Chico Pé de Pato
Francisco Vital da Silva | |
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Pseudônimo(s) | Chico Pé de Pato |
Data de nascimento | 1942 |
Local de nascimento | Campo Alegre de Lourdes, Bahia |
Data de morte | 27 de janeiro de 1987 |
Local de morte | São Paulo |
Ocupação | justiceiro, comerciante |
Crime(s) | 50 pessoas (nunca confirmado) |
Pena | 6 anos |
Situação | Morto (assassinado com 91 golpes de estiletes na prisão) |
Francisco Vital da Silva, também conhecido como Chico Pé de Pato (Campo Alegre de Lourdes, 1942 — São Paulo, 27 de janeiro de 1987), foi um justiceiro Brasileiro.[1] Era conhecido por realizar investidas contra criminosos na Zona Leste de São Paulo, foi preso em 1985 após assassinar um policial a paisana.[1] Francisco posteriormente acabou sendo morto em uma penitenciaria, com 91 estiletadas.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Natural da cidade de Campo Alegre de Lourdes, no sertão da Bahia, Francisco assim como muitos nordestinos migrou para São Paulo em busca de melhores condições de vida, passou a morar no bairro Jardim Camargo Novo no Distrito do Itaim Paulista. O justiceiro da Zona Leste, como também era conhecido, trabalhou como pedreiro, até abrir um bar em meados dos anos 80.[3] Segundo relatos de noticias da época, o bar de Francisco era constantemente assaltado, e em 1984 enquanto fazia um boletim de ocorrência, cinco homens invadiram sua casa, roubando diversos itens e estuprando sua mulher e filha de 16 anos. [3]
Ele voltou com sua família para sua terra natal afim de se recuperar psicologicamente, sua esposa e filha continuaram na Bahia, mas Francisco voltou para São Paulo após dois meses, desta vez armado em busca de vingança, juntamente com seu filho, na época com 19 anos; Ambos passaram então a efetuar jornadas de caçada ao crime na cidade.
A primeira aparição de Chico Pé de Pato no noticias populares ocorreu em 14 de agosto de 1985 em " 2 irmãos liquidados pelo Justiceiro da Zona Leste".[1]
Em uma troca de tiros, Pé de pato assassinou um policial a paisana, que acreditou se tratar de um ataque de bandidos. A morte de Moacir Ferreira Mello colocou Pé de Pato na mira da polícia.
Repercussão e condenação
[editar | editar código-fonte]Francisco era também amigo pessoal de Afanásio Jazadji, o radialista de maior audiência do estado de São Paulo durante o início da década de 1980 com o programa Patrulha da Cidade, que denunciava casos policiais sem solução. Afanásio tinha contato direto com Chico, que por sua vez, dava as informações sobre seus assassinatos com exclusividade ao programa. O justiceiro, que fugiu com seu Opala, fez contato com Afanásio, que o convenceu a se entregar para a ROTA. No dia de sua prisão, anunciada no rádio, mais de 500 pessoas estavam reunidas para recebê-lo e apoiá-lo.
Chico foi condenado a 6 anos de prisão por inúmeros assassinatos, uma pena considerada baixa, mas relativamente precisa graças a pressão de cerca de 2 mil pessoas que compareceram ao tribunal. Demonizado na cadeia, foi assassinado na penitenciária por 91 golpes de estilete no dia 27 de janeiro de 1987.[4]
Referências
- ↑ a b c «SAIU NO NP: Após matar PM, Chico Pé de Pato passa de justiceiro a alvo da polícia». F5. 30 de dezembro de 2015. Consultado em 20 de setembro de 2020
- ↑ «Conheça a história do Justiceiro Chico Pé de Pato». Rocha Advogados. 29 de janeiro de 2018. Consultado em 20 de setembro de 2020
- ↑ a b Ferrari, Wallacy. «Aventuras na História · Chico Pé de Pato, o homem que matou o estuprador de sua esposa e filha». Aventuras na História. Consultado em 20 de setembro de 2020
- ↑ «Josmar Jozino - Chico Pé de Pato, maior "justiceiro" de SP, vira tema de curta-metragem». noticias.uol.com.br. Consultado em 23 de setembro de 2020