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Casqueamento

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Técnica em agropecuária realizando casqueamento em potro.

O casqueamento é um procedimento feito no cascos dos angulados (mais comumente em equinos, equideos e muares) empregado como forma de tratamento ou manutenção, prevenindo e curando doenças que possam acometer o animal.

O adequado tratamento dos cascos do equino podem ser um dos fatores determinantes para o desempenho correto das funções a que esse animal é destinado. Um bom casqueamento influi em melhores condições de locomoção e sustentação dos animais, seja de pista, lazer ou esporte. Estes podem ser executados juntos ou separadamente, sendo que um pode ou não complementar o outro dependendo das necessidades do animal.

O casco é a base de sustentação de todo peso do animal, interfere na saúde das articulações e tendões, na qualidade da locomoção e no desempenho durante o trabalho.[1]

As mais comuns utilizadas no casqueamento são:

  • Rineta (facas de casco)
  • Torques de casco
  • Alicate de rebinar (jacaré)
  • Martelo de cravejar
  • Marreta de ajustar ferradura
  • Grosa
  • Alicate saca cravo
  • Torques saca ferradura de 15’
  • Pinça de casco
  • Clinche cortador (cortador de cravo)
  • Bigorna
  • Avental para ferrar

Métodos e posturas

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Para ser casqueado, o cavalo deve ser contido. No entanto, o casqueador nunca deverá usar de violência para isso. A princípio, deve-se ficar no centro de equilíbrio do animal (perto de sua patas dianteiras) onde diminui o risco de um possível incidente como coices ou qualquer outra atitude defensiva. A pata a ser trabalhada é segurada e então utiliza-se uma escova para tirar o excesso de resíduos, como terra e estrume.

A ranilha é cortada e caso seja encontrado fungos ou quaisquer patologia a região deve ser imediatamente medicada. A parede do casco é lixada respeitando as medições e angulações da mesma e por fim é finalizado com um produto que permeabiliza as paredes do casco evitando infiltrações. O mesmo procedimento é adotado para as patas traseiras, sendo esses os membros nos quais o cavalo tem mais força defensiva. É recomendada maior atenção.[2]

Uma observação importante a ser feita é quanto aos animais em liberdade, no campo, que não necessitam de ferraduras, porque o desgaste do casco se faz naturalmente, sem prejuízo para o casco do animal. O casco, embora pareça uma parte do corpo estática, sofre incessantes mudanças que, dependendo da raça, da idade, do serviço que o animal presta, podem se manifestar com maior ou menor intensidade.[3]

Referências

  1. «Agronomia | Artigos Científicos». www.agronomia.com.br. Consultado em 6 de julho de 2017 
  2. Bonna, Fernando A. B. (2015). Casqueamento e ferrageamento. Ipatinga, Bahia: [s.n.] 
  3. Agropecuário, Portal. «Cuidados com cascos e ferraduras de cavalos - Portal Agropecuário». Portal Agropecuário