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Critério SMART

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O Critério SMART é um conjunto de critérios para conduzir a definição de metas e objetivos em diversas áreas, como gestão de projetos e avaliação de desempenho pessoal e profissional. Na sua versão mais comum, a sigla é um acrônimo das palavras em inglês Specific, Measurable, Achievable, Relevant e Time-bound, usualmente traduzido para o português como Específico, Mensurável, Alcançável, Relevante e Temporal, no entanto, o inventor do termo o apresentou de uma forma diferente e as letras tentem a possuir significados diferentes para autores distintos.

História[editar | editar código-fonte]

A edição de novembro de 1981 da revista Management Review continha um artigo escrito por George T. Doran chamado "There's a S.M.A.R.T. way to write management's goals and objectives"[1][2] (lit. "Existe uma forma SMART (INTELIGENTE) de escrever metas e objetivos de gestão"). Ele discute a importância de estabelecer objetivos e a dificuldade de definí-los.

De forma ideal, todo objetivo de uma empresa, departamento ou time deveria ser:
  • Específico – focar em uma área ou assunto específico para desenvolvimento.
  • Atribuível – especificar quem irá fazer.
  • Mensurável – quantificar ou, pelo menos, sugerir um indicador de progresso.
  • Realista – considerar resultados que podem ser atingidos de forma realista, dados os recursos disponíveis.
  • Relacionado ao Tempo – especificar até quando o(s) resultado(s) podem ser alcançados.
Note que esses critérios não determinam que todos os objetivos precisam ser quantificados em todos os níveis de gestão. Em certas situações, não é realista tentar quantificar, particularmente em posições de gestão intermediárias. Empresas e gestores podem perder o benefício de um objetivo mais abstrato em busca de ganhar quantificação. É a combinação do objetivo com seu plano de ação que é realmente importante. Portanto, gestores devem focar nessa combinação e não apenas no objetivo.
Original (em inglês): There's a S.M.A.R.T. way to write management's goals and objectives[1][2]
— George T. Doran

 (em inglês)

Definições atuais[editar | editar código-fonte]

Cada letra da palavra SMART faz referência a diferentes critérios para avaliar objetivos. Existe alguma variação no uso, mas os critérios tipicamente aceitos são:

Letra Uso mais comum Uso alternativo
S. Específico[3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13] "Estratégico e específico"[14]
M. Mensurável[3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13][14] Motivante[15]
A. Alcançável[nota 1]

(tradução de achievable[3][6][7][9][11][12] ou attainable[10][14])

Atribuível[16] (definição original), Acordado,[5][17] Orientado a ações,[4] Ambíguo,[8] Alinhado com metas corporativas,[18] "Acordado, atingível e alcançável"[13]
R. Relevante[3][6][9][11][19] Realista,[5][7][8][10][12][17] Dotado de recursos,[19] Razoável,[4] "Realista e Dotado de recursos",[13] Baseado em Resultados[14]
T. Temporal

(tradução de Time-bound[3][6][7][8][13][14] ou Time-limited[11])

Rastreável,[15] Baseado no Tempo,[9] Orientado ao tempo, Limitado ao tempo e custo,[5] Oportuno,[4] Sensível ao tempo,[10] Com prazo,[12] Testável[20]

Escolher certas combinações dessas letras pode causar duplicidade, como "Alcançável" e "Realista", por exemplo. O termo "Acordado" é frequentemente utilizado em situações em que a apreciação/aprovação de partes interessadas é um fenômeno desejável.

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. As palavras em inglês "achievable" e "attainable" são usualmente traduzidas como "alcançável" em português, no entanto, certos autores dão significados distintos para cada uma dessas palavras. Uma tradução alternativa para capturar essa distinção poderia ser "atingível" ou "realizável".

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Doran, G. T. (1981). «There's a S.M.A.R.T. way to write management's goals and objectives». Management Review. 70 (11): 35–36 
  2. a b Why SMART objectives don't work.
  3. a b c d e Yemm, Graham (2013). Essential Guide to Leading Your Team: How to Set Goals, Measure Performance and Reward Talent. [S.l.]: Pearson Education. pp. 37–39. ISBN 978-0273772446. Consultado em 5 de julho de 2013 
  4. a b c d e Piskurich, George M. (2011). Rapid Instructional Design: Learning ID Fast and Right. [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 132. ISBN 978-1118046920. Consultado em 5 de julho de 2013 
  5. a b c d e Richman, Larry (2011). Improving Your Project Management Skills. [S.l.]: AMACOM Division of American Management Association. p. 65. ISBN 978-0814417294. Consultado em 11 de julho de 2013 
  6. a b c d e Frey, Bruno S.; Osterloh, Margit (2002). Successful Management by Motivation : Balancing Intrinsic and Extrinsic Incentives. [S.l.]: Springer. p. 234. ISBN 978-3540424017. Consultado em 11 de julho de 2013 
  7. a b c d e Lawler, John; Bilson, Andy (2013). Social Work Management and Leadership : Managing Complexity with Creativity. [S.l.]: Routledge. pp. 84–85. ISBN 978-1135247058. Consultado em 14 de julho de 2013 
  8. a b c d e Poister, Theodore H. (2008). Measuring Performance in Public and Nonprofit Organizations. [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 63. ISBN 978-0470365175. Consultado em 14 de julho de 2013 
  9. a b c d e Ryals, Lynette; McDonald, Malcolm (2012). Key Account Plans: The practitioners' guide to profitable planning. [S.l.]: Routledge. p. 268. ISBN 978-1136390654. Consultado em 14 de julho de 2013 
  10. a b c d e Shahin, Arash; Mahbod, M. Ali (2004). «Prioritization of key performance indicators: An integration of analytical hierarchy process and goal setting». International Journal of Productivity and Performance Management. 56 (3): 226–240. doi:10.1108/17410400710731437 
  11. a b c d e Siegert, Richard J; Taylor, William J (2004). «Theoretical aspects of goal-setting and motivation in rehabilitation». Disability & Rehabilitation. 26 (1): 1–8. PMID 14660192. doi:10.1080/09638280410001644932 
  12. a b c d e Dwyer, Judith; Hopwood, Nicole (2010). Management Strategies and Skills. [S.l.]: McGraw-Hill. ISBN 9780070277670 
  13. a b c d e «SMART objectives». Investors in People. Consultado em 10 de setembro de 2015. Arquivado do original em 4 de março de 2016 
  14. a b c d e O'Neil, Jan; Conzemius, Anne (2006). The Power of SMART Goals: Using Goals to Improve Student Learning. [S.l.]: Solution Tree Press. p. 33. ISBN 978-1-932127-87-4 
  15. a b Blanchard, Kenneth. One Minute Manager. [S.l.: s.n.] 
  16. Doran, G. T. (1981). «There's a S.M.A.R.T. way to write management's goals and objectives». Management Review. 70 (11): 35–36 
  17. a b Mentioned as an alternative in Yemm, Graham (2013)
  18. Mentioned as an alternative in Piskurich, George M. (2011)
  19. a b Mentioned as an alternative in Lawler, John; Bilson, Andy (2013)
  20. «SMART Requirements Definition and Management». www.esterline.com (em inglês). Consultado em 31 de maio de 2017 [ligação inativa]