoire technique de l'artillerie en France pendant un siècle (1816–1919). Paris: Imprimerie Nationale
- ↑ a b "Canon de 75 mle 1897 Towed Field Gun". Página acessada em 17 de maio de 2017.
- ↑ Chris Bishop, "Canon de 75 modèle 1897", pg. 137
- ↑ Priscilla Mary Roberts, "French 75 gun", Primeira Grande Guerra, pg. 726
- ↑ Touzin, Pierre; Vauvillier, François (2006). Les Matériels de l'Armée Française: Les canons de la victoire, 1914–1918. Tome 1: L'Artillerie de Campagne. Paris: Histoire et Collections. ISBN 2-35250-022-2
- ↑ Gudmundsson, Bruce I. (1993). On Artillery. Westport, Connecticut: Praeger. ISBN 978-0-275-94047-8