Egberto Gismonti
Egberto Gismonti | |
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Gismonti em 1988 | |
Informação geral | |
Nome completo | Egberto Gismonti Amim |
Nascimento | 5 de dezembro de 1947 (76 anos) |
País | Brasil |
Nacionalidade | Brasileiro |
Gênero(s) | Folk • Instrumental • Jazz |
Ocupação(ões) | Músico |
Progenitores | Mãe: Ruth Gismonti Amim Pai: Camilo Amim |
Filho(a)(s) | Alexandre Gismonti e Bianca Gismonti |
Instrumento(s) | Flauta • Clarinete • Violão e Piano |
Gravadora(s) | |
Afiliação(ões) | Naná Vasconcelos • Marlui Miranda • Charlie Haden • Jan Garbarek • André Geraissati • Jaques Morelenbaum • Hermeto Paschoal • Airto Moreira • Flora Purim • Pedro Aznar • Delia Fischer • Esperanza Spalding • Hamilton de Holanda e André Mehmari. |
Egberto Gismonti Amin (Carmo-RJ, 5 de dezembro de 1947) é um multi-instrumentista e compositor brasileiro.
Foi incluído na lista 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão (Categoria: "Mestres Acústicos") da revista Rolling Stone Brasil, em 2012.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Egberto Gismonti nasceu em uma família de músicos em Carmo, pequena cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, filho do libanês Camilo Amim e da ítalo-brasileira Ruth Gismonti. [2] Começou a estudar piano aos cinco anos. Durante a infância e adolescência, seus estudos no Conservatório Brasileiro de Música já incluíam flauta, clarinete, violão e piano. Interessou-se pela pesquisa da música popular e folclórica brasileira.
Em 1968, participou de um festival da TV Globo com a canção "O Sonho", defendida pelo grupo Os Três Moraes. Em 1969, partiu para a França, onde estudou música dodecafônica com Jean Barraqué e análise musical com Nadia Boulanger. No mesmo ano, lançou seu primeiro disco, Egberto Gismonti. Também na mesma época, atuava como arranjador e regente da orquestra que acompanhava Marie Laforêt.[3]
Nos anos 1970, Gismonti dedicou-se a pesquisas musicais, voltando-se quase exclusivamente para a música instrumental. Em 1970, no V Festival Internacional da Canção, concorreu com Mercador de Serpentes. A hesitação das gravadoras brasileiras diante do seu estilo inovador levou-o a procurar selos europeus, pelos quais lançou vários álbuns nas décadas seguintes.
O interesse pelo choro levou-o a se dedicar ao violão de oito cordas e à flauta; a curiosidade sobre as possibilidades da tecnologia e a influência da música contemporânea europeia levaram-no aos sintetizadores; a curiosidade em relação ao folclore e às raízes do Brasil levaram-no a estudar a música dos indígenas do Brasil e a morar, por um breve período, com os Iaualapitis do Alto Xingu.
Entre os músicos com os quais colaborou ou que colaboraram com ele, estão Naná Vasconcelos ("Dança das Cabeças", de 1976), Marlui Miranda, Charlie Haden, Jan Garbarek, André Geraissati, Jaques Morelenbaum, Hermeto Paschoal, Airto Moreira e Flora Purim.
Entre 1977 e 1993, gravou quinze discos para o selo alemão ECM, dos quais dez foram lançados no Brasil pela BMG em 1995. Por meio de seu selo, Carmo, recomprou seu repertório inicial e é um dos raros compositores brasileiros que são donos do próprio acervo.
Sua obra passou a ser gravada por outros instrumentistas como Pedro Aznar, Delia Fischer, Esperanza Spalding, Hamilton de Holanda e André Mehmari.
Casou-se com a atriz Rejane Medeiros, com quem teve dois filhos, Alexandre Gismonti e Bianca Gismonti, ambos músicos.[4]
Discografia
[editar | editar código-fonte]Álbuns de estúdio
[editar | editar código-fonte]- Egberto Gismonti (1969)
- Sonho'70 (1970)
- Janela de Ouro (1970)
- Computador (1970)
- Orfeu Novo (1971)
- Água & Vinho (1972)
- Egberto Gismonti - Arvore (1973)
- Academia de Danças (1974)
- Corações Futuristas (1976)
- ' Altura do Sol – Egberto Gismonti & Paulo Horn (1976)
- Dança das Cabeças (1977), com o percussionista Naná Vasconcelos
- Carmo (1977)
- Sol do Meio-Dia (1978), com Jan Garbarek, Collin Walcott e Ralph Towner
- Nó Caipira (1978)
- Solo (1979)
- E. Gismonti, N. Vasconcelos e W. Smetak (1979)
- Magico (1979), com Charlie Haden e Jan Garbarek
- Folk Songs (1979), com Charlie Haden e Jan Garbarek
- Antologia Poética de João Cabral de Melo Neto (1979)
- Antologia Poética de Ferreira Gullar (1979)
- Antologia Poética de Jorge Amado (1980)
- A Viagem do Vaporzinho Tereré, con Dulce Bressante (1980)
- O Pais das Aguas Luminosas (1980)
- O Dirigivel Tereré, com Francis Hime (1980)
- Sanfona (1980)
- Circense (1980)
- Em Família (1981)
- Fantasia (1982)
- Guitar From ECM (1982)
- Sonhos de Castro Alves (1982)
- Cidade Coração (1983)
- Egberto Gismonti & Hermeto Paschoal (1983)
- Works (1984)
- Egberto Gismonti (1984)
- Duas Vozes (1984), com Nana Vasconcelos
- Trem Caipira (1985), versões de Villa-Lobos
- Alma (1986)
- Feixe de Luz (1988)
- O Pagador de Promessas (1988) trilha sonora da minissérie (TV Globo)
- Dança dos Escravos (1989)
- Kuarup (1989), trilha sonora do filme
- Duo Gismonti / Vasconcelos (1989)
- Infância (1991) com Nando Carneiro, Zeca Assumpção e Jaques Morelenbaum
- Amazônia (1991), trilha sonora da novela (TV Manchete)
- El Viaje (1992), trilha sonora do filme
- Casa das Andorinhas (1992)
- Música de Sobrevivência (1993) com Nando Carneiro, Zeca Assumpção e Jaques Morelenbaum
- Zig Zag (1996)
- Meeting Point (1997)
- In Montreal (2001)
- Saudações (2009)
- Mágico - Carta de Amor (2012), com Charlie Haden e Jan Garbarek
Álbuns ao vivo
[editar | editar código-fonte]- Egberto Gismonti - Live (1986)
- Egberto Gismonti - ao vivo no Festival in Freiburg Proscenium (1993)
- Egberto Gismonti - ao vivo em São Paulo (1993)
Tributos de Outro(s) Artista(s) a Egberto Gismonti
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Redação (14 de fevereiro de 2012). «Os 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão». Rolling Stone Brasil. Consultado em 20 de junho de 2024
- ↑ Nacional, Arquivo. «Arquivo Nacional». sian.an.gov.br. FUNDO: Divisão de Censura de Diversões Públicas - BR_DFANBSB_NS, arquivo BR_DFANBSB_NS_AGR_COF_ISI_0064_d0001de0001.pdf. Consultado em 1 de novembro de 2017
- ↑ «Egberto Gismonti». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 23 de janeiro de 2024
- ↑ Souza, Alex de (3 de dezembro de 2018). «Rejane Medeiros é homenageada na abertura do Goiamum Audiovisual». Nominuto.com. Consultado em 23 de maio de 2018
Ligações externas
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- Nascidos em 1947
- Agraciados com a Ordem do Mérito Cultural
- Arranjadores do estado do Rio de Janeiro
- Brasileiros de ascendência italiana
- Brasileiros de ascendência libanesa
- Cantores do estado do Rio de Janeiro
- Compositores do estado do Rio de Janeiro
- Músicos do estado do Rio de Janeiro
- Naturais de Carmo (Rio de Janeiro)