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Denis Sebuguauo

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São Denis Sebuguauo
Mártir
Nascimento 1870
Morte 25 de maio de 1886
Munionio
Veneração por Igreja Católica
Festa litúrgica 3 de junho
Portal dos Santos

Denis Sebuguauo Uassua (em luganda: Ssebuggwawo Wasswa) foi um dos mártires a serem mortos a mando do cabaca Muanga II (r. 1884–1888) do Reino de Buganda, na atual Uganda.

Muanga II (r. 1884–1888)

Denis nasceu em 1870 em Quigoloba, em Bulemezi, filho de Nsonga da tribo dos sogas e Cajansi do clã musu e irmão de oito crianças, uma delas, Isaac Cajane Cato, seu irmão gêmeo. Pouco após seu nascimento, o cabaca Mutesa I (r. 1857–1884) matou Calubo e Cajansi se mudou para Bunono, em Busiro. Em 1884, Denis e Isaac foram apresentados a Muanga II (r. 1884–1888), que os fez pajens reais de seus aposentes, sob controle do mordomo José Mucassa. Sob influência de José, se tornaram católicos e receberam instruções religiosas em sua residência perto do palácio. Denis resistiu às investidas sexuais do cabaca e sempre que pode propagou o cristianismo entre os pajens.[1]

Em 16 de novembro de 1885, no dia seguinte à execução de José Mucassa por sua fé a mando do cabaca, Denis estava entre os pajens que se afastaram do palácio para pedir batismo na missão católico, o que recebeu. Em 25 de maio de 1886, quando Muanga retornou de uma caçada em Munionio, entrou no palácio e se irritou que não foi recebido pelos pajens. Ao chamá-los, Denis e Muafa chegaram, mas furioso perguntou onde estavam. Por suas respostas, se soube que Denis estava instruindo Muafa na fé. Ainda mais furioso, espancou Denis com a lança de seu pai que segurava até que ela se partisse e o machucasse na cabeça, pescoço e costas. Então o agarrou pelo braço e arrastou-o ao pátio, gritando para que os homens o matassem e ameaçassem todos os cristãos. Dois muçulmanos, Quiaiambade e Meberenge, levaram-o para fora do portão principal e tiraram suas roupas e iriam matá-lo com uma faca de açougueiro que pegaram numa casa vizinha, porém foram interrompidos pelo carrasco oficial Mepinga Caloque, que conduziu-o a sua casa.[1]

Mepinga deixou-o dormir a noite lá com um pequeno pedaço de tecido de casca para se cobrir, mas Denis permaneceu em silêncio a noite toda. No dia seguinte, ordenou que seus homens matassem-o num bosque adjacente, e por só terem facas, devem tê-lo esfaqueado até a morte. O corpo foi deixado no bosque, onde seis dias depois foi achado sendo comido por abutres. Denis foi beatificado pelo papa Bento XV em 1920 e canonizado pelo papa Paulo VI em 1964.[1]

Referências

  1. a b c Shorter 2003.
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