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Comunazi

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Joseph Stalin apertando a mão de Joachim von Ribbentrop após a assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop (também conhecido como "Pacto Comunazi") em 23 de agosto de 1939

Comunazi, Comunismo-Nazista, ou Comunazismo são variações de neologismos políticos norte-americano juntando as palavras "comunismo" e "nazismo", em seu uso atual é usado para descrever que as duas ideologias seriam, em sua essência, semelhantes, devido a princípios de totalitarismo presente nelas, independentemente que seus ideais sejam moldados em pensamentos radicais de esquerda e direita[1], se assemelhando ao conceito da teoria da ferradura.

O termo teria surgido no contexto da Segunda Guerra Mundial, sendo "cunhado por um repórter"[1] e posteriormente se popularizado pela revista Time, sua primeira utilização por parte da revista sendo em 11 de setembro de 1939[2] para referenciar o Pacto Molotov-Ribbentrop, conhecido por oficializar um pacto de neutralidade entre a Alemanha nazista e a então União das Repúblicas Soviética, assinada em Moscovo no dia 23 de agosto de 1939 pelos ministros dos Negócios Estrangeiros Joachim von Ribbentrop e Vyacheslav Molotov[3]

Mesmo cunhado originalmente sobre o contexto da segunda guerra mundial, o termo ainda continua recebendo menções nos dias atuais, principalmente no cenário político americano.[4][5]

A Time se referiu diversas vezes esse pacto de neutralidade como o "Pacto Communazi" e normalmente chamavam seus participantes de negociação de "comunazis", até meados de 1941, quando o pacto de não-agressão foi descumprido pela Alemanha.[6][7][8][9]

Entre os editores da Time que usaram o termo estava o espião Whittaker Chambers, em seu ensaio de 1941 "A Revolta dos Intelectuais".[10][11][12]

Seja devido a citação original pelo reporter, ou por sua popularização pela Time, o termo começou a ganhar relevância no mainstream e ser amplamente difundido em alguns setores da sociedade.

Aparecendo em trabalhos impressos em outras publicações, primeiramente em publicações de cunho trabalhista (mas não necessariamente ligadas à União Soviética) e logo em seguida em trabalhos de larga circulação, publicações de escritores conservadores e/ou de direita (por exemplo, Joseph P. Kamp da Liga Educacional Constitucional) e chegando em outros países de língua inglesa, como Canadá e Reino Unido, fora menções em alemão:

Principais menções

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  • "Allen Tells Dies Hitler Was 'Sound'" (25 de agosto de 1939)[13]
  • "Dois estados, duas reuniões e muito sentimento antigovernamental; no comício de Michigan, raiva inflexível no projeto de lei Brady" (15 de maio de 1995)[14]
  • "Lutando contra os nazistas com celulóide" (12 de outubro de 2014)[15]
  • O Trabalhador de Vestuário (1939)[16]
  • Mundo Trabalhista Americano (1939)[17]
  • Fronteiras da Democracia (1939)[18]
  • Diário de encanadores e instaladores de vapor (1939)[19]
  • América Dinâmica (1940)[20]
  • Revisão de sábado (1940)[21]
  • Correspondência Política da Liga dos Trabalhadores para um Partido Revolucionário (1940)[22]
  • Revisão Mexicana (1940)[23]
  • Duas vezes por ano por Dorothy Norman (1941)[24]
  • Trabalho Mensal (1942)[25]
  • Repórter Yankee por S. Burton Heath (1940)[26]
  • A Quinta Coluna vs. o Comitê Dies por Joseph P. Kamp (1941)[27]
  • Causa Comum por Giuseppe Antonio Borgese (1940)[28]
  • Eventos e sombras por Robert Gilbert Vansittart Baron Vansittart (1947)[29]
  • Devemos perecer? por Hershel D. Meyer (1949)[30]
  • Relatório dos Procedimentos da Convenção Anual da Federação Americana do Trabalho (1970)[31]
  • Radical Trabalhista por Len De Caux (1970)[32]
  • Um Estudo em Liberdade por Horace Mayer Kallen (1973)[33]
  • Nações Unidas: Perfídia e Perversão por Hillel Seidman (1982)[34]
  • Leão Feuchtwanger por Volker Skierka (1984)[35]
  • Caro editor: cartas à revista Time, 1923–1984 (1985)[36]
  • O exílio mexicano por Fritz Pohle (1986)[37]
  • América e o Holocausto: Barrando os portões para a América por David S. Wyman (1990)[38]
  • Literatura para Leser (1992)[39]
  • Argonautenschiff: Jahrbuch der Anna-Seghers-Gesellschaft (1992)[40]
  • De que lado você estava? por Maurice Isserman (1993)[1]
  • Festa de Hollywood por Lloyd Billingsley (1998)[41]
  • Uma vida secreta: Jay Lovestone por Ted Morgan (escritor) (1999)[42]
  • Communazis por Alexander Stephan (2000)[5]
  • Anticomunismo britânico e americano antes da Guerra Fria por FI: Markku Ruotsila (2001)[43]
  • A Enciclopédia do FBI por Michael Newton (2003)[44]
  • Adolf Kozlik por Gottfried Fritzi (2004)[45]
  • Überwacht, Ausgebürgert, Exiliert por Alexander Stephan (2007)[46]
  • Adorno na América por David Jenemann (2007)[47][48]
  • Comunismo de Engenharia por Steve Usdin (2008)[49]
  • Vergonha e Glória dos Intelectuais por Peter Viereck (2007)[50]
  • Anti-semitismo e a extrema esquerda americana por Stephen Harlan Norwood (2013)[51]
  • Abra uma nova janela por Ethan Mordden (2015)[52]

O termo "Comunazi" também é o tema principal do livro, "Communazis: FBI Surveillance of German Émigré Writers", publicado em 2000 por Alexander Stephan.[5]

Menções formais

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A partir de 1940, o termo "comunazi" começou a ser mencionado em registros oficiais de alguns países, principalmente aqueles que a língua primaria era o inglês, sendo eles do governo dos EUA,[53][54][55][56][57][58] na Câmara dos Comuns do Canadá,[59][60] e até na Câmara dos Lordes no Reino Unido.[61][62]

Referências

  1. a b c Isserman, Maurice (1993). Which Side Were You On?: The American Communist Party During the Second World War. [S.l.]: University of Illinois Press. pp. 44, 76, 79, 115. ISBN 9780252063367. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  2. «Russia: Arms & Art». Time. 11 de setembro de 1939. Consultado em 27 de julho de 2021 
  3. Zabecki, David (2014). Germany at War: 400 Years of Military History. Santa Barbara, California: ABC-CLIO, LLC. ISBN 978-1-59884-981-3 
  4. Kantorowicz, Alfred (1983). Politik und Literatur im Exil: deutschsprachige Schriftsteller. [S.l.: s.n.] Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  5. a b c Stephan, Alexander (2000). "Communazis": FBI Surveillance of German Emigré Writers. [S.l.]: Yale University Press. ISBN 0300082029. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  6. «Children of Moscow». Time. 18 de setembro de 1939. Consultado em 27 de julho de 2021 
  7. «Moscow's Week». Time. 9 de outubro de 1939. Consultado em 27 de julho de 2021. Arquivado do original em 21 de maio de 2013 .
  8. «Cinema: Revival: Oct. 9, 1939». Time. 9 de outubro de 1939. Consultado em 27 de julho de 2021 
  9. «Mexico: Communazi Columnists». Time. 3 de junho de 1940. Consultado em 27 de julho de 2021 
  10. «Books: The Revolt of the Intellectuals». Time. 6 de janeiro de 1941. Consultado em 27 de julho de 2021 
  11. Chambers, Whittaker (6 de janeiro de 1941). «The Revolt of the Intellectuals». WhittakerChambers.org. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  12. Chambers, Whittaker (1996). Ghosts on the roof: Selected Essays. [S.l.]: Transaction Publishers. ISBN 9781412824590. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  13. «Allen Tells Dies Hitler Was 'Sound': Roosevelt Should Be Impeached With 'a Lot of Others,' AntiSemite Says at Inquiry: 'Communazi' Stumps Hime». New York Times. 25 de agosto de 1939. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  14. Bennet, James (15 de maio de 1995). «Two States, Two Gatherings and a Lot of Anti-Government Sentiment; At Michigan Rally, Unyielding Anger At the Brady Bill». New York Times. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  15. Hoberman, J. (14 de outubro de 2014). «Fighting the Nazis With Celluloid». New York Times. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  16. «(unknown)». The Garment Worker. 1939. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  17. «Fight on "Communazis" is Urge by American Legion». American Labor World. 1939. 50 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  18. «(unknown)». Frontiers of Democracy. 1939. 80 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  19. «(unknown)». Journeymen Plumbers and Steam Fitters Journal. 1939. 47 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  20. «(unknown)». Dynamic America. 1939: 9–10. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  21. «(unknown)». Saturday Review. 1940. 2 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  22. «(unknown)». Political Correspondence of the Workers' League for a Revolutionary Party, Volumes 3-4. 1940. 22 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  23. «Communazi Columnists». Mexicana Review. 1940. 35 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  24. «Twice a Year, Issues 5-6». Twice A Year. 1941. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  25. «(unknown)». Labour Monthly. 1942. 217 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  26. Yankee Reporter. [S.l.]: W. Funk. 1940. pp. 75–76. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  27. Kamp, Joseph P. (1941). The Fifth Column Vs. the Dies Committee. [S.l.]: Constitutional Educational League, Inc. 30 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  28. Common Cause. [S.l.]: Duell, Sloan and Pearce. 1943. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  29. Events and Shadows: A Policy for the Remnants of a Century. [S.l.]: Hutchinson. 1947. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  30. Must we perish?: The logic of 20th century barbarism. [S.l.]: New Century Publishers. 1949. 65 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
  31. Report of the Proceedings of the Annual Convention of the American Federation of Labor, Volume 70. [S.l.]: American Federation of labor. 1970. 264 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018 
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