Comitê de Vigilância de Whitechapel
O Comitê de Vigilância de Whitechapel foi um grupo de voluntários locais que patrulharam as ruas do distrito londrino de Whitechapel durante o período dos assassinatos de Whitechapel em 1888. Os voluntários agiam principalmente de noite ajudando a polícia em busca pelo assassino desconhecido chamado "Assassino de Whitechapel", "Avental de Couro" e mais tarde "Jack, o Estripador". O comitê foi formado por homens de negócios locais que estavam preocupados que as mortes estavam afetando os negócios na região.[1] O comitê era liderado pelo construtor e designer chamado George Lusk, o qual foi eleito presidente conselheiro durante o primeiro encontro do grupo em 10 de setembro de 1888.[2]
Outros membros do comitê incluíam o publicano Joseph Aarons (tesouro) e Mr. B. Harris (secretário).[3] O The Daily Telegraph reportou em 5 de outubro de 1888 que os principais membros do comitê eram "principalmente da classe comercial, e incluíam um construtor, um fabricante de cigarros, um alfaiate, um pintor de porta-retratos e um ator".[4] O último pode ter sido um artista chamado Charles Reeves.[5]
Como presidente do comitê, o nome de Lusk apareceu em jornais nacionais e posters em Whitechapel apelando por informações a respeito da identidade de Jack, o Estripador e reclamando da falta de recompensas do governo por tais informações. Por sua exposição, Lusk recebeu cartas ameaçadoras, alegadamente do assassino. Lusk também é mencionado em uma carta de 17 de setembro de 1888, descoberta no final do século XX; entretanto, a maioria dos especialistas rejeitam ela como uma farsa moderna.[6]
Em 30 de setembro de 1888 os membros do comitê escreveram para o governo sob a jurisdição do Lord Salisbury em uma tentativa de os convencer a ofereceram uma recompensa que levasse a apreensão do assassino. Quando o Secretário de Assuntos Internos Henry Matthews recusou, o comitê ofereceu sua própria recompensa.[2] O comitê também contratou dois detetives privados, Mr. Le Grand e Mr. J. H. Batchelor, para investigar os assassinatos sem o envolvimento da polícia local.
O comitê estava infeliz com o nível de proteção que a comunidade estava recebendo da polícia londrina, então introduziu seu próprio sistema de patrulheiros locais, usando desempregados escolhidos a dedo para patrulhar as ruas de East End a partir do final da tarde até quatro ou cinco da manhã do dia seguinte. Cada um desses homens recebia um pequeno salário do comitê, e patrulhavam uma pequena ronda, carregando um apito da polícia, um par de galochas e porretes. O próprio comitê se encontrava cada noite às nove, e terminavam à meia noite e meia, onde se juntavam com os patrulheiros para inspecionar as ruas. Em breve esses patrulheiros acabariam se juntando ao Comitê de Vigilância dos Trabalhadores.[7]
A carta "From Hell, a qual foi mandada anexada a um rim humano, foi enviada ao presidente do comitê George Lusk, que a recebeu em 16 de outubro de 1888.[8] Muitos acadêmicos[9] do caso Jack, o Estripador consideram essa carta como a mais possível de estar ligada ao assassino.[10]
Referências
- ↑ Jack the Ripper - Through the Mists of Time ISBN 978-1-782-28168-9 p. 22
- ↑ a b «Jack the Ripper Timeline». Casebook: Jack the Ripper
- ↑ Eddleston, John J. 'Jack the Ripper: An Encyclopedia' Published by ABC-CLIO (2001) pg 139 ISBN 1-57607-414-5
- ↑ The Daily Telegraph 5 de outubro de 1888
- ↑ «Charles Reeves». Casebook: Jack the Ripper
- ↑ «Ripper Letters». Casebook: Jack the Ripper
- ↑ Sugden Philip 'The Complete History of Jack the Ripper' Robinson, Londres (1995)
- ↑ «The East London Horrors. An Extraordinary Parcel». Casebook: Jack the Ripper
- ↑ Sugden Philip, Ibid citação 5, p. 273
- ↑ «From Hell: Fact or Fiction?». Casebook: Jack the Ripper
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Artigo de um Jorna da épocal noticiando sobre o Comitê.