Chico Tabibuia
Chico Tabibuia | |
---|---|
Nome completo | Francisco Moraes da Silva |
Nascimento | 20 de outubro de 1936 (87 anos) Silva Jardim, RJ |
Morte | 15 de maio de 2007 (70 anos) Casimiro de Abreu (Rio de Janeiro) |
Nacionalidade | brasileiro |
Chico Tabibuia, pseudônimo de Francisco Moraes da Silva (Silva Jardim, 20 de outubro de 1936 — Casimiro de Abreu, 17 de maio de 2007), foi um artista plástico e escultor autodidata brasileiro.[1]
Bisneto de escravos[2], Chico no final da década de 1970 passa a esculpir com maior regularidade; sua arte tem como principal destaque obras arquética que mesclam teor erótico e religiões de matriz africana, notadamente a umbanda.[1] Entre os 13 e 17 anos de idade, em companhia de sua mãe, Chico frequentou um terreiro de Umbanda, e nele foi um “cambono” - função esta que que vem a auxiliar a entidade, trabalhando como um intérprete entre a entidade e o consulente.[2][3]
Passou a esculpir a partir de diferentes tipos de madeiras, entre elas oiticica, sangue-de-burro, mangue, cedro, vinhático, jaqueira e guanandi-carvalho.[4]
De modo geral, suas esculturas são realizadas em madeira interiça, sem emendas ou encaixes.[1] No aspecto religioso, tem destaque as imagens de exus.[1] Em suas esculturas tem importância padrões fálicos e seres femininos, masculinos e, em alguns casos, hermafroditas.[1][5] Tabibuia, para realizar suas obras, se inspira no conjunto de imagens, de pensamentos ou de fantasias que se apresentam à sua mente durante o sono.[1][5]
Além das esculturas, Chico também fez móveis rústicos para vende-los na região.[3] O seu pseudônimo "Tabibuia" teve origem na árvore tabebuia que é típica da Mata Atlântica, cuja madeira era usada por Chico na produção de tamancos, lápis e outras peças de uso cotidiano que ele fabricava para vender e conseguir obter alguma renda.[3][6][2][7]
O professor Paulo Pardal, diretor da Casa-Museu de Casimiro de Abreu, em Barra de São João, foi o grande mecenas que estimulou a obra artística de Chico Tabibuia, quando ele já pensava em desistir de esculpir suas obras. Pardal promoveu exposições e eternizou suas obras publicando-as em um livro de Artes, além de ter formado uma vasta coleção artística com parte das obras produzidas por Tabibuia.[1][2][3]name="ArtRio"/>[5]
As obras de Tabibuia foram exibidas nacionalmente em locais do porte do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro. Internacionalmente, suas obras também foram destaque, como o Grand Palais, em Paris,[1] além de mostras no Japão, Estados Unidos, Itália e Espanha.[6]
Referências
- ↑ a b c d e f g h Cultural, Instituto Itaú. «Chico Tabibuia». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 27 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c d «Chico Tabibuia». site Art Rio. Consultado em 27 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c d «Chico Tabibuia (Francisco Moraes da Silva)». Museu Afro-Brasil. Consultado em 27 de fevereiro de 2024
- ↑ «Chico Tabibuia». site Projeto Afro. Consultado em 27 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c Ancelmo Gois (29 de dezembro de 2019). «Leilão: 184 peças de arte popular da coleção Paulo Pardal, entre elas obras fálicas de Chico Tabibuia». jornal O Globo. Consultado em 27 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «Chico Tabibuia». Mapa de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro. Consultado em 27 de fevereiro de 2024
- ↑ PARDAL, Paulo (1989). A Escultura Magico-Erotica De Chico Tabibuia. [S.l.]: UERJ - ERCA. 143 páginas