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Casa Sloper

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A Casa Sloper foi uma loja de joias, cristais, roupas, maquiagem, cama e mesa, decoração e brinquedos que viveu seu apogeu entre 1930 a 1950[1].


Casa Sloper
Fundação 1899
Fundador(es) Henry Sloper
Produtos Jóias
Moda feminina, masculina e infantil
Roupa de cama e mesa
Objetos de decoração
Brinquedos

História[editar | editar código-fonte]

A loja foi fundada em 1899 pelo inglês Henry Willmott Sloper: uma pequena loja de trinta metros quadrados na Rua do Ouvidor - RJ.

O empreendimento chegou a ter mil e oitocentos (1.800) funcionários e filiais no Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul[2].

A Casa Sloper é mencionada na música Bijuterias, composição de João Bosco em parceria com Aldir Blanc e que foi tema de abertura da novela transmitida pela rede Globo, O Astro, em suas duas versões[3].

(...)

Na idade em que estou

Aparecem os tiques, as manias

Transparentes Transparentes

Feito bijuterias

Pelas vitrines

Da Sloper da alma

(...)[4]

Casa Sloper - Rio de Janeiro e Petrópolis[editar | editar código-fonte]

A Casa Sloper na rua Uruguaiana, no centro do Rio, ficava em um prédio em estilo art deco na década de 1950. Oferecia uma diversidade de produtos: acessórios como cordões, pulseiras, anéis, cosméticos, vestuário feminino, masculino e infantil, roupa de cama e mesa, brinquedos, cristais e objetos de decoração. Um presente da Casa Sloper era sinônimo de bom gosto. As atendentes estavam sempre elegantes com penteados impecáveis e uniformizadas, além de serem famosas por sua beleza e qualidade no atendimento[5][6].

Também teve filiais na zona norte do Rio, na Tijuca e no Méier. Apesar de menos charmosas, traziam consigo a mesma simbologia de ser uma Casa Sloper[6].

Não faltava também uma loja na zona sul do Rio de Janeiro, que ficou na avenida Nossa Senhora de Copacabana, esquina com Raimundo Correa[6].

A Cidade Imperial, Petrópolis também tinha uma filial[6]. Com tapete e corrimão dourado, oferecendo produtos de primeira qualidade como cristais, luvas de gala, máscaras de baile, a loja fazia sucesso na cidade serrana[7].

Casa Sloper - Salvador[editar | editar código-fonte]

A Casa Sloper ficava no centro de Salvador, na requintada Rua Chile 21[6]. Com seus perfumes, jóias e vestuários, concorria com Lojas Duas Américas, também famosa no mercado baiano nas décadas de 1930 e 1960 e o Royal Palace que vendia porcelanas chinesas e prataria[8][9].

Casa Sloper - São Paulo[editar | editar código-fonte]

A Casa Sloper encontrava-se à Rua Direita e já se diferenciava das demais lojas pelas suas vitrines muito bem produzidas. Famosa por suas bijuterias de excelente qualidade e elegantes vestidos e calçados[10], valorizava o requinte, a fineza, contrapondo com a Lojas Americanas que era mais popular[11].

Casa Sloper - Fortaleza[editar | editar código-fonte]

Entre 1940 e 1950, uma das lojas mais importantes em Fortaleza era a Casa Sloper. Especializada em alta moda (vestido, meias, luvas, chapéus), era frequentada por senhoras elegantes, já acostumadas aos estabelecimentos comerciais de alto luxo. De tão sofisticada, causava inibição a muita gente[12].

Referências

  1. July, Insólito 25; 2018 (25 de julho de 2018). «Grandes Lojas Que Fecharam as Portas no Brasil. Você se Lembra?». desafiomundial (em espanhol). Consultado em 7 de abril de 2021 
  2. «Casa Sloper: portas abertas para sonhar». Petrópolis Sob Lentes. 26 de agosto de 2018. Consultado em 7 de abril de 2021 
  3. «João Bosco fala sobre a abertura de 'O Astro': 'É muito bom sentir a música no ar'». O Astro. Consultado em 7 de abril de 2021 
  4. «Bijuterias - João Bosco». Letras.mus.br. Consultado em 7 de abril de 2021 
  5. July, Insólito 25; 2018 (25 de julho de 2018). «Grandes Lojas Que Fecharam as Portas no Brasil. Você se Lembra?». desafiomundial (em espanhol). Consultado em 20 de abril de 2021 
  6. a b c d e Lucena, Felipe (3 de abril de 2015). «Casa Sloper e o saudosismo carioca». Diário do Rio de Janeiro. Consultado em 20 de abril de 2021 
  7. «Casa Sloper: portas abertas para sonhar». Petrópolis Sob Lentes. 26 de agosto de 2018. Consultado em 20 de abril de 2021 
  8. nelsoncadena. «Lojas Duas Américas, o magazine chique da Rua Chile | Memorias da Bahia». Consultado em 20 de abril de 2021 
  9. Unknown (1 de junho de 2011). «História de Salvador - Cidades Baixa e Alta: RUA CHILE 5 – SUA ROTINA». História de Salvador - Cidades Baixa e Alta. Consultado em 20 de abril de 2021 
  10. Sampa, Memórias De (3 de dezembro de 2012). «Memórias de Sampa: Rua Direita». Memórias de Sampa. Consultado em 20 de abril de 2021 
  11. «O centro da cidade de que me lembro: Rua Direita (não tão direita assim) e adjacências :: São Paulo - Minha Cidade». www.saopaulominhacidade.com.br. Consultado em 20 de abril de 2021 
  12. Garcia, Postado por Fátima. «As Lojas Antigas: quando a cidade cabia no Centro». Consultado em 20 de abril de 2021