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Dolores de Gortázar

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Dolores de Gortázar
Dolores de Gortázar
Nome completo Dolores de Gortázar Serantes
Nascimento 1872
León
Morte 9 de abril de 1936 (64 anos)
Progenitores Pai: Carlos Gortázar del Campillo
Cônjuge Francisco de Pol
Ocupação Escritora
Jornalista
Professora
Religião Católica

Dolores de Gortázar (León, 1872 - 9 de abril de 1936) foi uma professora, jornalista e escritora carlista, focada na defesa das tradições católicas e monárquicas. Também foi uma feminista conservadora, defendia que as mulheres deveriam receber uma educação moralista, e ter maior participação na política, para que pudessem lutar pela pátria e transmitir valores católicos e morais no seio familiar.[1][2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Gortázar nasceu em 1872, em León, como filha de Carlos Gortázar del Campillo. Estudou no colégio das Carmelitas de León. Publicou sua primeira poesia em 1882, com apenas 10 anos de idade, intitulado La crónica de León. Casou-se aos 15 anos de idade, com Fernando Valcárcel Saavedra, com quem teve uma filha; tornou-se viúva em 1895. Se qualificou como professora superior, em Léon; e como professora do normal no ano de 1903, em Burgos. Enquanto trabalhava como professora, escrevia romances, poemas e contos. Em 1901, publicou a tradução do latim para o espanhol, da obra de Horácio, a Arte poético. Em 1910, casou-se com Francisco de Pol.[1][3][4]

Por acreditar que a maioria das obras publicadas eram nocivas, criou a editora Editorial Cantabria, onde publicava obras literárias moralistas de baixo custo. Sua primeira obra deste gênero foi publicada em 1911, com o título El Cristo de la Roca, que defendia a tradição católica.[1][5]

Trabalhou como jornalista, escrevendo artigos para diversos jornais espanhóis. Fundou uma escola infantil chamada Cuatro Caminos; uma Academia Obrera, para melhorar a formação de trabalhadores; e o Centro Nacional de Educación e Instrucción, para formação de meninas. Foi diretora da revista feminista católica Roma; também foi líder de um grupo feminino tradicionalista chamado Margaritas Madrileñas; e presidente honorária do Círculo Carlista de Madrid.[1][2][3][5][6]

Gortázar faleceu em 9 de abril de 1936.[2]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • 1882 - La crónica de León.[3]
  • 1890 - Devoción a Jesús.[3]
  • 1895 - Margarita: juguete cómico en un acto y en verso.[7]
  • 1898 - Nimias: poesías.[7]
  • 1901 - Arte poético, de Horacio. (tradução).[3]
  • 1902 - El misterio de la Encarnación del Hijo de Dios.[3]
  • 1902 - Vida de Santa Francisca Romana, viuda de Ponciano (biografia).[3]
  • 1911 - El Cristo de la Roca.[7]
  • 1924 - La  Roca  del  Amor.[7]
  • Aventuras cortesanas.[3]

Referências

  1. a b c d Camino, Alejandro (2021). «Crítica religiosa y género en la obra literaria de la carlista Dolores de Gortázar (1895-1925)». Espacio, tiempo y forma. Serie V, Historia contemporánea (33): 167–186. ISSN 1130-0124. Consultado em 13 de julho de 2024 
  2. a b c Necrologia: Doña Dolores de Gortazar Serantes. Periodico La Vida en Madrid, 9 de abril de 1936. Biblioteca Nacional de España.
  3. a b c d e f g h i Gómez, Carmen Ramírez (2000). Mujeres escritoras en la prensa andaluza del siglo XX (1900-1950) (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Sevilla 
  4. «La Ilustración Nacional : revista literaria, científica y artística: Año XXII Número 15 - 1901 junio 30». Biblioteca Virtual de Prensa Histórica. Ministerio de Cultura y Deporte. (em espanhol). 2003. Consultado em 13 de julho de 2024 
  5. a b Delrue, Elisabeth (2023). «Transición de la tradición a la modernidad en La amiga íntima (1908) de María del Pilar Sinués, Visión de vida (1909) de Magdalena Santiago Fuentes y El Cristo de la Roca (1911) de Dolores de Gortázar Serantes». Éditions Orbis Tertius: 45–84. ISBN 978-2-36783-290-6. Consultado em 13 de julho de 2024 
  6. Hoyos, Francisco (12 de julho de 2024). «¿Hubo feminismo católico antes de la guerra civil?». Diario de León (em espanhol). Consultado em 13 de julho de 2024 
  7. a b c d Gortázar Serantes, Dolores de (1872-1936). Biblioteca Digital Hispánica. (em espanhol).