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David Sobral

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David Sobral[1] (1986) é um Astrofísico português e Professor Associado (Reader) na área da Astrofísica Extra-galáctica na Universidade de Lancaster, Reino Unido. Estudou na Escola Secundária Alfredo da Silva e prosseguiu estudos até se tornar doutorado pela Universidade de Edimburgo em 2011, e conta hoje com mais de 100 publicações internacionais. David tem realizado várias contribuições para o avanço do nosso conhecimento sobre como galáxias como a Via Láctea se formam e evoluíram até aos dias de hoje. De 2011 a 2013 foi investigador no Observatório de Leiden, na Holanda, com financiamentos NOVA e VENI, tendo mantido a sua ligação a Leiden desde então. De 2013 a 2016 foi Investigador auxiliar no Observatório Astronómico de Lisboa na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, com uma Starting Grant Investigador FCT 2012. De 2016 a 2018 foi Professor auxiliar na área da Astrofísica na Universidade de Lancaster.

Das suas contribuições destaca-se um método para levantamentos extra-galácticos,[2] a quantificação do declínio do PIB cósmico[3] (conhecido como "crise cósmica"[4]), e a compreensão dos papéis do "ambiente" vs "genética". Descobriu pela primeira vez o papel dos filamentos[5] da rede cósmica na evolução de galáxias distantes,[6] e o papel da colisão de enxames e das ondas de choque que se formam aquando das colisões ("tsunamis cósmicos"[7]), capazes de estimular novos episódios de formação estelar em galáxias que vivem em enxames.[8]

Galáxia CR7, descoberta por David Sobral e a equipa que liderou.

Em 2015, liderou a descoberta da galáxia[9][10][11] "COSMOS Redshift 7" (CR7), encontrada a 12.9 mil milhões de anos-luz da Terra.[12] Para além de ser a galáxia mais brilhante do Universo primordial, a fonte de luz da CR7 mostra, pela primeira vez, evidência da primeira geração de estrelas no Universo,[9][10] feitas apenas de material primordial do Big Bang (Hidrogénio e Hélio).[12] A primeira geração de estrelas tinha sido prevista teoricamente, mas até à descoberta da CR7 não passava de uma previsão teórica;[13][14] foram elas que formaram, pela primeira vez, o Oxigénio que respiramos, o Cálcio dos nossos ossos, e o Carbono dos nossos corpos.[11]

Venceu vários prémios Internacionais e financiamentos importantes, incluindo uma VENI grant de 250 000 euros, a primeira edição do concurso Internacional Investigador FCT, a edição de 2016 dos Prémios Novos, na categoria de Ciência e o Prémio Rosto do ano 2015. Em 2018, fundou o grupo Jovens Cientistas Alumni (JCAlumni), a convite da Fundação da Juventude, 14 anos depois de ter representado Portugal na final do Concurso Europeu de Jovens Cientistas (EUCYS) em Dublin. Em Junho de 2018 recebeu a distinção “Barreiro Reconhecido” na área da cultura, desporto, educação e ciência, da parte da Câmara Municipal do Barreiro.

Referências