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Crime de oportunidade

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Um crime de oportunidade é um crime cometido sem planejamento, quando o autor vê a chance de praticar o ato naquele momento e a aproveita.[1][2] Esses atos têm pouca ou nenhuma premeditação.

Teoria da atividade rotineira[editar | editar código-fonte]

Esta teoria concentra-se nas circunstâncias certas para a ocorrência de um crime de oportunidade.[3] Os três componentes principais desta teoria enfatizam um autor, um alvo adequado e a falta de um guardião capaz.

Saque de uma loja.

Existem quatro pontos principais que influenciam a probabilidade de alguém ser alvo.[3]

  • Valor
  • Inércia
  • Visibilidade
  • Acesso

Valor refere-se a quanto um determinado alvo é valioso para o autor e varia de acordo com a pessoa.[3] A inércia refere-se simplesmente ao tamanho e peso do alvo, razão pela qual bens menores são geralmente furtados em vez de itens maiores.[3] Visibilidade refere-se ao alvo ser exposto ao autor e, assim, tornar o valor do alvo conhecido pelo autor. Acesso refere-se à facilidade com que os autores podem chegar a um alvo e quais obstáculos podem impedi-los.[3]

Teoria do Padrão Criminal[editar | editar código-fonte]

Esta teoria enfatiza o ambiente em que estes crimes ocorrem. Existem três componentes principais desta teoria.[3]

  • Nós
  • Caminhos
  • Bordas

Os nós referem-se aos locais de e para onde as pessoas viajam e aos crimes gerados em áreas específicas, por exemplo, bares, shoppings, parques, onde as pessoas trabalham e os bairros onde as pessoas vivem.[3] Caminhos referem-se aos caminhos entre nós ou áreas frequentados por vítimas e autores. O crime está frequentemente ligado a fluxos de pessoas entre caminhos, como horários de deslocamento, horários de fechamento do estabelecimento e ausência escolar.[3] As bordas são os limites externos de certas áreas, onde pessoas de fora de uma vizinhança geralmente cometem crimes.[3]

Veículo com janela quebrada.

Perspectiva da Escolha Racional[editar | editar código-fonte]

Esta teoria centra-se na capacidade do autor de fazer escolhas, com base no pressuposto de que as ações do autor são intencionais.[3] Os autores consideram os benefícios e riscos e fazem escolhas com base nas oportunidades de cometer um crime.[3]

Crimes violentos[editar | editar código-fonte]

Alguns crimes violentos também podem ser considerados crimes de oportunidade.[3] Variáveis ​​como a presença ou não de pessoas do sexo feminino ou de meia-idade podem afetar a resposta de um indivíduo a um insulto percebido.[3] Outras variáveis, como o tamanho do grupo e o tamanho do indivíduo, afetam se um agressor pode ou não iniciar um ato violento. Grupos maiores terão tendência a atacar grupos menores e indivíduos maiores terão maior probabilidade de atacar indivíduos menores.[3]

Redução de oportunidades e prevenção:

Para reduzir estes tipos de crimes, minimizar as oportunidades é a ideia mais comum. Vários métodos são usados ​​para reduzir oportunidades:[3]

  • policiamento orientado para o problema
  • arquitetura espacial defensável
  • prevenção situacional do crime

Todos esses métodos são usados ​​para reduzir oportunidades para alvos específicos.[3]

Referências

  1. «'Crimes de oportunidade': Ministério Público do DF lança cartilha para evitar furtos em residências; veja dicas». G1. 14 de agosto de 2023. Consultado em 4 de junho de 2024 
  2. Otávio, Chico (29 de novembro de 2021). «Operação no Rio visa a prevenir os crimes de oportunidade, como roubos e furtos a pedestres, tirando o 'conforto' de criminosos». Extra Online. Consultado em 4 de junho de 2024 
  3. a b c d e f g h i j k l m n o p Felson, Marcus (novembro de 1998). «Opportunity Makes the Thief Practical theory for crime prevention» (PDF). Policing and Reducing Crime Unit: Police Research Series. paper 98. 36 páginas. Consultado em 5 de maio de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 19 de junho de 2018