Saltar para o conteúdo

Discussão:Partido Comunista do Brasil/Arquivo/1

O conteúdo da página não é suportado noutras línguas.
Adicionar tópico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Último comentário: 21 de janeiro de 2012 de 189.83.113.31 no tópico tá faltando algo:

Primeira revisão

[editar código-fonte]
  • Foi retirado toda a parte "Controvérsias" por não constituir valor enciclopédico algum. Além de comprometer a imparcialidade.
  • Sai do embroglio da discussão de quem veio primeiro, e opto pela origem em comum de ambos os partidos, e dando destaque à ruptura dada em 1962. Portanto, tratam-se do mesmo partido, que em 1962 se tornam dois. Nada de contraditório e creio que resolvendo de uma vez a dúvida. (afinal, para valores enciclopédicos, não importa quem levanta o título de originalidade, mas sim elementos para que o leitor possa tomar suas decisões com base nos fatos e argumentos).
  • Uma repaginada na forma que foi escrito, preservando alguns elementos originais, principalmente a questão Nikita e Guerrilha do Araguaia. ENtretanto, tirando a avaliação dada ao tamanho do PCdoB e trazendo para a realidade brasileira o que aconteceu com a crise dos partidos comunistas em todo o mundo após a queda do muro de Berlim.
  • Porém, creio que ainda necessita de mais revisões. Pois trata-se de um partido com vasta história e que certamente não foi ainda colocada nessa enciclopédia, comprometendo assim até mesmo a história do Brasil desta.

Michael Genofre 05:40, 10 Dezembro 2005 (UTC)

Parabéns pelas suas edições, o verbete está com uma qualidade bem maior. No entanto, discordo da remoção da seção controvérsias. Elas realmente existem, o PCdoB não é mais visto como um partido que sirva às etapas revolucionárias por setores intelectuais brasileiros, do mesmo jeito que o PT vem caindo em descrédito desde a coligação com o PL. A wikipédia deve ter todos os posicionamentos em relação a um mesmo tema. Vou re-inserir o trecho removido até o mesmo ser re-escrito ou por mim ou por você, pode ser?--Cachorrinho está latindo lá no fundo do quintal 15:08, 10 Dezembro 2005 (UTC)

Ainda assim, fica imparcial

[editar código-fonte]

Caro Lugusto.

Discordo, na questão controvérsias, convosco. Da forma que está, nem mesmo o espírito de imparcialidade da Wikipédia e nem mesmo as opiniões sobre o PCdoB ficam satisfeitas. A Wikipédia não se propõe comentar opiniões e nem mesmo formá-las, mas sim apresentar elementos que auxiliem na pesquisa de todos, esses sim, que devem ter todas as opiniões. Por isso, optei em retirar pela primeira vez toda essa parte, pois além de comprometer o valor enciclopédico do artigo, ainda assim acaba abrindo uma discussão que não deve existir nos artigos da wikipédia, mas sim em fóruns da própria internet.

Porém, o senhor apresentou uma proposta que considerei interessante. A de re-editar essa parte ao invés de simplesmente suprimí-la. Mas, porém, alerto que apresentar num artigo o próprio sub-tema "controvérsias" inevitavelmente irá se abrir uma discussão sobre o PCdoB, e não sobre o que é esse partido e como se deu a sua história. Além disso, a opinião se representa ou não o proletariado, se está com ou sem créditos, muda sensivelmente dependendo o setor intelectual que estará analisando. Quanto mais anti-comunista este for, maior será o discrédito, e, em igual proporção, quanto mais próximo for o simpatizante ou mesmo intelectual filiado ao PCdoB, maior será o valor desse partido.

Por fim, eu mesmo, que sou filiado a esse partido, em todo o momento em que iniciei a re-edição desse artigo, busquei ser o mais imparcial possível e me apegando única e exclusivamente aos fatos, e não as interpretações deste. Pois qualquer análise que eu fizesse sobre apoios ou controvérsias, iriam, inevitavelmente, por minha parte, incorrer em parcialidade, fugindo portanto do espírito da wikiédia.

Eu topo re-editar a parte "controvésias", bem como todo o artigo se for o caso, com o maior prazer com vossa pessoa, porém, até lá, vamos retirar essa parte para que escrevamos outras coisas de maior valor. Eu estou pesquisando mais sobre a história do PCdoB e pretendo deixar esse artigo mais completo.

Feliz 2006 e espero que esse artigo seja construtivo para mim, sua senhoria, e todos os usuários da wikipédia que irão buscar aqui uma fonte de conhecimento. Michael Genofre 07:03, 29 Dezembro 2005 (UTC)

Eu concordo com sua última edição. Era um texto mais noticioso do que enciclopédico. --Patrick msg 11:51, 29 Dezembro 2005 (UTC)

Proposta de revisão

[editar código-fonte]

Bem pessoal... Marx dizia que para entender a Alemanha primeiro foi preciso sair dela. Nunca fui do PCdoB, nem mesmo simpatizante da "causa". Mas acompanhei, até por necessidade, sua "evolução" ao longo dos processos mundiais de queda da maioria dos regimes comunistas - bem como até a chegada na atual "versão" da história do Partido - justamente a que hoje temos no verbete.

Assim como o PCdoB sustenta nunca ter sido stalinista, a verdade é que foi, sim - a menos que todos os periódicos existentes da Abertura política até o presente sejam destruídos, mortos todos os historiadores, enfim, que Stálin ressuscite - isto não pode ser omitido. Proponho, no item da história do Partido, o seguinte teor (a ser, evidentemente, trabalhado, modificado, ampliado, para figurar no verbete):

O Partido Comunista do Brasil - com sigla PCdoB e número eleitoral 65 - é um partido político brasileiro de esquerda.
Histórico
Fundado em 23 de maio de 1985, o PCdoB reúne diversos membros da esquerda que, durante os anos da ditadura militar brasileira, atuaram na clandestinidade.
Oriundo de uma das muitas dissidências havidas dentre as correntes do comunismo, o Partido seguia, quando de sua fundação, uma linha stalinista, tendo como único referencial no mundo o ditador da Albânia, Enver Hoxha.
Entretanto, como preconizam seus estatutos, o Partido diz ser oriundo do Partido Comunista do Brasil (PCB), fundado em 25 de março de 1922 e registrado como PC-SBIC (Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista). Seria, portanto, e considerando-se os períodos em que o comunismo foi ilegal no Brasil, a agremiação política mais antiga do país.
De fato, quando da tentativa de abertura promovida na URSS por Nikita Krushchev, em 1960, e a ruptura deste país com a China, as correntes comunistas do planeta dividiram-se entre os revisionistas e os stalinistas. Até 1978 os seguidores do Partido, então em plena clandestinidade, tinham na figura do líder Mao Tse-tung um referencial ideológico mas, neste ano, a China abandona as diretrizes da Revolução cultural levada a cabo por seu líder até sua morte, dois anos antes. A Albânia torna-se o último bastião do stalinismo no mundo. O PCdoB passa a considerar aquele país como o único a manter-se fiel aos seus pressupostos ideológicos.
De 78 até a morte de Hoxha, em 1990, a única relação externa da Albânia dava-se com esta agremiação. O presidente do PCdoB, João Amazonas, praticamente desconhecido no Brasil, era tratado como grande personalidade naquele país.
A legalização do partido coincide com a morte do Hoxha e, num processo que se insere na derrocada das ditaduras comunistas do leste europeu, no início dos anos 90, a Albânia passa por sérias crises internas, uma grande fuga de nacionais e lutas, expondo de forma crua e inequívoca as mazelas do regime.
Seguindo esta tendência revisionista, o PCdoB vê-se forçado a apresentar uma nova roupagem, para apresentar-se politicamente. Promove a reescrita da sua história, negando o passado stalinista, bem como qualquer referência a sua ligação com a nação albanesa sob Enver Hoxha.
Assim, após o final do sistema socialista-comunista na maioria dos países, a cúpula partidária optou por seguir o modelo chinês, em vez do cubano (últimos referenciais, no mundo), sem contudo internamente promover grandes alterações.
Algumas características stalinistas, então, permanecem, como:
  • Centralismo das decisões – a cúpula partidária determina as posições a serem adotadas.
  • Intolerância com qualquer dissidência – as decisões partidárias são consideradas infalíveis, e qualquer dissidência não é tolerada.
  • Culto à personalidade – os seus ícones continuam sendo venerados internamente.
  • Pragmatismo – os fins justificam os meios, o que equivale dizer que, mesmo sendo um partido instituído sob as regras da democracia, luta para implantar a chamada “ditadura do proletariado”.

Finalizando, proponho ainda um período de votação, de 15 dias, antes de ser feita a alteração - após o qual o verbete será alterado para a nova versão. Início: 23 de maio de 2006; Final: 8 de junho.

Conhecer 19:02, 23 Abril 2006 (UTC)

Apoiado. Muito bom, melhorará muito este artigo acrescentando fatos mais objetivos e relevantes. Por mim, pode ir em frente.200.213.43.30 05:41, 27 Junho 2006 (UTC)

Tem muito para mexer ainda. Amigos, há artigos ruins no Wikipedia, e artigos muito bons. Vamos juntos construir um artigo bom?

Tomei a liberdade de fazer uma análise geral do artigo, que pela complexidade do tema, é muito difícil de apresentarmos ao leitor uma visão completa e ser eventuais omissões ou exageros. Ressalto que também coloquei em discussão o artigo PCB, que também está muito parcial, e é impossível falar do PCdoB sem fazer uma ligação remota com a fase anterior a 1958-62. Inclusive devemos colocar que o PCdoB reinvindica ser o autêntico partido fundado em 1922 (assim como também o PCB e o PPS), e que a história anterior do partido apresenta uma anterioridade.

Concordo com o Michael que a melhor forma de resolver é mesmo aceitar a origem comum de ambos os partidos e começar a história pela ruptura de Khrushchev, desde que ressaltando que fatos anteriores são relatados no artigo "PCB". Afinal, Diógenes Arruda e João Amazonas não surgiram apenas em 1962, mas eram membros da cúpula do partido nos anos 50 (o "núcleo duro"). Aliás, todo o comitê central do PCB (exceto o Prestes) acabaram seguindo para o PCdoB.

Quanto à situação das "Controvérsias" (na realidade, apenas duas: a origem do partido e sua relação com o stalinismo) acho melhor situá-las na apresentação do artigo, e nas decisões internas tomadas pelo partido durante a década de 90, afastando-se discretamente da herança stalinista.

Particularmente, eu não gostaria que se colocasse o número do partido no artigo (ou até mesmo essa questão engraçada do "24"), pois acho que nosso compromisso é com a história, e não com os termos da Justiça Eleitoral.

Apesar do Michael ser filiado ao PCdoB, não achei que o artigo esteja carregado de parcialidade. Pelo contrário, tornar um artigo imparcial é relativamente simples. É só moderar em termos como "fiel a suas origens revolucionárias", "repressão mais selvagem da ditadura", "gloriosa jornada", que o artigo já começa a perder seu caráter panfletário e torna-se científico.

O Michael já deve ter percebido que o artigo original estava ainda bastante incompleto. Não havia menção à linha albanesa do partido (o que poderia dar a idéia que o PCdoB ainda seja maoísta), a fusão com a APML, o massacre da Lapa, a infiltração dentro do PMDB, o jornal A Classe Operária e a revista Princípios, a cisão do PCR e a Ala Vermelha, etc. O próprio João Amazonas foi citado apenas em uma lista de principais líderes, o que poderia dar a idéia que ele ainda esteja vivo e atuante. Precisa ainda completar muita coisa!!!

Um detalhe importante: no momento em que o artigo fala sobre a história de um partido, temos que nos lembrar que todas as interpretações posteriores sobre esse passado não contam. Deve-se seguir apenas a seqüência dos fatos. Se consideraram depois que um erro foi cometido, então que se refira a isso depois, e não no passado. Entendido?

Sobre a revisão do André, não há dúvida que ela buscou resolver uma série de questões importantíssimas sobre o partido (que não poderiam ser deixadas de lado), mas vi algumas informações que poderiam trazer imprecisão ao leitor.

  • Apresentar 23.maio.1985 como data de fundação poderia dar a idéia que o PCdoB surgiu ou foi recriado naquela data, enquanto foi apenas sua legalização.
  • A descrição de um partido "reúne diversos membros da esquerda que, durante os anos da ditadura militar brasileira, atuaram na clandestinidade" cabe perfeitamente ao PT, mas o PCdoB não. Ele, de fato, é um partido monolítico (sem tendências), marxista e leninista, como no original.
  • A frase "a única relação externa da Albânia dava-se com esta agremiação" também poderia ser mal-interpretada, dando a entender que o PCdoB era o único partido hoxhista do mundo. Mas existiam outros.

(além disso, a relação PCdoB-Albânia constou 3 vezes no texto; só precisa uma)

  • O caos da Albânia na década de 90 foi bem posterior à queda do comunismo. Convém não incluir essa referência.
  • Outra coisa, o PCdoB jamais seguiu uma tendência revisionista (aliás, por esse ser um termo polêmico, é preciso cuidado ao usá-lo). A revisão dá a entender que o partido retornou ao modelo chinês, enquanto na verdade não seguiu mais nenhum modelo.

Em 1992, o PCdoB apenas elimitiu Stalin como "quarto clássico" e criticou o culto à personalidade e outros excessos, mas não de uma forma muito veemente, o que torna difícil afirmar que o partido seguiu mesmo a desestalinização.

  • As 4 características stalinistas são um resumo perfeito, mas convém deixá-lo no verbete stalinismo, que é bem completo.

Leandro Deon 19:40, 15 Julho 2006 (UTC)

Segunda Proposta de revisão

[editar código-fonte]

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) é um partido político brasileiro, baseado ideologicamente nos princípios do marxismo-leninismo, com expressão nacional e forte penetração nos meios sindicais e estudantis.

Originário de uma cisão do Partido Comunista Brasileiro (até 1960, Partido Comunista do Brasil), o PCdoB reivindica ser o legítimo herdeiro do partido fundado em em 25 de março de 1922, o mais antigo em funcionamento no Brasil. Atualmente, faz parte da base de sustentação do governo Lula.

História do PCdoB

A crise da desestalinização (1956-1962)

A cisão partidária que deu origem ao PCdoB começou a formar-se ainda em 1956, quando chegaram ao Brasil as primeiras notícias sobre o Relatório Secreto que denunciava o "culto à personalidade" de Stalin na URSS.

As denúncias feitas por Nikita Khrushchev sobre os crimes praticados na URSS acabaram levando, em 1957, ao afastamento de alguns dos principais dirigentes do partido, acusados de adotarem uma prática similar ao stalinismo dentro do PCB. No entanto, a principal liderança do partido, o secretário-geral Luís Carlos Prestes (fiel a Moscou e acusado até então de seguir uma versão local do "culto à personalidade") foi mantido à frente do partido.

Os dirigentes afastados, Diógenes Arruda, João Amazonas e Maurício Grabois, iniciaram um movimento junto às bases do partido, denunciando a nova direção por "revisionismo", e se opondo à Declaração de Março (de 1958), em que o PCB admitia pela primeira vez a via eleitoral para a implantação do socialismo. Em 1960, os três ex-dirigentes foram expulsos do PCB (que naquele ano passou a chamar-se Partido Comunista Brasileiro).

Ao grupo original liderado por Grabois, uniram-se posteriormente Pedro Pomar e Angelo Arroyo (também egressos do PCB), o que levou à refundação, em 18 de fevereiro de 1962, em São Paulo, do Partido Comunista do Brasil, com a sigla PCdoB. O novo grupo restabeleceu o programa partidário definido por seu 4º congresso e reativou o jornal A Classe Operária (que havia sido suprimido pelo PCB). Suas principais áreas de atuação estavam nos estados de São Paulo, Guanabara, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

A influência do maoísmo (1962-1969)

Enquanto o PCB procurava abandonava a figura de Stalin, o PCdoB manteve o ex-líder soviético como uma de suas referências teóricas (ao lado de Marx, Engels e Lenin). Foi também na mesma época que a crise sino-soviética atingiu seu auge, com a contestação pelo líder chinês Mao Zedong do processo de desestalinização em curso na URSS, ao qual acusou de sérios desvios "oportunistas" e "reformistas".

Procurando manter-se fiel ao stalinismo retomado pelos dirigentes chineses, o PCdoB enviou emissários à Pequim para formalizar a vinculação ideológica com os princípios maoístas da Partido Comunista chinês. A partir de então, o partido passou a considerar apenas a China Popular e Albânia como países comunistas, e que os demais tinham retrocedido a um caminho revisionista.

O conceito maoísta de revolução incluía também a guerra popular prolongada, exigindo do partido a formação de um exército camponês a medida que estabelecia instâncias locais do poder revolucionário. Essa visão contrastava com as táticas do PCB (contrário à luta armada) e de grupos como a ALN e o MR-8 (ambas dissidências do PCB), que priorizavam a guerrilha urbana como forma de combater o governo militar estabelecido em 1964.

Apenas em 1966 (em seu 6º Congresso), o PCdoB aderiu definitivamente ao maoísmo, o que o isolou dos demais partidos e grupos da esquerda comunista. Em 1968, o PCdoB sofreu duas cisões: a Ala Vermelha do PCdoB (foquista) e o Partido Comunista Revolucionário (PCR).

A Guerrilha do Araguaia (1969-1976)

Ver artigo principal: Guerrilha do Araguaia

Desde 1966, o PCdoB maoísta buscava a formação de um núcleo de guerrilha no campo. A área escolhida para a irradiação do seu exército camponês foi a região sul do Pará, próximo à divisa com Tocantins. Estima-se que o partido reuniu de 70 a 80 guerrilheiros na área, sob o comando do ex-militar Osvaldo Orlando da Costa (Osvaldão).

Mas a maior parte dos efetivos da coluna guerrilheira do PCdoB era composta por estudantes secundaristas ou universitários, organizados em torno da União da Juventude Patriótica (UJP, braço juvenil do partido), profissionais liberais e operários vindos principalmente de São Paulo e Minas Gerais.

A guerrilha nunca chegou a entrar em formação. Em 1971, o Exército descobriu a localização do núcleo guerrilheiro e mobilizou tropas compostas por 5 mil soldados para isolar a área e destruir a guerrilha, impedindo que sua atuação se alastrasse em direção ao norte. As operações de repressão à guerrilha tiveram inicío em 1972 e os últimos focos de resistência foram debelados dois anos depois. A maior parte dos guerrilheiros comunistas morreu em choque com as forças do Exército, incluindo Osvaldão e Maurício Grabois.

A reorganização do PCdoB (1976-1986)

Desde o final da década de 60, a Ação Popular Marxista-Leninista (APML), um grupo oriundo da esquerda católica, tinha adotado a ideologia maoísta e se aproximado do PCdoB. A fusão dos dois grupos foi realizada em 1975, quando ambos abandonaram a luta armada.

No entanto, em 16 de dezembro de 1976, uma operação militar do Exército metralhou uma casa situada no bairro paulista da Lapa, que era utilizada como "aparelho" pelo Comitê Central do PCdoB. Nesta operação, foram mortos os dirigentes Pedro Pomar e Angelo Arroyo, e presos Wladimir Pomar (filho de Pedro), Aldo Arantes e Haroldo Lima (os dois últimos egressos da APML). Anos mais tarde, se soube que a operação contou com a ajuda de um delator, o dirigente do PCdoB Manoel Jover Teles (ex-PCB e ex-PCBR), expulso do partido em 1983.

Dessa forma, com a perda da maior parte dos seus quadros entre 1974 e 1979 (Diógenes Arruda morreria nesse ano), restou apenas a liderança individual de e João Amazonas, que na ocasião da chacina da Lapa se encontrava na Albânia. Foi nesse período que o PCdoB rejeitou totalmente a liderança chinesa pós-Mao e reconheceu apenas a Albânia de Enver Hoxha como último baluarte do stalinismo.

Mas a adoção da linha albanesa não significou uma radicalização do partido. Foi nessa época que o PCdoB, atuando através do MDB, de oposição ao governo militar, adotou a tese da via parlamentar (já seguida pelo PCB), elegendo seus primeiros deputados sob a clandestinidade em 1978.

Os anos que se seguiram à concessão da Anistia, em 1979, também foram bastante favoráveis à penetração do PCdoB no sindicalismo, aderindo em 1983 à Conclat, de oposição à CUT (que era ligada ao PT). Em 1981, foi criada a revista Princípios.

Além do sindicalismo, o PCdoB também começou a ter forte atuação nas organizações estudantis, passando a dominar a recém-reorganizada UNE em 1979, com Aldo Rebelo. Dois anos depois, o PCdoB reorganizou o seu braço juvenil, com a criação da União da Juventude Socialista (UJS). A UJS só perdeu a hegemonia sobre a UNE no biênio 1987-1988.

Em 1984, o PCdoB integrou-se ao movimento das Diretas Já (formado por todos os partidos de oposição), e no ano seguinte orientou seus deputados eleitos pelo PMDB a votarem em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, o que foi decisivo para a redemocratização e a legalização do partido em maio de 1985.


Crise e adoção do novo programa (1986 a 1994)

Nas eleições para a Constituinte de 1986, o PCdoB elegeu seis deputados federais, incluindo Haroldo Lima e Aldo Arantes (três destes originalmente pela legenda do PMDB, com o qual era aliado).

Mas a crise social e econômica que se seguiu ao Plano Cruzado (1987) levou o PCdoB a abandonar a política moderada dos anos anteriores. Em seu lugar, buscou uma aproximação cada vez maior com o PT, que se deu com a adesão dos sindicalistas do partido à CUT e, em 1989, com o apoio à candidatura (derrotada) de Lula à presidência (que se repetiria nos pleitos de 1994, 1998 e 2002).

Junto com o PT, o PCdoB fez oposição acirrada ao governo Fernando Collor, até a votação do seu afastamento, em setembro de 1992. Nessa ocasião, destacou-se o presidente da UNE, Lindbergh Farias (então militante do partido).

Porém, paralelamente, o movimento comunista começou a perder suas referências externas. Em 1990, um ano após a queda do Muro de Berlim, também o regime albanês desmoronou. E o principal reflexo dessas mudanças foi a decisão do PCdoB, no seu 8º congresso, em 1992, de desvencilhar-se da figura de Stalin como um dos "clássicos" do marxismo.

Essa decisão abriu o partido a tendências mais variadas dentro do movimento comunista, e permitiu, por exemplo, que o PCdoB reconhecesse Cuba como um governo socialista, admitindo (em 1995) a pluralidade de vias para o socialismo. O partido também foi convidado a fazer parte do Foro de São Paulo (fundado em 1990), reunindo as agremiações de esquerda do continente.

Crescimento partidário (desde 1998)

Desde o pleito de 1994, o PCdoB passou a atuar como aliado permanente do PT na maioria dos estados, dependendo de alianças regionais para a eleição de sua bancada na Câmara federal (5 deputados em 1990; 10 deputados em 1994). Em 2000, o PCdoB elegeu a sua primeira primeira prefeita, Luciana de Oliveira Santos, de Olinda.

Desde 2001, com a morte de João Amazonas, o PCdoB passou a ser presidido por Renato Rabelo (ex-militante da AP).

A oposição acirrada do partido às privatizações das estatais e as mobilizações antiimperialistas (contra os Estados Unidos) trouxeram um grande aumento do número de militantes do PCdoB e o aumento da bancada federal de 12 deputados em 2002, no mesmo ano da vitória de Lula para a presidência. Muitos novos militantes não tinham passado comunista, o que ajudou a mudar o perfil do partido em várias unidades da federação.

Com a posse de Lula, o PCdoB pela primeira vez ocupou um ministério no governo federal, com Agnelo Queiroz (pasta dos Esportes), ampliado em 2004, com a indicação de outro deputado, Aldo Rebelo, para a Coordenação Política do governo (que deixaria no ano seguinte para voltar ao Congresso e ser eleito o primeiro presidente comunista da Câmara dos Deputados). O PCdoB também conseguiu firmar sua participação no Senado, com a filiação do senador Leomar Quintanilha (ex-PMDB).

Em 2006, o PCdoB formalizou sua participação da aliança pela reeleição do presidente Lula.


Leandro Deon 00:39, 16 Julho 2006 (UTC)

Amigos, chegou a hora de mudar.

Hoje mesmo um usuário observou um erro grave no artigo (em que dizia que o PCdoB era pequeno em relação ao PCB, quando sabemos que é contrário). Então, como ninguém mais se pronunciou (talvez por falta de interesse), vou seguir o conselho do Conhecer, de colocar a minha proposta fundida com as contribuições corretas do artigo atual, tornando o verbete mais completo e preciso, reunindo TODAS as informações já postadas no artigo e na discussão. Senão, teremos que sempre estar corrigindo o que já sabemos e chegamos ao consenso de mudar. Já! --Leandro Deon 00:21, 10 Agosto 2006 (UTC)

  • Apoiado! Quero observar, en pasant, que este partido, seguindo as normas eleitorais brasileiras, estará com certeza disputando sua última eleição - não devendo fazer o mínimo de votos necessários para a sua sobrevivência, em 2006. Deverá, portanto, tornar-se mais uma das facções que dormitam dentro do Pt. Conhecer Digaê 03:29, 10 Agosto 2006 (UTC)

Obrigado, André. Agora ficou um artigo razoável. --Leandro Deon 22:53, 10 Agosto 2006 (UTC)

Eu estou colocando uma seção que fala sobre possíveis casos de corrupção no partido.Eu li um comentario de um usuário anonímo na discussão sobre o partido dos trabalhadores.ele comentou que todos os artigos sobre partidos deveriam ter uma seção qu falasse de corrupção.Naquele momento só o PT tinha esse tipo de seção. Eu estou tentando adicionar isso em todos os artigos sobre os partídos politícos sem comprometer a imparcialidade do texto.EUu vi que reverterão uma seção sobre corrupção.Eu vou citar as minhas fontes de informação.Sou neutro em questão de politíca.Der kenner 21:09, 18 Dezembro 2006 (UTC)

Um usuário anônimo apagou a seção de corrupção que eu coloquei e não deixou um comentario na página de discussão, explicando por que ele fez isso. por favor senhor anônimo, explique por que voçe fez isso. Der kenner 17:48, 23 Dezembro 2006 (UTC)

Alterações outras

[editar código-fonte]

Obedecendo às regras da Wikipédia, retirei o estatuto do PCdoB. Quem quiser lê-lo, pode ir ao sitio do partido. Não devemos colar textos aqui. Além disso, o texto adjetiva muito, principalmente ao comentar posições do outro PC, o chamando de oportunista. Logo, é um artigo particial.

Abraços.



Revisionistas

[editar código-fonte]

Há um problema, ainda que compromete a parcialidade, quando o artigo nomeia como revisionistas o grupo que ficou no PCB. Sugiro que o termo seja suprimido.


--Cmrd. Motinha 19:08, 4 Janeiro 2007 (UTC)

Restauração

[editar código-fonte]

Esta página teve restaurada sua versão de 21 de Novembro de 2006 pois a atual versão, além de violar o princípio da imparcialidade, era essencialmente uma cópia da linha temporal presente no site do PCdoB, o que constitui uma violação da política da Wikipedia (direitos autorais).

Assim, retoma-se a edição do artigo anterior a sua substituição por esta linha temporal, evitando tornar um artigo de tal importância elegível para eliminação. Peço àqueles que editem a página que observem mais estritamente os princípios da Wikipedia, de modo a evitar tais problemas.

Proprostas defendidas

[editar código-fonte]

Amor

Fundação e ideológia

[editar código-fonte]

A fundação do PCdoB, segundo o seus documentos oficiais, é 25.03.1922. O PCdoB se diz marxista-leninista. Comunismo não expressa, com perfeição, a ideologia, já que existem os maoistas, trotkistas etc. Mentecapto (discussão) 14h14min de 10 de julho de 2009 (UTC)

Parcialidade em alguns trechos

[editar código-fonte]

A seção "Ficando por dentro do PCdoB" está muito parcial.Olhe só como começa: O Partido Comunista do Brasil, fundado em 25 de março de 1922, reorganizado em 18 de fevereiro de 1962 e legalizado, na fase atual, em 27 de maio de 1985, é o partido político da classe operária e do conjunto dos trabalhadores brasileiros, fiel representante dos interesses do povo trabalhador e da nação.

Querem mais parcialidade que isso?E verão que a seção inteira está parcial. Pedroca cerebral Fala-Faço 20h22min de 26 de abril de 2011 (UTC)

Removi a seção inteira por ser proselitista e propagandista, e por repetir sem fonte alguma conteúdo já presente em outros trechos do artigo. RafaAzevedo disc 14h51min de 19 de junho de 2011 (UTC)

tá faltando algo:

[editar código-fonte]

e orlando silva?189.83.113.31 (discussão) 17h46min de 21 de janeiro de 2012 (UTC)