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O artigo é tradução da versão anglófona, por sua vez referendada por fontes majoritariamente antipáticas à figura de Néstor Kirchner e à esquerda política. Como resultado, temos um artigo com um viés fortemente crítico, sem o devido espaço para o contraditório. Exemplos de trechos problemáticos:
1 - Na introdução, é dito que Os comentaristas o criticaram pela falta de ativismo legal durante a Guerra Suja, uma questão que se envolveu como presidente. Não se compreende quem são os tais comentaristas e em que contexto ocorreram tais cobranças. Isso é, não se compreende sequer a natureza da crítica.
2 - Na seção "Governador de Santa Cruz" é dito que o número de trabalhadores estatais cresceu de 12 000 para 70 000 durante o governo de Kirchner e que a criação de empregos no setor privado na província foi mínima, e empresas privadas foram embora. As fontes indicadas são uma versão argentina do Antagonista ou Implicante, chamado OPI Santa Cruz, de propriedade de Rubén Lasagno, ex-agente de inteligência da ditadura militar argentina, e um artigo de opinião de Jorge Lanata, do Grupo Clarin, mídia conservadora que foi uma das mais combativas da presidência de Kirchner. Além de não serem fontes independentes, não embasam o que é dito no texto, que fala sobre dados dos governos de Nestor e Cristina - e não apenas da presidência de Nestor Kirchner.
3 - Na seção "Política Econômica", afirma-se que, no governo Kirchner, "apesar da prosperidade financeira, não houve diminuição significativa no número de pessoas que viviam na pobreza, que era de oito a dez milhões de pessoas, ou quase 25% do país. Tal informação é altamente contestável. Conforme o El País, "a pobreza tinha caído pela metade durante o Governo de Néstor Kirchner (2003-2007), de 54% para 27%"[1]. O mesmo diz o Guardian: "A Argentina cresceu a uma média de mais de 8% anuais até 2008, tirando mais de 11 milhões de pessoas da pobreza, em um país de 40 milhões de pessoas."[2]. O desemprego também caiu, de 21,4 para 7,1%, conforme o jornal O Estado de S. Paulo [3].
4 - A seção "Legado" é um disparate. Ao invés de arrolar as contribuições e o efetivo legado de Nestor Kirchner, como a diminuição da miséria, do desemprego e a melhora da situação fiscal da Argentina, a seção se limita a desqualificá-lo, sem citar nada de positivo em seu governo.
5 - Acusações de corrupção nas quais Kirchner foi inocentado, por ao menos dois juízes distintos, ganham excessiva representação no artigo.
6 - Os trechos sobre a anulação da anistia tentam equiparar o terrorismo de Estado cometido pela ditadura argentina com a reação dos grupos de esquerda que passaram a ser sistematicamente perseguidos e executados, sem qualquer contextualização. Dornicke (discussão) 22h05min de 13 de agosto de 2017 (UTC)Responder