Edwina Booth
Edwina Booth | |
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Nome completo | Josephine Constance Woodruff |
Nascimento | 13 de setembro de 1904 Provo, Utah, Estados Unidos |
Nacionalidade | norte-americana |
Morte | 18 de maio de 1991 (86 anos) Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos |
Ocupação | atriz |
Atividade | 1928-1932 |
Cônjuge | Anthony Shuck (anulado) Urial Leo Higham (1951-1957; morte dele) Reinhold L. Fehlberg (1959-1984; morte dele) |
Edwina Booth (13 de setembro de 1904 - 18 de maio de 1991) foi uma atriz de cinema estadunidense que iniciou sua carreira na era do cinema mudo, alcançando a era sonora. Ela se tornou conhecida pelo filme de 1931, Trader Horn, durante o qual adquiriu malária, o que efetivamente causou o fim de sua carreira cinematográfica. Atuou em 7 filmes entre 1928 e 1932, retirando-se da vida cinematográfica.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascida Josephine Constance Woodruff em Provo, Utah, era filha do médico James Lloyd e de Josephine (Booth) Woodruff, a mais velha entre cinco filhos. Era doentia desde a infância, e teve dificuldades, devido a isso, para freqüentar a escola.[1]
Sua breve carreira cinematográfica começou em 1928, com o filme dirigido por Dorothy Arzner, Manhattan Cocktail. Ela estava de férias, seguindo uma peça teatral em 1927, quando o cineasta E. Mason Hopper a viu e lhe ofereceu um papel num filme de Marie Prevost. A Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) ficou impressionada com seu trabalho e a colocou em pequenos papéis coadjuvantes. Sua chance para o estrelato veio quando o estúdio lançou seu novo épico de selva, Trader Horn, estrelado por Harry Carey. A produção recebeu um orçamento bastante grande e enviou o elenco e a equipe para o leste da África.
Até 1929, os únicos filmes feitos diretamente na África eram Literatura de viagem, mas a MGM esperava que a ideia da “filmagem em locação” pudesse incrementar o apelo commercial para o filme.[2] O cast era, porém, inexperiente e mal equipado para filmar na África, um problema agravado pela decisão da MGM na última hora, de fazer o filme com som.
Além de lidar com o calor e os insetos, Booth contraiu malária durante as filmagens.[3] (Em uma entrevista com Dick Cavett, nos anos 1970, Katharine Hepburn disse que Booth contraiu esquistossomose). Seu papel como "The White Goddess", no filme, exigia cenas seminuas, provavelmente aumentando sua susceptibilidade. A produção durou vários meses (muito mais do que tempo de produção média naqueles dias), e o filme não foi lançado até 1931. Apesar dos muitos problemas com a produção do filmes[2] Trader Horn foi um sucesso, chegando a ser indicado para o Oscar de melhor filme,[4] que acabou sendo vencido por Cimarron naquele ano.
Booth demorou 6 anos para se recuperar fisicamente. Ela processou a MGM em mais de 1 milhão de dólares,[5] alegando que ela tivera proteção inadequada e roupas inadequadas durante as filmagens na África.[6] Ela alegou ter sido forçada a tomar banho de sol nua por períodos prolongados durante as filmagens. O caso recebeu muita atenção nos tablóides e eventualmente foi resolvido fora do tribunal. De acordo com algumas fontes, os termos não foram divulgados;[6]entretanto, os arquivos da Brigham Young University indicam a quantia de $35,000.[2]
A carreira de Booth jamais se recuperou do desastre da MGM. Nem a MGM, nem outros grandes estúdios tinham quaisquer intenções de empregá-la, o que criou uma oportunidade para o produtor Nat Levine, da produtora mais pobre Mascot Pictures. Levine viu uma oportunidade para capitalizar sobre o sucesso de Trader Horn, reunindo suas estrelas Harry Carey e Edwina Booth em dois seriados de aventura, The Vanishing Legion (1931) e The Last of the Mohicans (1932). Os filmes foram bem sucedidos dentro de seu mercado limitado, mas não conseguiram impulsionar a carreira cinematográfica de Booth.
Booth retirou-se completamente da vida pública, embora continuasse a receber cartas de fãs para o resto da sua vida. Ela declarou que ela iria dedicar todo seu futuro lazer e uma grande proporção dos seus ganhos para o alívio do sofrimento humano, "My years of illness have not been wasted" (meus anos de doença não foram desperdiçados), ela informou à imprensa local. "I have learned to love mankind" (Eu aprendi a amar a humanidade).
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Booth foi casada três vezes. Anthony Shuck, seu primeiro marido, teve o casamento anulado após ela voltar da África.[3] Casou pela segunda vez, com Urial Leo Higham, em 21 de novembro de 1951; ele morreu em 1957. Seu terceiro marido foi Reinold Fehlberg. Foram casados de 17 de fevereiro de 1959 até a morte dele, em 1983. Houve falsos rumores sobre ela ter morrido,[2] até sua morte em 1991. Ela não teve filhos. Foi sepultada em Santa Mônica, no Woodlawn Memorial Cemetery.[7]
Filmografia
[editar | editar código-fonte]Ano | Filme | Papel | Notas |
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1928 | Manhattan Cocktail | ||
1929 | Our Modern Maidens | Papel indeterminado | Não-creditada |
1931 | Trader Horn | Nina Trent, the White Goddess | |
The Vanishing Legion | Caroline Hall | (seriado) | |
1932 | The Midnight Patrol | Joyce Greeley | |
The Last of the Mohicans | Cora Munro | (seriado) | |
Trapped in Tia Juana | Dorothy Brandon | Título alternativo: Her Lover's Brother |
Referências
- ↑ Utah History
- ↑ a b c d «Edwina Booth». Utah History to Go (online course from the official site of the state of Utah). Consultado em 13 maio 2014
- ↑ a b «Medicine: Trader Horn's Goddess». Time magazine. 28 de maio de 1934. Consultado em 4 de junho de 2009
- ↑ ALBAGLI, Fernando (1988). Tudo Sobre o Oscar. Rio de Janeiro: EBAL
- ↑ EAMES, John Douglas, The MGM Story, Londres: Octopus Books, 1982
- ↑ a b «Edwina Booth, 86; Actress Who Won Fame Due to Illness». Associated Press (The New York Times obituary). 24 de maio de 1991. Consultado em 13 maio 2014
- ↑ edwina Booth no Find a Grave
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Parish, James Robert. The Hollywood Book of Death: The Bizarre, Often Sordid, Passings of More than 125 American Movie and TV Idols. Contemporary: New York, 2002.