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Chloroleucon tortum

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaChloroleucon tortum
Exemplar de Chloroleucon tortum fotografado em 18 de junho de 2019 no campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
Exemplar de Chloroleucon tortum fotografado em 18 de junho de 2019 no campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
Estado de conservação
Espécie em perigo crítico
Em perigo crítico
Classificação científica
Reino: Plantae
Filo: Tracheophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Género: Chloroleucon
Espécie: C. tortum
Nome binomial
Chloroleucon tortum
Martius Pittier
Sinónimos
Pithecellobium tortum
Cathormion tortum
Feuilleea tortum

Chloroleucon tortum, também conhecida como tataré, jacaré, piteco, jurema, angico-branco ou ainda vinhático-de-espinho, é uma espécie de legume da família Fabaceae. É nativa da Mata Atlântica carioca, no Brasil.

Características

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Flor de tataré no Parque do Ibirapuera, São Paulo

O piteco é uma árvore que pode atingir de 7 a 12 metros. Possui o tronco tortuoso, que dá nome à espécie, e pode atingir até 50 cm de diâmetro. A casca é lisa e esbranquiçada, descamante, normalmente expondo uma madeira branca e de aparência marmorizada, visualmente semelhante ao pau ferro.

As folhas são compostas bipinadas, de cor verde claro, possuem cerca de 3 pares de espinhos, e até 8 pares de folíolos oblongos, cada um com cerca de 15 mm de comprimento por até 5 mm de largura.

A copa baixa e arredondada, podendo atingir até 6 metros de largura. As flores são brancas com tons amarelados, globosas (em forma de escova), com muitos estames e de forte perfume. O fruto é um legume em formato helicoidal, popularmente conhecido como "orelha de macaco". A maturação ocorre entre o final do inverno e início da primavera. As sementes são amareladas, com cerca de 5mm, e embora numerosas, têm baixa capacidade de germinação.

Chloroleucon tortum, uma semana desde o semeio, coletada no Parque do Ibirapuera, em São Paulo

Nas zonas de restinga e matagais arenosos da Mata Atlântica, na região costeira do Rio de Janeiro[1][2].

Prefere solos arenosos, mas com presença de matéria orgânica. Cresce sob sol pleno, e embora tolere períodos de seca, prefere clima úmido, desenvolvendo-se melhor em áreas com grande precipitação.

Encontra-se na lista da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais na categoria "em perigo crítico".[2]

O piteco é uma árvore com aparência distinta, e é popular como árvore ornamental, tendo sido utilizada pelos paisagistas Burle Marx e Luiz Emygdio de Mello Filho na arborização do Aterro do Flamengo, por exemplo[3].

Sua madeira é dura e compacta, de aparência marmorizada, e de grande resistência se preservada das intempéries. É utilizada para objetos decorativos e artísticos, como objetos torneados e cabos de ferramentas.

O piteco também é uma árvore útil para a recomposição de áreas degradadas, pois suporta bem a insolação direta e não é particularmente exigente quanto às condições do solo[4].

Essa árvore é muito popular como bonsai, dada sua resistência e aparência distinta - a cor da madeira e a descamação da casca atribuem uma aparência envelhecida muito rápida ao tronco. Ela é muito adaptável e fácil de modelar, pois seu crescimento rápido e galhos estratificados na horizontal permitem o treinamento mesmo sem aramação, utilizando apenas a poda[5]. Internacionalmente é conhecida como "brazilian raintree"[6], em alusão à receptividade da planta às regas constantes e ao ambiente úmido [7].

Predefinição:Legume


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