Nascido no Rio de Janeiro em 1952, Claudio Edinger começou a fotografar no começo dos anos 1970, enquanto estudava Economia na Universidade Mackenzie.
Em 1975 expos suas fotos pela primeira vez, no MASP. No ano seguinte mudou-se para Nova Iorque, onde morou 20 anos.
Durante este tempo nos EUA, Edinger desenvolveu vários projetos pessoais e também trabalhou como fotógrafo para as revistas Time, Newsweek, Life, Rolling Stone, Vanity Fair, e para a revista de domingo do New York Times. Em 1977 estudou com Philippe Halsman (1906–1979), o famoso fotógrafo letão naturalizado americano, autor de mais de cem capas da revista Life.
Depois de morar e fotografar por dois anos os judeus Hassidicos do Brooklyn, Edinger teve a primeira exposição em solo americano, no International Center of Photography em 1978. De 1979 a 1994 foi professor de fotografia na Parson’s/New School for Social Research e também no International Center of Photography (1992–1994).
Nesta época publicou três livros: Chelsea Hotel (Abbeville Press, 1983) e Venice Beach (Abbeville Press, 1985) (ambos receberam a Leica Medal of Excellence) e o livro The Making of Ironweed (Viking Press, 1988).
Em 1989 e 1990, Edinger fotografou os pacientes do Juqueri, o maior asilo para doentes mentais da America Latina com 3.500 pacientes. Com este trabalho recebeu o Premio Ernst Haas. Em 1996 volta ao Brasil e em sete anos publica sete novos livros.
No ano 2000 começa a fotografar com uma câmera de grande formato, iniciando sua pesquisa com o foco seletivo.
Claudio Edinger nasceu no Rio de Janeiro em maio de 1952.[2] Antes de completar dois anos de idade, sua família mudou-se para São Paulo. Ele afirma que sua alma estava em São Paulo e seu coração no Rio. Esta relação particular de amor pelos dois lugares aparece em suas fotografias destas cidades. Edinger é considerado um dos mestres contemporâneos do ensaio fotográfico.[3] Inspirado em Tolstoy, que diz “Sem saber quem sou, a vida é impossível”, Edinger desde o começo de sua carreira, usa a câmera como recurso de pesquisa. Publicou treze livros.[4]
Livro: São Paulo
Em 1975 o fotógrafo realizou sua primeira série, sobre o Edifício Martinelli em São Paulo. No começo do século o Martinelli havia sido o mais alto e exclusivo edifício de São Paulo. Quando Edinger começou sua pesquisa fotográfica no prédio, ele havia se transformado em uma favela vertical.
A fim de aprofundar o seu conhecimento do mundo e tentar entender melhor sua próprias raízes, Edinger deixa o Brasil em 1976 rumo a Nova Iorque.
Edinger escolheu fotografar e viver entre os judeus hassídicos do Brooklyn. Dessa convivência, resultou uma série de fotografias em preto e branco, tiradas ao longo de dois anos, que retratam as tradições e os costumes daquela comunidade. Depois de ter sido apresentado a Cornell Capa por Philippe Halsman em 1978, ele foi convidado para expor suas imagens da vida dos judeus do Brooklyn no ICP (International Center of Photography).
Livro: Chelsea Hotel
Após sua estada no Brooklyn, ele mudou-se para o histórico Chelsea Hotel e durante o final da década de 70 e começo dos anos 80, Edinger retratou muitas personalidades excêntricas do hotel, que tinha entre seus moradores muitos pintores e músicos, como Bob Dylan, Virgil Thompson, Jimmy Hendrix e Janis Joplin, Arthur C. Clark, que escreveu "2001 – Uma Odisséia no Espaço" no hotel, Clifford Irving, que escreveu a autobiografia falsa de Howard Hughes também por lá, Andy Warhol, que o usava para fazer filmes e Sid Vicious, que assassinou sua namorada Nancy no quarto 101.[5]
Essa série de fotografias resultou em seu primeiro livro, o “Chelsea Hotel”[6] publicado por Abbeville Press em 1983. O livro recebeu a "Leica Medal of Excellence" e é considerado um clássico da fotografia sobre os anos 70 e 80.
Livro: Carnaval
Do Chelsea, em 1984, Edinger mudou-se para Venice Beach, California. Durante o final da década de 60 e 70 Venice Beach era um dos centros da contracultura. O lugar foi também um campo fértil para o fotógrafo, que o retratou em “Venice Beach”[7] (também ganhador da "Leica Medal of Excellence").
Em 1986, mudou-se para a Índia, onde começou a usar cores para fotografar Varanasi, que desempenhou papel fundamental em sua busca espiritual, que começou no Brooklyn. Utilizando uma câmera Hasselblad, ele fotografou em médio formato o turbilhão de pessoas e lugares da Índia. Este projeto sobre o norte da Índia, ainda está em andamento.
De volta ao Brasil, Edinger teve de lidar com as conseqüências da Alzheimer que acometeu sua avó materna. Sua pesquisa sobre doenças mentais no Brasil o conduziu ao Juqueri, o maior asilo de doentes mentais da America Latina, com 3.500 pacientes na época, onde fez as fotos para o livro "Madness (Loucura)"[8] foi o prêmio Ernst Hass do Maine Photographic Workshop. O asilo foi fechado pouco tempo depois de seu livro ter sido publicado mostrando as péssimas condições do local. Após sete anos mostrando esse trabalho a vários editores, ele foi finalmente aceito e publicado pela DBA (Brazil) e Dewi Lewis[9] (Reino Unido).
Enquanto tentava publicar seu livro sobre a loucura, Edinger começou um projeto que o ocupou por cinco anos: fotografar o carnaval. De 1991 a 1995, ele fotografou o evento em cinco regiões diferentes do país: Rio, Salvador, Recife/Olinda, São Paulo e Paraty. Este livro[10] foi publicado em 1996. O projeto recebeu a Bolsa Vitae e estabeleceu Edinger como um fotógrafo brasileiro essencial, agora com uma reputação internacional. Ele estava finalmente de volta ao seu lar após vinte anos em Nova York.
A partir daí, começaram a surgir outros livros. Old Havana,[11] um retrato em tons quentes da decadência da capital cubana, com sua arquitetura colonial delapidada, mantida a duras penas por sua bem-humorada população. Esse livro foi publicado simultaneamente em inglês, português e alemão.
Em 2000, Edinger publicou “Cityscapes”[12] pela DBA (Brasil). É um trabalho autobiográfico de reflexão e descobrimento sobre seu tempo em Nova York como fotógrafo vivendo em uma cidade estrangeira.
Seu retorno ao Brasil o levou em 2000, a fotografar em branco e preto, com o foco seletivo, a cidade do Rio de Janeiro,[13][14] onde ele nasceu. Só que agora usando uma câmera Sinar 4x5, de grande formato. Tentou mostrar a ambiguidade dos espaços e da vida nas grandes cidades, que ele primeiro encontrou em Nova York. Esta é uma série de fotos muito pessoais mostrando a ligação do autor ao seu tema de uma forma íntima e poética. Trabalhando com foco seletivo e uma câmera de grande formato, o trabalho de Edinger tem evoluído para uma arte com pendores surrealistas ao ponto de Ernie NItzberg, o critico de arte da revista ARTillery de Los Angeles, ter dito que com seu trabalho Edinger inventou o neoexpressionismo na fotografia.
Os livros que vieram a seguir, com a utilização de sua câmera de grande formato e uso experimental da cor,[15] em seu mais recente trabalho sobre São Paulo, foram um grande avanço no trabalho do fotógrafo. Resultaram em uma maior receptividade de suas fotografia em galerias de arte, museus e coleções particulares.[3]
Ao longo de seu período nos Estados Unidos, Claudio Edinger publicou 3 livros: Chelsea Hotel, em 1983, e Venice Beach, em 1985, editados pela Abbeville Press, ambos vencedores do prêmio Leica Medal of Excellence, e o “The Making of Ironweed” sobre o filme dirigido por Hector Babenco, com Meryl Streep e Jack Nicholson.
Durante cinco anos – 1991 a 1996 – Claudio documentou o carnaval em 5 regiões do país: Rio de Janeiro, Recife/Olinda, São Paulo, Salvador e Paraty. De volta ao Brasil em 1996, Claudio publicou, editado por Dewi Lewis, DBA e DAP publishers, o livro Carnaval e venceu em 1999 o Prêmio Higashikawa no Japão.
Loucura, resultado de dois anos (1989 e 1990) de captação de imagens dentro do Hospital Psiquiátrico do Juqueri - onde chegou a viver durante duas semanas - deu origem ao livro Madness/Loucura, publicado em 1997 por DBA, DAP e Dewi Lewis. Edinger recebeu o Prêmio Ernst Haas, em 1990 por este trabalho.
Entre 1994 e 1996, Claudio fotografou a parte antiga da cidade de Havana (Habana Vieja), que resultou no livro Old Havana, de 1997, editado por Dewi Lewis, Edition Stemmle, DBA and DAP publishers. No mesmo ano de sua publicação, o livro foi eleito pela American Photo como um dos melhores livros do ano.
Edinger publicou ainda, em 2000, o livro Cityscapes, com imagens de Nova York e, em 2001, Portraits, ambos editados pela DBA. Em 2003, editado pela ABooks, lançou o livro Vitória, cidade das ilhas.
Em 2003, Claudio publicou o álbum Rio, seu primeiro trabalho com a câmera 4x5, de grande formato, a mesma utilizada no seu mais novo livro, São Paulo: minha estranha cidade linda. Todo em preto e branco, o livro sobre o Rio de Janeiro, também editado pela DBA, foi eleito um dos melhores livros do ano pela Photo District News.
São Paulo: minha estranha cidade linda, seu mais recente livro, que foi lançado em meados de março de 2009, já recebeu o Prêmio Porto Seguro.[16]
Bibia e Neno Cunha Lima • Brazil Golden Art Fund • Bruno Musatti • Carlos e Maria Emilia Carvalhosa
Carla Ferraro • Carmen de Barros • Centro Cultural Banco do Brasil • Cliff Lee • Charlô Whately • Christina Cunali
Claudia Belinello • Claudia Jaguaribe • Credit Suisse • Dado Castello Branco • Daniel Feffer • David Feffer • Claudia e João Nercessian • Denise Aguiar Alvarez
Dudu e Mara Linhares • Eder Chiodetto • Edu e Helô Muylaert • Dr. Eduardo Villaça • Elias Landsberger
Elisa Pacheco Fernandes • Equity International Photo Collection • Esther Giobbi • Fanny Feffer • Felipe Feitosa
Flavia Soares • Flavio e Bia Bitelman • Fernando Ullmann • Greg e Claudia Sanchotene • Higashikawa Photofest (Japão)
Gustavo Lacerda • Helô Monteiro da Silva • Helena e Toninho de Castro Sannini • Illia e Ana Maria Warchavchic
International Center of Photography | New York • Itaú Cultura | São Paulo • Jay Colton • João e Fatima Farkas
João Marcos Mendes de Souza • Joelma Radziuk • Joaquim Paiva • João Paulo e Adriana Cunha Lima
João Paulo Diniz • Jorge e Janja Gonçalves • Jorginho da Cunha Lima • José Augusto de Santana • José Roberto Marinho
José Olavo Scarabotolo • Juan Esteves • Jussara Magnami • Leonel Kaz • Ligia Danesi • Ligia Maura Costa
Lisa Sander • Lourdinha Siqueira • Lucia Hauptmann * Luis Fernando e Maribel T. Neves • Luzia de Magalhães Padilha
Maison Europeene de La Photographie (Paris) • MAC - Museu de Arte Contemporânea | São Paulo • Malan Ferreira • MAM - Museu de Arte Moderna | São Paulo • Marcelo e Carol Filardi