Crise diplomática na península coreana em 2013
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Crise na Coreia em 2013 | |||
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Mapa da região das tensões | |||
Local | Península coreana | ||
Desfecho | Ambos os lados acertam um acordo para retomar as atividades na região Industrial de Kaesong | ||
Situação | Crise diplomática | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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A Crise diplomática na península coreana em 2013 se deu, principalmente ao desencadear do Teste nuclear norte-coreano de 2013. A Crise se consolida entre uma das brigas que jamais foi resolvida: a rivalidade entre o sul e o norte da coreia, dividido no contexto da Guerra Fria, e mesmo com o fim dessa, jamais foram estas repúblicas unificadas.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Com o fim da Segunda Guerra Mundial, EUA e URSS 'faziam a partilha do mundo', dividindo as áreas influenciadas pelo eixo. A Península Coreana, assim como outras áreas da região, eram controladas pelo Japão desde a vitória do Japão sobre a Rússia, em 1904. Nos tratados de paz, cedia-se a independência da península coreana, divididas em duas áreas de influência através do Paralelo 38ºN, o Norte comunista, controlado inicialmente pela URSS e o sul pelos EUA. Os EUA e a URSS deixaram de controlar a península em 1948 e 1947 respectivamente, realizando eleições em ambos países em 1947. A partir daí, o Norte começou a se militarizar de forma rápida. Em 1950, o Norte atacou o Sul, quase dominando-o por completo. Antes de 'concluir a unificação', a ONU interveio na guerra, dois meses depois, quase dominando o norte, a China interveio, rapidamente avançando até o centro, e a guerra acabou se estagnando, e em 1953 foi assinado um armistício, declarando a guerra paralisada, pelo grande número de mortes pela guerra combinada com sua estagnação. A República da Coreia (Sul) jamais reconheceu a independência da República Popular Democrática da Coreia (Norte) e vice-versa. A Guerra da Coreia nunca acabou, já que 'terminou' com um armistício no ano de 1953, devido ao demasiado numero de mortes combinado com a estagnação da guerra na área central da península. Com o fim da URSS, sobrou a Coreia do Norte apenas o apoio chinês. Esse clima de insegurança interno na Coreia do Norte, fez com que esta desenvolvesse um programa nuclear e rompesse com o TNP, já em 2006 e em 2009, ocorreram testes nucleares por parte do Norte, sempre criticados pela comunidade internacional, especialmente o Conselho de Segurança da ONU, sempre impondo sanções contra aquele país.
Teste Nuclear
[editar | editar código-fonte]No dia 12 de fevereiro de 2013, a Coreia do Norte realizou pela manhã no horário local o seu terceiro teste nuclear, bem-sucedido. Sua reação foi muito dura: A ONU aprovou uma terceira imposição contra os norte-coreanos em uma reunião de emergência do conselho de segurança. Além disso, diversos países criticaram abertamente o teste, de forma mais forte, os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
Ameaças
[editar | editar código-fonte]Passado quase um mês do teste, novas imposições foram aprovadas contra a Coreia do Norte, isolando ainda mais a mesma[1]. Na mesma época, os Estados Unidos começaram a realizar operações militares no Sul, e começaram as hostilidades. Depois disso, o Norte realizou ameaças diárias 'contra os imperialistas estadunidenses e sua marionete, a Coreia do Sul'. O Norte ainda declarou nulo o armistício que encerrou a guerra em 1953[2], impediu que trabalhadores sul-coreanos chegassem ao Complexo Industrial Binacional de Kaesong[3], declarou estar em 'estado de guerra' contra o sul[4], afirmou ter a alcance de seu armamento nuclear, Guam, Havaí e o Alaska, parte dos EUA[5] e ainda reativou instalações nucleares fechadas desde 2007.[6] Além disso, o regime norte-coreano ainda ameaçou o Japão[7].
Outras Reações internacionais
[editar | editar código-fonte]Outros países como Reino Unido[8]e Rússia[9] demonstraram 'profunda preocupação' com a situação, pedindo para a manutenção da paz e que o governo norte-coreano respeite as imposições da ONU.
Já a Venezuela, emitiu um comunicado que dizia o seguinte: O Presidente Nicolás Maduro Moros, em nome do Governo Bolivariano e do Povo Venezuelano, faz votos de paz na península coreana e pediu para diminuir categoricamente as declarações militaristas e ações que poderiam levar as duas nações a uma nova guerra. Da mesma forma, o Governo Bolivariano da Venezuela manifesta sua profunda preocupação com o funcionamento continuo de exercicios militares e testes, que só contribuem ao aumento das tensões. O Governo da República Bolivariana da Venezuela reitera os laços de amizade com ambas as nações, e reafirma o seu compromisso com todos os esforços para alcançar uma solução pacífica.[10]
Peru, Colômbia e Equador também desprezaram as ameaças militares e se demonstraram a favor do dialogo entre os países.[11][12][13].
A China, principal e única aliada ao governo norte-coreano, se manteve neutra, pedindo o retorno das negociações através do partido de seis (formado por Coreia do Norte, Coreia do Sul, China, Japão, Rússia e Estados Unidos), negociações estas paralisadas em 2008.[14]. Até Cuba, companheira no regime, se mostrou de forma neutra.[15]
Apesar da Neutralidade de países já citados, Austrália, Alemanha, Chile, França, México e Reino Unido discursaram em um tom provocativo, dando toda a culpa da tensão ao governo norte-coreano[16][17][18][19]
Aumento das Tensões
[editar | editar código-fonte]Ao mesmo tempo, os Estados Unidos enviaram um grande equipamento militar para o Sul[20], alem de reforçar as bases antimisseis tanto nos Estados do Alaska e Califórnia[21] quanto na ilha de Guam[22]. Mesmo assim, o exército norte-coreano tem o 'OK' de Kim Jong-un para atacar o sul e os Estados Unidos.[23] Mesmo sem em nenhum momento ameaçar demais países, a Coreia do Norte solicitou a retirada das missões diplomaticas instaladas no país[24], além de afirmar que só manterá a segurança dos diplomatas até 10 de abril[25], porém, alguns países e a propria ONU afirmaram não ter intenção de evacuar seu pessoal em Pyongyang[26], além disso, a Coreia do Norte estaria acelerando a indústria bélica[27]. Depois da Coreia do Norte estar sendo acusada de que lançará [ou testará] mísseis[28], o Japão incorporou sua entrada na crise após posicionar misseis em direção ao território norte-coreano[29].
Ver Também
[editar | editar código-fonte]Notas
[editar | editar código-fonte]^ Apesar de demonstrar neutralidade, a China afirmou que "não aceitaria problemas em seu quintal"[30]
Referências
- ↑ http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/389254/cs-da-onu-aprova-novas-sancoes-contra-coreia-do-norte/
- ↑ http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=634628&layout=121&visual=49
- ↑ http://www.publico.pt/mundo/noticia/coreia-do-norte-ameaca-encerrar-kaesong-1590101
- ↑ http://www.forte.jor.br/2013/03/29/coreia-do-norte-anuncia-estado-de-guerra-com-sul/
- ↑ http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/mundo/internacional/noticia/2013/03/26/coreia-do-norte-ameaca-atacar-guam-havai-e-continente-dos-eua-77698.php
- ↑ http://www.portugues.rfi.fr/mundo/20130402-em-nova-ameaca-coreia-do-norte-reativa-reator-nuclear
- ↑ http://www.vanguardia.com.mx/coreadelnortetambienamenazaajapon-1508151.html
- ↑ http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/04/grandes-potencias-se-movimentam-apos-ameacas-da-coreia-do-norte.html
- ↑ http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/russia-pede-que-coreia-do-norte-respeite-restricoes-nucleares-da-onu.html
- ↑ http://www.telesurtv.net/articulos/2013/03/30/gobierno-venezolano-reafirma-compromiso-para-lograr-solucion-pacifica-en-corea-del-norte-4752.html
- ↑ http://elcomercio.pe/actualidad/1557039/noticia-peru-condena-uso-fuerza-ante-amenazas-corea-norte
- ↑ http://www.wradio.com.co/noticias/internacional/colombia-expreso-preocupacion-y-condeno-estado-de-guerra-en-corea-del-norte/20130331/nota/1867760.aspx
- ↑ http://www.telesurtv.net/articulos/2013/03/29/ecuador-rechaza-deterioro-de-la-situacion-entre-corea-del-norte-y-corea-del-sur-3901.html
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 4 de abril de 2013. Arquivado do original em 30 de março de 2013
- ↑ http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/fidel-pede-que-coreia-do-norte-e-eua-evitem-guerra-nuclear.html
- ↑ http://actualidad.rt.com/ultima_hora/view/90397-corea-norte-jugar-fuego-alemania
- ↑ http://www.elmostrador.cl/noticias/pais/2013/03/30/chile-solicito-a-corea-del-norte-mediante-un-comunicado-detener-ensayos-nucleares-y-a-deponer-actitud-beligerante/
- ↑ http://actualidad.rt.com/actualidad/view/90395-corea-norte-debe-dejar-jugar-fuego
- ↑ http://mexico.cnn.com/nacional/2013/03/30/mexico-pide-a-corea-del-norte-cesar-las-amenazas-y-retomar-el-dialogo
- ↑ http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/coreia-do-norte-representa-um-perigo-real-e-claro-diz-chefe-do-pentagono.html
- ↑ http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/eua-reforcarao-sistema-antimisseis-apos-ameacas-da-coreia-do-norte,54d0e907b2b6d310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
- ↑ http://oglobo.globo.com/mundo/apos-ameacas-eua-enviam-sistema-antimisseis-guam-8019029
- ↑ http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/exercito-da-coreia-do-norte-diz-ter-ok-para-ataque-nuclear-aos-eua.html
- ↑ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2013-04-05/coreia-do-norte-pede-que-paises-esvaziem-embaixadas-em-pyongyang.html
- ↑ http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/coreia-do-norte-diz-que-so-garante-seguranca-de-embaixadas-ate-dia-10.html
- ↑ http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/paises-descartam-retirar-funcionarios-da-coreia-do-norte
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 6 de abril de 2013. Arquivado do original em 9 de abril de 2013
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 10 de abril de 2013. Arquivado do original em 12 de abril de 2013
- ↑ http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/mundo/2013/04/09/noticiasmundo,3035655/japao-posiciona-baterias-antimisseis-na-regiao-de-toquio.shtml
- ↑ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2013-04-06/diplomatas-ficam-na-coreia-do-norte-apesar-de-alerta-do-governo.html