Convento de São Domingos de Vila Real
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No reinado de D. João I, os frades do Convento de São Domingos de Guimarães decidiram fundar um convento da mesma Ordem, em Vila Real, tendo para tal obtido a bula apostólica do papa Martinho V, e o apoio do arcebispo de Braga, D. Fernando da Guerra, a câmara de Vila Real, e do rei.
Foi escolhido um terreno, fora de muros, constituído por parte do rossio público e por propriedades de particulares que davam para a rua da Fonte do Chão, localização essa aprovada e confirmada pelo rei, em 1421, a câmara e o povo da vila, no ano seguinte, doaram à Ordem dos Pregadores um pedaço de campo, no Rossio, mais tarde, denominado Campo do Tabolado, assim como uma fonte de água.
Em 1424, os dominicanos tomaram posse dos terrenos destinados à construção do convento, e lançaram a primeira pedra.
Em 1426, o convento de São Domingos de Guimarães fez a doação, aos seus irmãos de Vila Real, de alguns livros e objectos de culto.
A 20 de Novembro de 1429 foi dada, pelo rei D. João I, licença a Vasco Afonso Moutinho para edificar o convento.[1]
A partir de 1443 aparecem-nos já registos de ordenações atinentes a frades do mosteiro dominicano de Vila Real, o qual, juntamente com a igreja, estaria já acabado por essa data.
As dotações de D. Afonso V, D. João III e, sobretudo, dos marqueses de Vila Real, seus padroeiros, contribuíram para que, a partir de finais do século XV, a situação económica desta casa religiosa passasse a ser mais desafogada.
Por 1721, o convento de S. Domingos, entre a rua da Fonte Chã e o Campo do Tabolado, dispunha de uma boa cerca, com hortas e produção de vinho e azeite.
O convento foi extinto em 1834, e a sua igreja passou a constituir, um ano depois, o templo da freguesia de S. Dinis.
Em 1837, o edifício do convento, no qual se achava aquartelado o batalhão de caçadores nº 3, foi totalmente devorado por um incêndio, o qual destruiu, igualmente, com excepção da capela-mor, a igreja.
O templo veio a ser restaurado e, após a criação da diocese de Vila Real, em 1922, passou a igreja catedral.
Referências
- ↑ Felgueiras Gaio, NFP, tit. Moutinhos