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Classe Charlemagne

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Classe Charlemagne

O Gaulois, a última embarcação da classe
Visão geral  França
Operador(es) Marinha Nacional Francesa
Construtor(es) Arsenal de Brest
Arsenal de Lorient
Predecessora Bouvet
Sucessora Iéna
Período de construção 1894–1900
Em serviço 1899–1915
Construídos 3
Características gerais
Tipo Couraçado pré-dreadnought
Deslocamento 11 275 t (carregado)
Comprimento 117,7 m
Boca 20,3 m
Calado 8,4 m
Propulsão 3 hélices
3 motores de tripla-expansão
20 caldeiras
Velocidade 18 nós (33 km/h)
Autonomia 4 200 milhas náuticas a 10 nós
(7 780 km a 19 km/h)
Armamento 4 canhões de 305 mm
10 canhões de 138 mm
8 canhões de 100 mm
20 canhões de 47 mm
4 tubos de torpedo de 450 mm
Blindagem Cinturão: 110 a 400 mm
Convés: 55 a 90 mm
Torres de artilharia: 320 mm
Barbetas: 270 mm
Torre de comando: 326 mm
Tripulação 727

A Classe Charlemagne foi uma classe de couraçados operada pela Marinha Nacional Francesa, composta pelo Charlemagne, Saint Louis e Gaulois. Suas construções começaram entre os anos de 1894 e 1896 nos estaleiros do Arsenal de Brest e Arsenal de Lorient e foram lançados ao mar em 1895 e 1896, entrando em serviço na frota francesa em 1899 e 1900. A classe foi a primeira da França a ser equipada com torres de artilharia duplas para a bateria principal e também a primeira com navios que seguiram um mesmo projeto, pois experiências na década de 1890 com vários couraçados, cada um com um projeto diferente, tinha sido negativa aos olhos da Marinha Nacional.[1]

Os três couraçados da Classe Charlemagne eram armados com uma bateria principal composta por quatro canhões de 305 milímetros montados em duas torres de artilharia duplas.[2] Tinham um comprimento de fora a fora de 117 metros, boca de pouco mais de vinte metros, calado de oito metros e um deslocamento carregado de mais de onze mil toneladas.[3] Seus sistemas de propulsão eram compostos por vinte caldeiras a carvão que alimentavam três motores de tripla-expansão, que por sua vez giravam três hélices até uma velocidade máxima de dezoito nós (33 quilômetros por hora). Os navios também tinham um cinturão de blindagem que ficava entre 110 a 400 milímetros.[2]

Os navios tiveram carreiras em tempos de paz relativamente tranquilas que consistiram principalmente de exercícios de treinamento. Entretanto, esse período também foi marcado por algumas colisões com diferentes navios. Com o início da Primeira Guerra Mundial em 1914, as embarcações escoltaram comboios de tropas do Norte da África, enquanto no ano seguinte foram colocadas para atuar em suporte à Campanha de Galípoli. O Gaulois foi afundado em 1916 depois de ser torpedeado, com os dois couraçados restantes sendo tirados de serviço em 1917. O Charlemagne foi desmontado em 1923, já o Saint Louis foi usado como alojamento flutuante de 1920 até ser desmontado em 1933.[4]

Referências

  1. Jordan & Caresse 2017, pp. 41–44
  2. a b Caresse 2012, p. 117
  3. Gille 1999, p. 98
  4. Jordan & Caresse 2017, pp. 218–229, 252–253, 261–267, 279–280
  • Caresse, Philippe (2012). «The Battleship Gaulois». In: Jordan, John (ed.). Warship 2012. Londres: Conway. ISBN 978-1-84486-156-9 
  • Gille, Eric (1999). Cent ans de cuirassés français. Nantes: Marines édition. ISBN 2-909675-50-5 
  • Jordan, John; Caresse, Philippe (2017). French Battleships of World War One. Barnsley: Seaforth Publishing. ISBN 978-1-59114-639-1 

Ligações externas

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