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Casa de Santiago

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Casa Lobo de Vasconcellos, seus património integrado e jardins
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Estatuto patrimonial
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A Casa de Santiago ou Antiga Casa do Prior Bonifácio Gomes de Carvalho é um edifício localizado em Santiago do Cacém, no Distrito de Setúbal, na região do Alentejo. Está situada na freguesia de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, na rua Conde de Avilez.

Casa de Santiago

Na segunda metade do século XVI, existem relatos de um edifício no local, pertencente ao juiz ordinário Fabião Feio. O seu filho, o padre Sebastião Feio estabeleceu uma capela vinculada a um morgadio na Igreja da Misericórdia. Em 1570, a casa aparece nos bens instituídos em morgadio ao padre Sebastião Feio.[1]

Em 1721, o edifício não aparece no levantamento da população realizado nesse ano, levando à assunção do abandono da casa, acompanhando o abandono do Paço da Alcáçova e das casas do Castelo.[2]

O terramoto de 1 de novembro de 1755, destruiu bastante o edifício presente bem como a Igreja Matriz e os arruamentos mais altos.

A 22 de março de 1797, o Prior de Santiago do Cacém, o padre Bonifácio Gomes de Carvalho aforou a casa dos proprietários da altura ,D. Joana Perpétua Feio Sanches Gusmão e seu marido Francisco José Faria da Costa Abreu Guião, que era desembargador. O Prior estava, na altura, a tratar da reconstrução da Igreja Matriz, que foi parcialmente destruída no terramoto de 1755.[3]

As obras no local, já estariam concluídas em 1799, de acordo com o que estaria no aforamento. Em abril de 1799 comprou definitivamente o edifício e o terreno adjacente. Em setembro de 1800 esteve alojado na casa o Bispo de Beja, Frei Manuel do Cenáculo, mais tarde arcebispo de Évora, quando veio a Santiago do Cacém para abençoar a Igreja Matriz em reconstrução.[4]

A 6 de novembro de 1803, o Prior vendeu a casa a D. Francisca Teresa de São José Nobre Pacheco, viúva do Sargento-Mor de Santiago do Cacém, João Falcão Murzelo de Mendonça. D. Francisca só se mudou no ano seguinte, devido ao projeto de recuperação do edifício adjacente, a “casa das Heras” para habitação pessoal do Prior.[1]

Um dos netos de D. Francisca, Jacinto Pais de Matos Falcão tornou-se o 1º Conde Bracial, um título concedido por D. Luís I. Este viria a herdar a casa. Após a sua morte, a casa foi herdada por sua filha, D. Catarina Champalimaud Paes de Mattos Falcão, casada com o juiz de direito e deputado, José Monteiro Soares de Albergaria. O casal não deixou descendência, portanto D. Catarina, por sua morte, deixou a casa, em 1919, para a sua prima D. Maria das Dores Cabral Parreira d’Aboim Luzeiro Infante de La Çerda. D. Maria das Dores casou em 1921 com o capitão de cavalaria António Lobo de Portugal e Vasconcellos e são os avós dos atuais proprietários.[2][5]

A fachada principal caracteriza-se pelo seu comprimento e pelo seu enquadramento entre duas pilastras laterais. O edifício tem três registos de janelas. No primeiro encontram-se cinco janelas de guilhotina protegidas por grades de ferro forjado. No segundo estão sete janelas de sacada. O terceiro tem ,apenas, uma janela de trapeira em mansarda com enrolamentos. O muro de suporte ao jardim onde se insere um oratório familiar de invocação a Nossa Senhora das Dores. O alçado lateral do jardim tem uma porta em arco de volta inteira em pedra igual ao que se encontra no alçado lateral esquerdo.[2] [1] [4]

Referências

  1. a b c http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=15103
  2. a b c https://atlas.cimal.pt/drupal/?q=pt-pt/node/282
  3. PATRIMÓNIO EDIFICADO DE SANTIAGO DO CACÉM: BREVE INVENTÁRIO Carlos Sobral e José Matias
  4. a b PATRIMÓNIO EDIFICADO DE SANTIAGO DO CACÉM: BREVE INVENTÁRIO Carlos Sobral e José Matias
  5. https://www.casadesantiago.pt/pt/pagina/a-historia
  • Sobral, C. & Matias, J. (2001) – Património Edificado de Santiago do Cacém: Breve Inventário. Lisboa: Ed. Colibri e Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
  • Vasconcellos, A. Lobo de (1984) – Breves Notas Sobre o Padre Bonifácio Gomes de Carvalho e a Igreja do Castelo, Matriz de Santiago do Cacém. Documento não publicado, consultável no Centro de Documentação do Gabinete de Reabilitação Urbana e Património da Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
  • Silva, M. João da (1992) – Toponímia das Ruas de Santiago do Cacém. Santiago do Cacém: Ed. Câmara Municipal de Santiago do Cacém
  • Cesário, G. J. (2008) – 1808. Santiago do Cacém e a 1ª Invasão Francesa. Santiago do Cacém: Ed. Junta de Freguesia de Santiago do Cacém.