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Companhia União Fabril

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 Nota: Se procura equipa de futebol anteriormente designada CUF, veja Grupo Desportivo Fabril do Barreiro.
Companhia União Fabril
Empresa privada
Fundação 1865; 1898 (incorporação da CAF e revisão estatutária)
Fundador(es) José Dias Leite Sampaio (Visconde da Junqueira), Anselmo Pinto Basto e William Gruis (1865); Alfredo da Silva (1898)
Encerramento 1975
Sucessora(s) Nutrinveste, Sovena e Grupo José de Mello

A Companhia União Fabril (CUF) foi uma importante empresa portuguesa do sector químico, fundada pelo empresário Alfredo da Silva.

Em meados da década de 1960, a CUF era o maior grupo industrial da Península Ibérica e o 5º maior conglomerado químico da Europa. Em 1975, a CUF é nacionalizada e em 1977 passa a designar-se por Quimigal, sendo, no final da década de 1980, sujeita progressivamente a um processo de desindustrialização.[1]

Em 1916 o complexo industrial do Barreiro da CUF tinha cerca de 2000 trabalhadores, em 1940 cerca de 6000 trabalhadores, em 1965 cerca de 12000 trabalhadores e no final dos anos de 1960 cerca de 20000 trabalhadores.[1]

Padrão do Centenário da CUF

A origem do Grupo CUF remonta a 1865, data em que lhe foi concedido o Alvará de Licenciamento para a produção de sabões, produção de estearina (velas de estearina) e óleos vegetais. A CUF realiza elevados investimentos na indústria dos adubos.

As fábricas do Barreiro iniciaram a sua produção em 1908, com uma unidade de extracção de azoto.

A 5 de Outubro de 1932 a Associação dos Bombeiros Voluntários da Companhia União Fabril foi feita Oficial da Ordem de Benemerência.[2]

Na década de 30, a CUF tem fábricas em Lisboa, Barreiro, Alferrarede, Soure, Canas de Senhorim e Mirandela e emprega, então, 16.000 pessoas.

Detinha ainda um clube desportivo, o Grupo Desportivo da CUF, fundado em 1937, que competia nas principais divisões nacionais, incluindo o mais alto patamar do futebol português, e levava o nome da empresa a todo o país.

Algumas datas importantes na longa história desta empresa no decorrer dos anos da década de 1940 a 1960 incluem:

A Companhia União Fabril tornou-se então num gigantesco conglomerado empresarial, com forte presença na indústria ligeira e na indústria pesada, banca e seguros, bem como noutros serviços, de tal modo diversificado que era comparável aos tradicionais zaibatsu e chaebol Japoneses e Coreanos.

A CUF em 1974

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No início de 1974, antes da Revolução dos Cravos a 25 de Abril desse ano e sua posterior nacionalização, a CUF era um conglomerado que detinha as seguintes empresas[3][4][5][6]:

Banca e Investimentos Financeiros

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  • Banco Totta & Açores (1970)
  • Banco Totta – Standart de Angola (1966)
  • Banco Standart Totta de Moçambique (1966)
  • SOGESTIL – Sociedade de Gestão de Títulos
  • SOGEFI – Sociedade de Gestão e Financiamento (1964)
  • Sociedade Geral
  • International Factors Portugal (1965)
  • COBRIMPE – Cobranças, Organização e Assistência a Empresas (1972)

Indústria de Construção

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  • EMACO – Empresa de Gestão e Construções (1964)
  • REALIMO – Estudos e Realizações Imobiliárias (1969)
  • FUNDUS – Administração e Participações Financeiras
  • SAEMA – Empreendimentos Financeiros e Comerciais (1964)
  • IMOBUR

Seguros e Resseguros

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  • Companhias de Seguros Império – Sagres – Universal

Engenharia, Organização e Consulta

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  • ENI – Electricidade Naval e Industrial (1969)
  • FRINIL – Frio Naval e Industrial (1971)
  • Empresa Geral de Fomento, planeamento e coordenação de empresas (1947)
  • NORMA – Sociedade de Estudos para o Desenvolvimento de Empresas (1963)
  • PENTA – Publicidade (1970)
  • PROFABRIL – Centro de Projectos (ex. centro de projectos C.U.F.)

Sector Químico

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  • Interacid, Inc. (1971)
  • Companhia Portuguesa do Cobre (1943)
  • U.F.A. – União Fabril do Azoto (1948)
  • Lusofane (1962)
  • PREVINIL – Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos (1969)
  • Microfabril – Sociedade Industrial de Bioquímica (1961)
  • VECOM – Sociedade de Limpezas Químicas e Protecções Especiais (1969)

Sector Têxtil

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  • PROTEXTIL – promoção da indústria têxtil (1963)
  • SITENOR – Sociedade de Indústrias Têxteis do Norte (1962)
  • IPETEX – Sociedade de Indústrias Pesadas Têxteis (1965)
  • CICOMO – Companhia Industrial de Cordoarias de Moçambique (1966)
  • Companhia Têxtil do Punguè (1959)
  • SIGA – Sociedade Industrial de Grossarias de Angola (1951)
  • FISIPE – Fibras Sintéticas de Portugal (1973)

Sector de Higiene e Alimentação

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  • COMPAL – Companhia de Conservas Alimentares (adquirida em 1963)
  • UNICLAR – Internacional de Cosmética (1971)
  • UNISOL – Sociedade de Distribuição e Exportação (1967)
  • SONADEL – Sociedade Nacional de Detergentes (1956)
  • FLORAL – Sociedade de Perfumaria e Produtos Químicos (1937)
  • INDUVE – Industrias Angolanas de Óleos Vegetais (1957)
  • PROALIMENTAR – Companhia de Produtos Alimentares do Centro (1968)
  • SICEL – Sociedade Industrial de Cereais (1963)
  • SOVENA – Sociedade Vendedora de Glicerinas (1956)
  • SOVENCOR – Sociedade Distribuidora de Óleos e Sabões nos Açores (1964)
  • SAPOMAR – Sociedade Madeirense de Sabões (1966)
  • SUPA – Companhia Portuguesa de Supermercados: Pão de Açúcar (1969)
  • GERTAL – Companhia Geral de Restaurantes e Alimentação (1973)
  • Restaurantes: Alvalade, Varanda do Chanceler, e Alfredo´s (Alvor)

Sector Metalo-Mecânico

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  • MOMPOR – Companhia Portuguesa de Montagens Industriais (1972)
  • EQUIMETAL – Empresa Fabril de Equipamentos Metálicos (1973)
  • FERUNI – Sociedade de Fundição (1969)

Sector Eléctrico

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  • JOMAR – cabos eléctricos e telefónicos (adquirida em 1972)
  • EFACEC – Empresa Fabril de Máquinas Eléctricas (1948)

Industrias Petroquímicas

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  • PETROSUL – Sociedade Portuguesa de Refinação de Petróleos (em associação com a SONAP) 1972
  • Companhia Nacional de Petroquímica (1972)
  • Sociedade Portuguesa de Petroquímica (em associação com a SACOR) 1957
  • Sociedade Mineira de Santiago (1966)
  • ECA – Empresa do Cobre de Angola (1944)
  • Pirites Alentejanas (1973)

Indústria do Papel

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  • Celuloses do Guadiana (1956)
  • CELBI – Celulose Beira Industrial (em associação com a Billerud) 1967

Estaleiros Navais

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  • Lisnave– Estaleiros Navais de Lisboa (1961)
  • NAVALIS– Sociedade de Construção e Reparação Naval (1957)
  • REPROPEL – Sociedade de Reparação de Hélices Lda. (1971)
  • GASLIMPO – Sociedade de Gasgasificação de Navios (1967)
  • SETENAVE – Estaleiros Navais de Setúbal (1971)
  • Estaleiros Navais de Viana do Castelo (1945)
  • PROMARINHA – Gabinete de Estudos e Projectos (1969)
  • H. Parry & Son
  • Companhia Nacional de Navegação (1956)
  • Companhia Moçambicana de Navegação (1971)
  • Empresa Africana de Cargas e Descargas (1970)
  • NAVANG – Companhia de Navegação Angola (1970)
  • NAVETUR – Agências de Turismo e Transportes de Angola (1971)
  • NAVETUR – Agências de Turismo e Transportes de Moçambique (1969)
  • NAVEMAR – Agência de Navegação Marítima e Aérea (1970)
  • NORTEMAR - Agência Marítima do Norte Lda. (1971)
  • SAMAR – Sociedade de Agências Marítimas (1970)
  • SOCARMAR – Sociedade de Cargas e Descargas Marítimas (1969)
  • SONATRA – Sociedade Nacional de Tráfego (1953)
  • SOPONATA – Sociedade Portuguesa de Navios-Tanques (1947)
  • Suprema Compañía Naviera S.A. (Panamá)
  • TRANSFRIO – Sociedade Marítima de Transportes Frigoríficos (1964)
  • TRANSNAVI – Sociedade Portuguesa de Navios Cisternas (1967)
  • TRANSMINEIRA (1970)

Hotelaria e Turismo

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  • HOTAL – Sociedade de Indústria Hoteleira do Sul de Portugal (1962)
  • SALVOR – Sociedade de Investimento Hoteleiro (1963)

Aluguer de Veículos

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  • EUROCAR – Companhia Nacional de Aluguer de Automóveis (1965)
  • SARMENTAUTO - Automóveis de Turismo, Lda. (adquirida em 1973)

Empresas Diversas

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  • Companhia Animatógrafica dos Restauradores, (Cinema Éden) 1941
  • ISU – Estabelecimentos de Saúde e Assistência (1971)
  • INTERCUF - Brasil (1973)
  • UNIFA – União Fabril Farmacêutica (1951)
  • TINCO – Sociedade Fabril de Tintas de Construção (em associação com a ICI) 1958
  • Editora Arcádia, publicação de livro (1957)
  • Blanchard Portuguesa (1974)
  • DCI - Desenvolvimento e Comércio Internacional (1974)
  • Companhia da Ilha do Príncipe
  • Empresa António Silva Gouvêa
  • SOCAJÚ
  • COMFABRIL – Companhia Fabril e Comercial do Ultramar
  • CPIN – Companhia Portuguesa de Industrias Nucleares (parceria com várias empresas)

Depois do 25 de Abril de 1974

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Unidade fabril

Após a sua nacionalização por ordem dos governos que se seguiram à revolução do 25 de Abril de 1974, a CUF ficou desmembrada e enfraquecida. Muitos profissionais especializados, equipas de gestão e outros quadros superiores viram-se obrigados a abandonar o país, incluindo elementos da família fundadora da empresa.

Após um longo processo, elementos da família Mello conseguiram reerguer o grupo, que apesar de ter um peso considerável na economia portuguesa actual, está longe da grandiosidade do passado. Surgiu o Grupo José de Mello, e a CUF passou a ser a marca de saúde do grupo, desenvolvendo a sua atividade através de 20 hospitais e clínicas da rede CUF.[7]

Empresas relacionadas

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Referências

  1. a b "Visita Guiada - Antiga Companhia União Fabril, Barreiro", episódio 7, 26 de abril de 2021, temporada 11, programa de Paula Moura Pinheiro, na RTP
  2. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Associação dos Bombeiros Voluntários da Companhia União Fabril". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 11 de dezembro de 2019 
  3. "The CUF Group", CUF - Publicity Dep. July 1969
  4. "O Grupo CUF", Departamento de Publicidade CUF, 1974
  5. Maria Belmira Martins, "Sociedades e Grupos em Portugal", Editorial Estampa, 1973
  6. Miguel Figueira de Faria "Manuel de Mello", Edições Inapa, 2007
  7. Portal oficial da CUF

Ligações externas

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Companhia União Fabril