Corredor Ecológico do Norte da Amazônia
Coordenadas |
---|
Estatuto |
---|
Corredor Ecológico do Norte da Amazônia é uma proposta de corredor ecológico que conecta unidades de conservação e territórios indígenas no norte da floresta amazônica do Brasil.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]A primeira versão da proposta de Corredores Ecológicos de Florestas Tropicais do Brasil foi desenvolvida por um grupo de consultores a pedido do Ministério do Meio Ambiente do Brasil e apresentada no primeiro semestre de 1997.[1] Foram propostos sete grandes corredores: Corredor Ecológico da Amazônia Central, Corredor Ecológico do Norte da Amazônia, Corredor Ecológico do Sul da Amazônia, Corredor Ecológico Ecótono do Sul da Amazônia, Corredor Ecológico da Amazônia Ocidental, Corredor Ecológico da Mata Atlântica Central e Corredor Ecológico da Serra do Mar. Estes correspondiam a cerca de 25% das florestas tropicais do Brasil.[2] Foi dada prioridade ao Corredor da Amazônia Central e ao Corredor Central da Mata Atlântica, que testaria e desenvolveria os conceitos para uso nos corredores subsequentes.[3]
Proposta
[editar | editar código-fonte]O Corredor Ecológico do Norte da Amazônia foi um dos cinco corredores da região amazônica identificados. Ele cobriria a fronteira norte da Amazônia com a Colômbia e a Venezuela. Haveria seis áreas prioritárias em três principais ecorregiões da Amazônia. O corredor foi identificado como sendo relativamente intacto, globalmente importante por sua distinção biológica e de alta prioridade em escala regional.[4] O corredor teria uma área de 21.000.000 hectares.[5]
As unidades de conservação incluiriam a Floresta Nacional do Amazonas, a Estação Ecológica de Maracá, o Parque Nacional do Pico da Neblina e a Floresta Nacional de Roraima. A proposta também incluiu as florestas nacionais de Cubaté, Cuiari, Içana, Pari Cachoeira II, Piraiauara, Tarauacá I, Tarauacá II e Uruçu.[6] No entanto, estas 11 florestas nacionais criadas pelo presidente José Sarney em 23 de novembro de 1989 e 9 de março de 1990 foram revogadas por seu sucessor, Fernando Collor de Mello, em 5 de setembro de 1991. As florestas foram criadas sem considerar as reivindicações dos povos indígenas.[7][8]
Referências
- ↑ Ayres et al. 2005, p. 7.
- ↑ O Corredor Central Da Mata Atlãntica – MMA, p. 13.
- ↑ Corredores Ecológicos na Mata Atlântica – RBMA.
- ↑ Ayres et al. 2005, p. 28.
- ↑ Arruda & Nogueira de Sá 2003, p. 44.
- ↑ Ayres et al. 2005, p. 31.
- ↑ Rolla & Ricardo 2006, p. 17.
- ↑ Sarney 1990.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Arruda, Moacir Bueno; Nogueira de Sá, Luís Fernando S. (2003), Corredores Ecológicos: Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil (PDF), Brasília: IBAMA, consultado em 29 de outubro de 2016
- Ayres, José Márcio; Da Fonseca, Gustavo A. B.; Rylands, Anthony B.; Queiroz, Helder L.; Pinto, Luiz Paulo; Masterson, Donald; Cavalcanti, Roberto B. (2005), Os Corredores Ecológicos das Florestas Tropicais do Brasil (PDF), Sociedade Civil Mamirauá, consultado em 28 de outubro de 2016
- Corredores Ecológicos na Mata Atlântica, RBMA: Reserva da biosfera da Mata Atlântica, consultado em 28 de outubro de 2016
- O Corredor Central Da Mata Atlãntica (PDF), MMA: Ministério do Meio Ambiente (Brasil), consultado em 28 de outubro de 2016
- Rolla, Alicia; Ricardo, Fany (Março de 2006), «As Florestas Nacionais e a questão mineral» (PDF), Mineração em Unidades de Conservação na Amazônia brasileira, Instituto Socioambiental, consultado em 28 de outubro de 2016
- Sarney, José (9 de março de 1990), Decreto no 99.109, de 9 de Março de 1990, consultado em 28 de outubro de 2016