Catedral da Santa Trindade (Sibiu)
Catedral da Santa Trindade de Sibiu Catedrala Sfânta Treime din Sibiu | |
---|---|
Informações gerais | |
Tipo | catedral |
Arquiteto | Virgilio Nagy • Iosif Kamner |
Engenheiro | Iosif Schussnig |
Início da construção | 1902 |
Fim da construção | 1904 |
Religião | ortodoxa romena |
Estilos arquitetónicos | neobizantino com elementos barrocos |
Dimensões | altura da torre: 45 m
comprimento: 53,1 m largura: 24,7 m altura interior da cúpula: 24,7 m diâmetro interior |
Altura |
|
Geografia | |
País | Roménia |
Cidade | Sibiu |
Região histórica | Transilvânia |
Coordenadas | |
Localização em mapa dinâmico |
A Catedral da Santa Trindade de Sibiu (em romeno: Catedrala Sfânta Treime din Sibiu) é uma catedral situada na cidade romena de Sibiu, que é a sé da diocese ortodoxa romena de Sibiu e da arquidiocese metropolitana da Transilvânia. De estilo neobizantino, foi inspirada na basílica de Santa Sofia em Istambul e os coruchéus na arquitetura religiosa tradicional transilvana e em elementos barrocos.
História
[editar | editar código-fonte]A primeira pessoa que teve a ideia de construir uma catedral ortodoxa em Sibiu foi Andrei Șaguna, que no outono de 1857, quando era bispo da diocese local, pediu autorização ao imperador austríaco Francisco José I para enviar uma circular à sua diocese pedindo aos sacerdotes e leigos que doassem dinheiro para a construção. A circular foi enviada antes do Natal desse ano e o primeiro doador foi o próprio imperador, quem deu mil moedas de ouro, seguido do governador da Transilvânia, que deu 50, e Şaguna, que deu 2 000 forintes. As doações continuaram após a morte de Şaguna em 1873, quando já era bispo metropolitano da Transilvânia.
A primeira pedra das obras de construção foi colocada em 18 de agosto de 1902, quando era bispo metropolitano Ioan Meţianu. Para libertar espaço para a catedral (eram necessárias cinco parcelas na Rua Mitropoliei, onde se situa a entrada principal, e três na Rua Xenopol, onde também há uma entrada), foram demolidas oito casas, bem como uma pequena igreja grega construída entre 1797 e 1799, a qual tinha servido até então como catedral.[2]
A planta, da autoria dos arquitetos de Budapeste Virgilio Nagy e Iosif Kamner, foi escolhida entre as plantas entregues por 31 arquitetos austríacos e húngaros. As obras, concluídas em 1906, quando foi terminado o teto de cobre, foram coordenadas pelo arquiteto da cidade Iosif Schussnig. A iconóstase e o kliros (local do coro) foram fabricados pela empresa Constantin Babic em Bucareste. A iconóstase é de talha dourada e a cúpula, onde está representado o Pantocrator flanqueado por anjos, foi pintada por Octavian Smigelschi, natural da localidade próxima de Ludoș.[1]
A catedral foi consagrada em 30 de abril de 1906 pelo bispo metropolitano Meţianu, o seu bispo sufragâneo de Arad, Ioan Papp, e um grupo de sacerdotes e diáconos. O intelectual e político Nicolae Iorga, que viria a ser primeiro-ministro da Roménia, também esteve presente e doou um ícone e um encólpio (enkólpion; crucifixo peitoral usado pelos bispos ortodoxos) de prata. Os quatro sinos foram benzidos em 13 de dezembro de 1906 e foram colocados nos coruchéus principais.
Durante a Primeira Guerra Mundial, o exército austro-húngaro fundiu os três sinos do coruchéu ocidental para utilizar o bronze em canhões; esses sinos só seriam substituídos em 1929.[3]
Descrição
[editar | editar código-fonte]O exterior é de tijolo vermelho e amarelo. A ampla nave é limitada por tetos hemisféricos mais pequenos e quatro torres: duas mais pequenas, octogonais, e dias maiores, quadradas na parte inferior e octogonais em cima, junto dos sinos. As torres são cobertas por duas cúpulas em forma de bolbo sobrepostas e separadas por uma lanterna. A entrada principal é constituída por um pórtico com três arcadas semicirculares com capitéis. Atrás das arcadas entre as duas torres principais, há um amplo vestíbulo semicircular; acima há um frontão em semicírculo onde se abre uma janela com a mesma foram, decorado com medalhões circulares em mosaico com representações de Cristo e dos quatro evangelistas.
A igreja tem 53,1 metros de comprimento e 25,4 m de largura no centro. A cúpula tem 15 m de diâmetro no interior, 24,7 m de altura no interior e 34,7 m no exterior. O cimo dos coruchéus das torres mais altas fica a 43 m de altura (45 m se forem incluídas as cruzes).
Desde a sua consagração, a catedral foi objeto de várias restaurações e melhoramentos. As paredes foram decoradas com pinturas neobizantinas de Iosif Keber e Anastasie Demian e foram adicionados objetos litúrgicos, vestimentas, livros e um sistema de som. Todos os dias são celebradas na catedral a Divina Liturgia e as Vésperas, bem como outros serviços religiosos quando solicitados.
Notas e referências
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Catedral de la Santa Trinidad (Sibiu)», especificamente desta versão.
- ↑ a b «Catedrala Ortodoxă: Prezentare» (em romeno). Patrimoniul istoric si arhitectural al Sibiului. Município de Sibiu. patrimoniu.sibiu.ro. Consultado em 3 de abril de 2018
- ↑ Gogâlea 2006, p. 18.
- ↑ «Repere cronologice» (em romeno). Patrimoniul istoric si arhitectural al Sibiului. Município de Sibiu. patrimoniu.sibiu.ro. Consultado em 3 de abril de 2018
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Avram, Alexandru; Crișan, Vasile (1983), Ghid de oraș. Sibiu (em romeno), Bucareste: Sport-Turism, p. 101
- Gogâlea, Dorin (2006), «Octavian Smigelschi» (PDF), Sibiu: Biblioteca Judeţeană ASTRA, Seria Personalia (em romeno) (1), arquivado do original (PDF) em 10 de setembro de 2014
- Grama, Ana (2006), «Preîngrijiri șaguniene pentru edificarea catedralei», Centrul Cultural Interetnic Transilvania, Consiliului Județean Sibiu, Revista Transilvania, nouă (em romeno), anul XXXV (CXI) (4/2006): 13-19
- Păcurariu, Mircea (2006), «Pictura lui Octavian Smigelschi din catedrala mitropolitană din Sibiu», Centrul Cultural Interetnic Transilvania, Consiliului Județean Sibiu, Revista Transilvania, nouă (em romeno), anul XXXV (CXI) (4/2006): 27-30
- Pușcariu, Ilarion; Cristea, Miron; Voileanu, Mateiu (1908), Biserica catedrală dela Mitropolia Ortodoxă Română din Sibiiu. Istoricul zidirii (1857-1903) (em romeno), Tipariul Tipografiei Arhidiecezane
- Rășinăreanu, Visarion (2006), «Tradiție și continuitate - vechea bisericuță „a grecilor" din Sibiu», Centrul Cultural Interetnic Transilvania, Consiliului Județean Sibiu, Revista Transilvania, nouă (em romeno), anul XXXV (CXI) (4/2006): 21-23
- Sofronie, Mihai (2006), «Clerul și masele românești», Centrul Cultural Interetnic Transilvania, Consiliului Județean Sibiu, Revista Transilvania, nouă (em romeno), anul XXXV (CXI) (4/2006): 42
- Soroștineanu, Valeria (2006), «Despre catedrala mitropolitană din Sibiu», Centrul Cultural Interetnic Transilvania, Consiliului Județean Sibiu, Revista Transilvania, nouă (em romeno), anul XXXV (CXI) (4/2006): 33-36
- Ștefan, Ciprian Anghel (2006), Centrul Cultural Interetnic Transilvania, Consiliului Județean SibiuRevista Transilvania, nouă (em romeno), anul XXXV (CXI) (4/2006): 5-10
- Tomulețiu, Ovidiu (2006), «Serbările sfințirii», Centrul Cultural Interetnic Transilvania, Consiliului Județean Sibiu, Revista Transilvania, nouă (em romeno), anul XXXV (CXI) (4/2006): 47-49