Chlosyne lacinia
Borboleta-do-girassol Chlosyne lacinia | |||||||||||||||||||
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C. lacinia, subespécie saundersi, pousada.
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Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Chlosyne lacinia (Geyer, 1837)[1] | |||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||
Araschnia lacinia Geyer, 1837 Synchloe saundersi Doubleday, [1847] Synchloe quehtala Reakirt, 1866 Synchloe ardema Reakirt, [1867] Synchloë mediatrix C. & R. Felder, [1867] Synchloë paupera C. & R. Felder, [1867] Synchloe misera R. Felder, 1869 Synchloe pretona Boisduval, 1870 Synchloe crocale Edwards, 1874 Chlosyne adjutrix Scudder, 1875 Synchloë adelina Staudinger, 1876[1] |
Chlosyne lacinia (denominada popularmente, em inglês, Bordered Patch[1] e, em português, Borboleta-do-girassol)[2] é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Nymphalinae,[1] encontrada dos Estados Unidos (no Texas, Novo México, Arizona, Califórnia e Nevada; sendo migrante casual no Colorado, Nebraska, Kansas e raramente avistada no oeste do Missouri)[3] até o Peru, Bolívia e Argentina.[4] Foi classificada por Geyer, com a denominação de Araschnia lacinia, em 1837,[1] sendo o membro mais bem distribuído e abundante de seu gênero.[4] Suas lagartas se alimentam de plantas da família Asteraceae.[5]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Indivíduos desta espécie possuem as asas de contornos serrilhados e uma grande variação em sua coloração, de acordo com a sua subespécie, atingindo de 3.5 a pouco mais de 5 centímetros de envergadura[3] e apresentando tons de coloração em preto, amarelo, laranja,[4] marrom e branco, vistos por cima,[6] com pouca variação entre macho[7] e fêmea.[8] Vistos por baixo, apresentam padronagem similar.[6][9]
Hábitos e planta-alimento
[editar | editar código-fonte]Segundo Adrian Hoskins, esta espécie pode ser encontrada em ambientes antrópicos ao longo das margens das estradas e florestas, em pastos, clareiras e outros habitats abertos e ensolarados; em altitudes que vão do nível do mar até 1.400 metros. Machos são vistos sobre flores e em grupos, absorvendo a umidade mineralizada do solo. Os ovos são colocados em grandes grupos na parte inferior das folhas da planta hospedeira[3] e são amarelo-brilhantes.[4] Suas lagartas, ao eclodirem, são gregárias, tornando-se solitárias com o crescimento;[3] ocorrendo em vários tipos de coloração que vão do preto ao laranja, sendo cobertas com espinhos curtos[4][10] e se alimentando de plantas das espécies Helianthus annuus (Girassol, gênero Helianthus), Ambrosia trifida (gênero Ambrosia) e Verbesina encelioides (gênero Verbesina),[1] dentre outras.[5] A crisálida é de coloração amarelo-clara.[4]
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Grupo de borboletas da espécie C. lacinia, subespécie crocale, absorvendo umidade do solo (Arizona, EUA).
Subespécies
[editar | editar código-fonte]C. lacinia possui quatro subespécies:
- Chlosyne lacinia lacinia - Descrita por Geyer em 1837, de exemplar proveniente do México; também ocorrendo na Guatemala, Panamá e Costa Rica.[1][11][12][13]
- Chlosyne lacinia saundersi - Descrita por Doubleday em 1847, de exemplar proveniente da Venezuela; também ocorrendo na Colômbia, Equador, Bolívia,[1] Brasil (de Roraima ao Rio Grande do Sul, sendo inicialmente descrita em 1945 na região de Piracicaba, São Paulo)[14] e Argentina.[1][15][16]
- Chlosyne lacinia crocale - Descrita por Edwards em 1874, de exemplar proveniente dos Estados Unidos (Arizona); também ocorrendo no México.[1][17][18]
- Chlosyne lacinia adjutrix - Descrita por Scudder em 1875, de exemplar proveniente dos Estados Unidos (Texas; também ocorrendo no Novo México e Arizona).[1][7][8]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m Savela, Markku. «Chlosyne lacinia» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ Horikawa, Fernanda (11 de julho de 2016). «Chlosyne lacinia (Borboleta-do-girassol)». Biofaces. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ a b c d «Bordered Patch, Chlosyne lacinia (Geyer, 1837)» (em inglês). Butterflies and moths of North America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ a b c d e f Hoskins, Adrian. «Bordered Patch - Chlosyne lacinia (Geyer, 1837)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ a b «Chlosyne lacinia adjutrix (larval foodplants)» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ a b Lep Web. «Chlosyne lacinia» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 30 de março de 2017
- ↑ a b Brock, Jim P. (2009). «Chlosyne lacinia adjutrix, macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ a b Brock, Jim P. (2009). «Chlosyne lacinia adjutrix, fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ NSG group (29 de março de 2002). «NW14-2 Chlosyne lacinia» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ Lep Web. «Chlosyne lacinia (lagarta)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 30 de março de 2017
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike (2006). «Chlosyne lacinia lacinia (1)» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike (2006). «Chlosyne lacinia lacinia (2)» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike (2006). «Chlosyne lacinia lacinia (3)» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ Cunha, Fabiane; Gómez, Daniel R. Sosa; Silva, Jose J. da; Alexandre, Talita M.; Moscardi, Flávio (dezembro de 2010). «Genetic diversity of the sunflower caterpillar (Chlosyne lacinia saundersii Doubleday and Hewitson) (Lepidoptera: Nymphalidae) populations determined by molecular RAPD markers» (em inglês). Anais da Academia Brasileira de Ciências. vol.82 no.4 (SciELO). 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ Senckenberg Museum für Tierkunde, Dresden (2012). «Chlosyne lacinia saundersi (1)» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ Senckenberg Museum für Tierkunde, Dresden (2012). «Chlosyne lacinia saundersi (2)» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ Brock, Jim P. (2009). «Chlosyne lacinia crocale (1), macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ Brock, Jim P. (2009). «Chlosyne lacinia crocale (2), fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 29 de março de 2017