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Classificação de Child-Pugh

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Na medicina (gastroenterologia), a classificação de Child-Pugh, também conhecida como classificação de Child-Turcotte-Pugh, é usada para avaliar o prognóstico da doença hepática crônica, principalmente da cirrose. Embora tenha sido usado originalmente para predizer a mortalidade durante a cirurgia, a escala é usada atualmente para determinar o prognóstico, assim como a necessidade de transplante hepático.

A pontuação emprega dois critérios clínicos e três critérios laboratoriais para a doença hepática. Cada critério é pontuado entre 1-3, com 3 indicando a condição mais severa.

Critério 1 ponto 2 pontos 3 pontos
Bilirrubina total (mg/dl) <2 2-3 >3
Albumina sérica (g/dl) >3,5 2,8-3,5 <2,8
TP (s) / INR 1-3 / <1,7 4-6 / 1,7-2,3 >6 / >2,3
Ascite Nenhuma Leve Moderada / Grave
Encefalopatia hepática Nenhuma Grau I-II (ou suprimida
com medicação)
Grau III-IV
(ou refratária)

Na colangite esclerosante primária e cirrose biliar primária, os valores de referência de bilirrubina são alterados para refletir o fato de que estas doenças apresentam níveis altos de bilirrubina conjugada. Nestas doenças, o limite superior para 1 ponto é de 4 mg/dl e o limite superior para 2 pontos é de 10 mg/dl.

Interpretação

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A doença hepática crônica é classificada em Child-Pugh classes A a C, empregando-se a pontuação somada acima.

Pontos Classe Sobrevida
em 1 ano
Sobrevida
em 2 anos
5-6 A 100% 85%
7-9 B 81% 57%
10-15 C 45% 35%

Outros sistemas de pontuação

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Embora a classificação de Child-Pugh tenha sido a primeira do tipo em estratificar a gravidade da doença hepática terminal, ela não é o único sistema de pontuação existente. A escala MELD (Modelo para Doença Hepática Terminal) é usada cada vez mais para avaliar pacientes para transplante hepático, embora ambos escores aparentem ser mais ou menos equivalentes.

O Dr. C.G. Child e o Dr J.G. Turcotte da Universidade de Michigan propuseram este sistema de pontuação em 1964.[1] Ele foi modificado por Pugh em 1972.[2] Pugh substituiu os critérios de Child de estado nutricional pelo tempo de protrombina ou INR, eliminando, assim, a parte mais subjetiva do escore.

  1. Child CG, Turcotte JG. Surgery and portal hypertension. In: The liver and portal hypertension. Edited by CG Child. Philadelphia: Saunders 1964:50-64.
  2. Pugh RN, Murray-Lyon IM, Dawson JL, Pietroni MC, Williams R (1973). «Transection of the oesophagus for bleeding oesophageal varices». The British journal of surgery. 60 (8): 646–9. PMID 4541913. doi:10.1002/bjs.1800600817 

Ligações externas

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