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Cerco de Turim (1640)

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 Nota: Para outros significados, veja Batalha de Turim.
Cerco de Turim de 1640
Guerra Franco-Espanhola

Plano das fortificações de Turim para a preparação de um outro cerco em 1706
Data 22 de Maio a 20 de Setembro de 1701
Local Turim, Piemonte, Itália
Desfecho Vitória das forças francesas
Beligerantes
Reino de França
Facção piemontesa da Princesa Cristina
Reino de Espanha
Facção piemontesa do Príncipe Tomás
Comandantes
Marechal Conde de Harcourt
General Visconde de Turenne
Príncipe de Carignan
Marquês Leganés
Forças
9500 Franceses (6000 de infantaria; 3500 de cavalaria)
3,500 Piemonteses
16000 Espanhois
Força piemontesa desconhecida

O Cerco de Turim de 1640 foi um confronto militar que resultou do entrecruzar dos vários interesses em jogo em dois conflitos distintos: a Guerra Franco-Espanhola (1635 - 1659) e a Guerra Civil Piemontesa, tendo ambos acabado por se tornar parte integrante da Guerra dos Trinta Anos. A situação começou ainda em 1639, quando os partidários de Tomás de Saboia, Príncipe de Carignan tomaram a cidade de Turim. Não foram contudo capazes de desalojar a Regente do Ducado de Saboia, Cristina Maria de França, viúva do Vítor Amadeu I de Saboia, da cidadela. Apesar da hostilidade da cidadela, as forças ocupantes conseguiram manter a cidade graças à construção de barricadas.

A 10 de Maio de 1640,] um exército francês chega para salvar a Princesa Cristina, liderado por Henrique de Lorena, conde de Harcourt e Henri de La Tour d'Auvergne, Visconde de Turenne. As forças francesas não conseguem desalojar os piemonteses do Príncipe de Carignan da cidade e estabelecem o cerco, construindo as habituais linhas de circunvalação. Após os preparativos do cerco, a actividade militar recomeça a 22 de Maio pelos atacantes franceses.

A 22 de Maio de 1640, um exército espanhol vindo do Ducado de Milão chega a Turim comandado por Diego Felípez de Guzmán, Marquês de Leganés, governador do Ducado de Milão. Apesar de pressionado pelo Príncipe Tomás de Saboia, o comandante espanhol não arriscou um assalto às linhas francesas e preferiu entrincheirar também o seu exército em torno do de Harcourt e Turenne. Embora o exército espanhol não fosse suficiente para cerca de facto as forças francesas, assistiu-se em Turim ao estabelecer de uma situação caricata e de difícil resolução: um cerco com quatro exércitos circunscrevendo-se uns aos outros.

A situação arrastou-se durante meses, mas chegou a um término com a capitulação do Príncipe de Carignan e do exército espanhol a 20 de Setembro de 1640. Fulcral para a vitória francesa foi o facto de Harcourt e Turenne conseguirem cerca efectivamente as forças de Tomás de Savoia, impedindo o reabastecimento da cidade; enquanto que Diego de Guzmán não possuía as forças necessárias para cercar completamente o exército francês. Henrique de Lorena ofereceu uma rendição honrosa ao Príncipe Tomás, facto que desagradou imensamente ao Cardeal de Richelieu e cujo enviado a Turim - Mazarino, que em breve lhe sucederia -, chegou demasiado tarde para impedir.