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Conceição da Costa Neves

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Regina Maura
Conceição da Costa Neves
Regina Maura, nos anos 1930
Nome completo Maria da Conceição da Costa Neves
Pseudônimo(s) Regina Maura
Nascimento 17 de outubro de 1908
Juiz de Fora
Morte 15 de julho de 1989 (80 anos)
São Paulo
Nacionalidade brasileira
Progenitores Mãe: Maria do Espírito Santo Neves
Pai: Manoel da Costa Neves
Cônjuge Matheus Galdi Santamaria (1938-1955)
Ocupação Atriz, política

Maria da Conceição da Costa Neves, também conhecida pelo nome artístico de Regina Maura (Juiz de Fora, 17 de outubro de 1908 - São Paulo, 15 de julho de 1989), foi uma atriz e política brasileira e a primeira mulher a presidir um parlamento estadual no Brasil.[1]

Dados biográficos

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Filha de Manoel da Costa Neves e Maria do Espírito Santo Neves, nasceu em Juiz de Fora e fez seus primeiros estudos no Colégio Santa Catarina e no Colégio Stella Matutina. Sob o nome artístico de "Regina Maura" fez sua estreia no teatro aos vinte e um anos sob a orientação de Procópio Ferreira e foi contemporânea de atrizes como Déa Selva e Zezé Fonseca.[2] A respeito da convivência com a atriz, Ferreira assim a descreveu: "uma linda mulher, elegante, sabendo vestir-se primorosamente e com uma voz de todas as tonalidades. Agarrou o teatro pela gola e dominou-o desde o primeiro dia".[3] Em 1937, integrou o elenco da comédia "Bombonzinho", ao lado de Oscarito e três anos antes fora eleita "rainha das atrizes".[4][1]

Mediante seu relacionamento com Procópio Ferreira, residiu em São Paulo e após a separação casou-se com o médico Matheus Galdi Santamaria em 1938 e viveu com ele até 1955.[1] Devido ao matrimônio abandonou os palcos e adotou o nome "Maria da Conceição Santamaria". Quanto ao fim de sua carreira artística a a revista Carioca disse, em 1941, que "essa atriz elegante e formosa, que foi a maior revelação do teatro brasileiro nos últimos anos, talento nato de intérprete, afastou-se por decisão própria da cena nacional. E com esse afastamento perdeu o nosso teatro uma das mais brilhantes 'estrelas' de comédia que já possuiu".[5]

Durante a Segunda Guerra Mundial dirigiu a filial paulista da Cruz Vermelha Brasileira entre 1943 e 1945 e, pela escola dessa entidade, também foi samaritana e monitora. Fundou a Associação Paulista de Assistência ao Doente da Lepra, da qual foi presidente.[1]

Graças à repercussão positiva de seu trabalho social foi alçada à vida política e em 1947 foi eleita deputada estadual via PTB com a terceira maior votação do estado e ajudou a elaborar a constituição estadual. Reeleita pelo mesmo partido em 1950, 1954, migrou para o PSD e conquistou novos mandatos em 1958 e 1962. Entre os anos de 1960 e 1963 foi primeira vice-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo e com uma viagem de Abreu Sodré ao exterior tornou-se a primeira mulher a presidir um parlamento estadual no Brasil.[6][1] Adversária do Regime Militar de 1964, foi reeleita pelo MDB em 1966, porém teve o mandato cassado pelo Ato Institucional Número Cinco em 1969 e os direitos políticos suspensos por dez anos. Na década seguinte empenhou-se em movimentos pela anistia.

Notas

Referências

  1. a b c d e «Biografia de Conceição da Costa Neves na Assembleia Legislativa de São Paulo». Consultado em 21 de novembro de 2017 
  2. s/a (11 de janeiro de 1936). «Procopio: entre o theatro e o cinema». Carioca (12): 28  (Disponível na hemeroteca digital da Biblioteca Nacional do Brasil)
  3. Cecilia Prada (5 de março de 2012). «Uma bela e irada mulher in: 'O mais paulista de nossos escritores'». SESC SP. Consultado em 16 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 16 de dezembro de 2016 
  4. s/a (28 de agosto de 1937). «Cinema Brasileiro: "Bombozinho", o novo film da Sonofilms». Carioca (97): 20  (disponível na hemeroteca digital da Biblioteca Nacional do Brasil)
  5. «..."Ont vecu l'espace dun matin"». Carioca (293): 27. 17 de maio de 1941  (disponível na hemeroteca digital da Biblioteca Nacional do Brasil)
  6. «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 21 de novembro de 2017 

Ligações externas

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