Diocese da Panônia
Dioecesis Pannoniarum Diocese da Panônia | |||||||||||
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Diocese do(a) Império Romano | |||||||||||
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Ilírico e Dácia por volta de 400 | |||||||||||
Capital | Sirmio | ||||||||||
Líder | vigário | ||||||||||
Período | Antiguidade Tardia | ||||||||||
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A Diocese da Panônia (português brasileiro) ou Diocese da Panónia (português europeu), conhecida a partir de 395 como Diocese do Ilírico (Illyricum) ou Diocese da Ilíria, foi uma diocese do período final do Império Romano[1] cuja capital, sede do vigário, era Sirmio.
História
[editar | editar código-fonte]As províncias da diocese originalmente faziam parte da prefeitura pretoriana da Itália, mas posteriormente juntaram-se à prefeitura pretoriana da Ilíria quando a diocese foi criada em 356.[carece de fontes] Disputada por ambos as metades do império, a Panônia era uma das duas dioceses que foram incorporadas à porção oriental da Tetrarquia que não tinha raízes culturais gregas (a outra era a Dácia), e acabou sendo transferida definitivamente para o Império Romano do Ocidente com a morte de Teodósio I em 395 e reincorporada à Itália.[2] Pelas décadas seguintes a Panônia foi continuamente ocupada por tribos bárbaras, principalmente godos e hunos. Em 427, os romanos alegaram terem conseguido retomar a região.[3]
Em 425, Gala Placídia, em um acordo firmado com o imperador Teodósio II (r. 408–450), concedeu ao Império Bizantino a cidade de Salona, na Dalmácia.[4] Seu destino final é incerto: a região foi perdida para os hunos na década de 440,[2] embora a Dalmácia tenha ficado sob controle imperial até a década de 480.[5] Em 454, com o colapso do Império Huno, o imperador bizantino Marciano (r. 450–457) assentou os ostrogodos liderados pelos irmãos Valamiro, Videmiro e Teodomiro na Panônia como federados.[6] Em 504, sob Teodorico, o Grande (r. 474–526), os ostrogodos tomaram Sírmio e o distrito vizinho que estava sobre controle dos gépidas.[7]
Estrutura
[editar | editar código-fonte]A Diocese da Panônia incluía as seguintes províncias:[2]
- Dalmácia (Dalmatia)
- Nórica Ripense (Noricum Ripense)
- Nórica Mediterrânea (Noricum Mediterraneum)
- Panônia I (Pannonia Superior ou Prima)
- Panônia II (Pannonia Secunda ou Inferior)
- Panônia Sávia (Pannonia Savia ou Pannonia Valeria)
- Valéria Ripense (Valeria Ripensis)
Estava ainda sob sua jurisdição o exarca de Sirmio, as metrópoles de Lauríaco, Vindomana, Sirmio, Salona, Salisburgo e o "locus incertus" (veja Miholjanec).
Referências
- ↑ Burns 1994, p. 165.
- ↑ a b c Džino 2010, p. 75.
- ↑ Wolfram 1990, p. 256.
- ↑ MacGeorge 2002, p. 39.
- ↑ Martindale 1980, p. 815.
- ↑ Wolfram 1990, p. 261.
- ↑ Martindale 1980, p. 886.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Burns, Thomas S. (1994). Barbarians Within the Gates of Rome: A Study of Roman Military Policy and the Barbarians, Ca. 375-425 A.D. Bloomington, Indiana: Indiana University Press. ISBN 0253312884
- Džino, Danijel (2010). Becoming Slav, Becoming Croat: Identity Transformations in Post-Roman and Early Medieval Dalmatia. Leida: Brill. ISBN 9004186468
- Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1980). The prosopography of the later Roman Empire - Volume 2. A. D. 395 - 527. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press
- MacGeorge, Penny (2002). Late Roman Warlords. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0199252440
- Wolfram, Herwig (1990). History of the Goths. Berkeley, Londres e Los Angeles: University of California Press. ISBN 9780520069831
- The Times History of Europe, Times Books, London, 2001.