Casa de Queiroz
A Casa de Queiroz é uma família aristocrática e nobre de Portugal e Espanha. Fundada pelo Príncipe Constantino em 846 nas Astúrias do século IX, Espanha. A família Queiroz tem origem francesa e asturiana e é uma das dinastias mais importantes da história da Península Ibérica. A casa é também uma das 72 casas da alta nobreza portuguesa, expostas no Palácio de Sintra, na Sala de Sintra. A sala foi criada pelo Rei Dom Manuel I para organizar os brasões das famílias mais importantes da nobreza portuguesa.[1]
Casa de Queiroz | |
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"Despues de Dios, la casa Quirós" | |
Estado | Reino das Astúrias Império do Brasil |
Título | Príncipe de Queiroz |
Origem | |
Fundador | Príncipe Constantino de Quirós |
Fundação | 846, século IX |
Atual soberano | |
S.A. Princesa Eliane Rita de Queiroz
(Personalidade Desconhecida) | |
Linhagem secundária |
História
[editar | editar código-fonte]Fundada pelo Príncipe Constantino, filho do Imperador de Constantinopla. O Príncipe fixou sua residência no Solar de Queirós (ou Quirós), nas Astúrias. O príncipe ajudou o Papa Estêvão III (720-72) contra Desidério (710-86), rei dos lombardos; A gratidão de Estêvão foi tão grande que proclamou as famosas palavras “despues de Dios à Constantino” e, por isso, recebeu favores no bispado de Oviedo. Em 846, na Península Ibérica, foi acolhido pelo rei Dom Ramiro I das Astúrias (790-850). A tradição conta que em determinada ocasião, lutando contra os mouros, Dom Ramiro foi cercado por soldados inimigos, quando Constantino teria gritado em grego “Isqueiroz” ao rei, que significaria “levanta-te cavaleiro forte”. Com Dom Ramiro impossibilitado de lutar, Constantino desmontou da sua hora, entregou o cavalo ao rei e matou os inimigos do monarca. Após o ocorrido, Dom Ramiro teria passado a chamá-lo de Constantino de Quíros. A partir desse momento o lema que Estêvão lhe deu transformou-se no famoso lema "Despues de Dios, la casa de Quíros".
Mais tarde, o Príncipe Constantino casou-se com Dona Gracinda Bernardo, filha de Bernardo del Carpio e Madame Galinda, filha do Conde de Alardos, membro da casa real de França. Por parte de pai, Gracinda era neta do Conde Dom Sancho Díaz de Saldaña e da Princesa Dona Jimena, irmã do Rei Dom Alfonso II e neta do Rei Dom Fruela I e da sua esposa, a Rainha Munia das Astúrias. Constantino teve um filho, Pedro Bernardo de Queirós, que deu continuidade ao apelido nas Astúrias, Castela e mais tarde em Portugal. O seu descendente Guterre Gonçalves de Queirós, sétimo senhor da casa e feudo de Queirós, foi alferes de Dom João I (1357-1433), rei de Portugal, com quem esteve na batalha de Aljubarrota, em 1385, transportando o bandeira – ocasião em que teve os braços decepados pelo inimigo, mantendo o estandarte português entre os dentes até à morte. Fernando Álvares de Queirós, que seria irmão de sangue de Guterre, foi um nobre asturiano que veio para Portugal por volta de 1378, durante o reinado de Dom Fernando I (1345-83).[2]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Sala de Sintra», Genealogia Historia, consultado em 10 de julho de 2022
- ↑ «Queirós, Queiroz – Sobre Nomes». Consultado em 19 de janeiro de 2024