Dione juno
Dione juno | |
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D. juno, subespécie huascuma, pousada, sendo possível a observação de suas manchas em prata.
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Classificação científica | |
Nome binomial | |
Dione juno (Cramer, [1779])[1] | |
Sinónimos | |
Papilio juno Cramer, [1779] Agraulis juno Godman & Salvin, [1882] Agraulis andicola Bates, 1864 Agraulis huascuma Reakirt, 1866 Dione miraculosa Hering, 1926[1] |
Dione juno (denominada, em inglês, Juno Longwing[4]; em seu estágio larvar, em português, Lagarta-preta-do-maracujá[5] ou, adulto, Borboleta-do-maracujá)[4] é uma espécie de borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae[1], nativa do México até o Paraguai.[2] Foi classificada por Cramer, com a denominação de Papilio juno, em 1779.[1] Suas lagartas são consideradas praga de algumas espécies de Passiflora.[5][6]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Indivíduos desta espécie possuem as asas moderadamente longas e estreitas, com envergadura de até 90 milímetros[4], e são de coloração laranja[7] mais ou menos claro[8], vistos por cima, com faixa amarronzada, mais ou menos pronunciada, cruzando a parte superior das asas anteriores e outra bem menor, formando uma reentrância logo abaixo e na área frontal da asa.[9][7] Vistos por baixo, sua principal característica é padrão de manchas em prata que resplandecem na luz, principalmente nas asas posteriores.[10][11][12]
Hábitos
[editar | editar código-fonte]Segundo Adrian Hoskins, esta espécie, como outras do gênero Dione, pode ser encontrada em muitos habitats e em qualquer altitude até 2.000 metros, sendo mais comuns em florestas com perturbação antrópica entre 200 e 800 metros; normalmente em áreas ensolaradas, como margens de rios, encostas rochosas ou beiras de estradas. Se alimentam de substâncias mineralizadas do solo e de substâncias retiradas de flores como a Lantana camara.[2][13]
Ovo, lagarta, crisálida e planta-alimento
[editar | editar código-fonte]A lagarta de Dione juno causa danos severos às plantas de Passiflora (Maracujá).[6] Em infestações severas, o dano torna-se muito intenso, podendo ocorrer desfolha total das plantas de maracujá. Dentre as espécies de Passiflora consumidas por suas lagartas, as menos afetadas são P. alata e P. foetida.[5] Os ovos de Dinone juno, inicialmente de coloração amarela, são colocados em grupos de 70 a 140 indivíduos. As suas lagartas, ao eclodirem, passam por quatro cinco estágios no período de 19 a 27 dias até se tornarem indivíduos gregários, em seu último estágio larvar, de coloração marrom-escura, com pequenas manchas amarelas em tons escuros.[6][14] A crisálida é cinzenta em sua coloração.[15]
Subespécies
[editar | editar código-fonte]D. juno possui cinco subespécies:[1]
- Dione juno juno - Descrita por Cramer em 1779, de exemplar proveniente do Suriname.
- Dione juno andicola - Descrita por Bates em 1864, de exemplar proveniente do Equador.
- Dione juno huascuma - Descrita por Reakirt em 1866, de exemplar proveniente do México.
- Dione juno miraculosa - Descrita por Hering em 1926, de exemplar proveniente do Peru.
- Dione juno suffumata - Descrita por Brown & Mielke em 1972, de exemplar proveniente do Paraguai.
Diferenciação entre espécies
[editar | editar código-fonte]As borboletas Dione juno podem ser confundidas com duas outras espécies da mesma subfamília. Diferem de Dryas iulia[16] pela menor envergadura e pela distribuição das manchas alares, em cima; além desta espécie citada não apresentar manchas em prata, em baixo. Diferem de Dione vanillae pelas manchas escuras das asas, em cima e em baixo.
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Fotografia de Dione vanillae ssp. lucina , subespécie encontrada na Colômbia, Equador, Peru e Brasil amazônico, se assemelhando muito com D. juno.[17][18]
Referências
- ↑ a b c d e f g Savela, Markku. «Dione juno» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ a b c Hoskins, Adrian. «Juno Longwing - Dione juno (Cramer, 1779)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ «Dione Hübner, 1819». https://www.itis.gov. Consultado em 27 de julho de 2017
- ↑ a b c PALO JR., Haroldo (2017). Butterflies of Brazil / Borboletas do Brasil, volume 2. Nymphalidae 1ª ed. São Carlos, Brasil: Vento Verde. p. 905-907. 1.728 páginas. ISBN 978-85-64060-10-4
- ↑ a b c Angelini, Marina Robles; Boiça Júnior, Arlindo Leal (Agosto de 2007). «Preferência alimentar de Dione juno juno (CRAMER, 1779) (Lepidoptera: Nymphalidae) por genótipos de maracujazeiro». Revista Brasileira de Fruticultura. vol.29 no.2 Jaboticabal. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ a b c Fancelli, Marilene; Mesquita, Antonio Lindemberg Martins. «Sistemas de Produção Maracujá - Pragas / Pragas do Maracujazeiro». Centro de Informações Tecnológicas e Comerciais para Fruticultura Tropical / EMBRAPA. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ a b Bouton, Bill (31 de maio de 2008). «Dione juno 1.» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 21 de outubro de 2016
- ↑ Warren, Andrew D. (2010). «Dione juno huascuma» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ Warren, Andrew; Stangeland, Mike; Davis, Kim (2009). «Dione juno juno, macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike (2005). «Dione juno huascuma» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ Bouton, Bill (31 de maio de 2008). «Dione juno 2.» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ «Dione juno (Cramer, 1779)» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ Uribe, Ernesto (21 de fevereiro de 2015). «Dione juno» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ Franco, Maria (3 de setembro de 2005). «Dione juno» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ Legal, Luc; Albre, Jerome; Dorado, Oscar (2007). «Dione juno huascuma, crisálida» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ Hillermann, Wolfgang Walz (5 de janeiro de 2011). «Dryas - Dione juno // Quem não conhece pode confundir». Flickr. 1 páginas. Consultado em 21 de abril de 2017
- ↑ Schelling, Joe (27 de novembro de 2011). «Ecuador Butterfly Trip» (em inglês). Natural Moments. 1 páginas. Consultado em 21 de abril de 2017
- ↑ PALO JR., Haroldo (2017). Butterflies of Brazil / Borboletas do Brasil, volume 2. Nymphalidae 1ª ed. São Carlos, Brasil: Vento Verde. p. 904. 1.728 páginas. ISBN 978-85-64060-10-4