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Ecologia genética

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A ecologia genética é o estudo da expressão e transferência de material genético entre organismos de um ecossistema.[1] Em geral, o material genético permanece dentro dos organismos. Porém, o material genético tem a capacidade de ser captado por vários organismos que existem num meio abiótico por meios naturais, como as transferências horizontais de genes.[2] Deste modo, este campo de estudo centra-se na interacção, intercâmbio e expressão do material genético entre espécies filogeneticamente distantes, que ocorre no solo, aquíferos, tractos gastrointestinais e outros ambientes. Portanto, a ecologia genética é o estudo da transferência de genes nos ecossistemas e das suas causas.

Outro aspecto ao qual se aplicou o termo ecologia genética foi o estudo das interações de determinantes genéticos específicos (genes) com o seu ambiente. Poderia utilizar-se esta disciplina para alterar "in situ" a abundância e expressão de genes numa comunidade microbiana para controlar assim processos ambientais, como a degradação de substancias poluentes orgânicas ou a eliminação de metais pesados.[3]

  1. Kellenberger, E. (15 de maio de 1994) "Genetic ecology: a new interdisciplinary science, fundamental for evolution, biodiversity and biosafety evaluations" Experientia vol50:5 pp. 429–437 DOI: 10.1007/BF01920741
  2. Lederberg, J. (1994) The Transformation of Genetics The Rockefeller University, New York, New York
  3. Olson, B.H., Goldstein, R.A. (1991). Applying Genetic Ecology to Environmental Management. In: Vaheri, A., Tilton, R.C., Balows, A. (eds) Rapid Methods and Automation in Microbiology and Immunology. Springer, Berlin, Heidelberg. pp 451–462. https://doi.org/10.1007/978-3-642-76603-9_55.