Caratão (rei)
Caratão | |
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cã huno | |
Reinado | fl. 412 |
Antecessor(a) | Uldino (?) |
Sucessor(a) | Octar e Ruga (?) |
Nascimento | século IV |
Morte | século V |
Religião | Paganismo huno |
Caratão (em latim: Charato; em grego: Χαράτων), segundo Olimpiodoro de Tebas, foi um dos primeiros reis hunos. No final de 412 ou começo de 413, recebeu o embaixador romano Olimpiodoro enviado pelo imperador Honório (r. 395–423).[1] Olimpiodoro viajou para o reino de Caratão pelo mar, mas não registra se o mar em questão era o Negro ou Adriático. Como sua história lida exclusivamente do Império Romano do Ocidente, foi provavelmente o Adriático, e visitou os hunos em algum lugar na planície da Panônia.[2]
“ | Donato e os hunos e a habilidade com que seus reis atiravam com o arco. O autor relata ter sido enviado numa missão para eles e Donato e fornece um trágico registro de suas andanças e perigos pelo mar. Pois Donato, tendo sido enganado por um juramento, foi ilegalmente executado. Como Charaton, o primeiro dos reis, furioso com o assassinato, foi apaziguado por presentes do imperador.[3] | ” |
Embora o texto sugira que certo Donato (Δονάτ-, turco yonat, "cavalo"[4]) foi o rei húnico anterior, alguns estudioso como Franz Altheim e Otto Maenchen-Helfen rejeitam esta afirmação.[1]
Etimologia[editar | editar código-fonte]
Segundo Maenchen-Helfen, seu nome é de origem indeterminada, e pode ter terminado em -tom, -ton, -to, -ta e -t.[5] Omeljan Pritsak derivou a raiz xara - qara do altaico -qara, com o significado de "preto" e "grande; norte". A segunda parte -ton é um empréstimo saca em turco, thauna > *taun > tōn, "vestuário, roupagem".[4] No turco otomano don significa "cota de malha dum cavalo" e há um conceito de "cavalo com a malha preta". Pritsak concluiu como o governante anterior foi chamado Donato (cavalo), e que o nome de Qara-ton (vestido de preto; com malha preta) foi uso críptico intencional para cavalo, possivelmente relacionado ao totemismo húnico.[6]
Referências
- ↑ a b Maenchen-Helfen 1973, p. 73–74.
- ↑ Maenchen-Helfen 1973, p. 74.
- ↑ Maenchen-Helfen 1973, p. 73.
- ↑ a b Pritsak 1982, p. 437.
- ↑ Maenchen-Helfen 1973, p. 416.
- ↑ Pritsak 1982, p. 438.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Maenchen-Helfen, Otto J. (1973). The World of the Huns: Studies in Their History and Culture. Berkeley, Los Angeles e Londres: University of California Press. ISBN 9780520015968