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Eficiência de Pareto

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Os pontos vermelhos indicam a escolha ótima em termos de eficiência dado o conjunto de opções, formando uma fronteira de Pareto sob o espaço de escolhas restante (abaixo e à esquerda, em cinza)

Eficiência ou óptimo de Pareto é um conceito desenvolvido pelo italiano Vilfredo Pareto, que define um estado de alocação de recursos em que é impossível realocá-los tal que a situação de qualquer participante seja melhorada sem piorar a situação individual de outro participante.[1] O conceito tem aplicações no campo da economia, engenharia, informática, e ciências sociais.

Uma situação econômica é ótima no sentido de Pareto se não for possível melhorar a situação, ou, mais genericamente, a utilidade de um agente, sem degradar a situação ou utilidade de qualquer outro agente econômico.

Existem três condições que necessitam ser preenchidas para que uma economia possa ser considerada Pareto Eficiente:

  • eficiência nas trocas - o que é produzido na economia é distribuído de forma eficiente pelos agentes económicos, possibilitando que não sejam necessárias mais trocas entre indivíduos, isto é a taxa marginal de substituição é mesma para todos os indivíduos;
  • eficiência na produção - quando não é possível produzir mais de um bem sem reduzir a produção de outros, isto é, quando a economia se encontra sobre a sua curva de possibilidade de produção;
  • eficiência no mix de produtos - quando os bens produzidos na economia refletem as preferências dos agentes econômicos. A taxa marginal de substituição deve ser igual à taxa marginal de transformação. Um sistema de preços de concorrência perfeita permite satisfazer a esta condição.

Numa estrutura ou modelo econômico podem coexistir diversos ótimos de Pareto. Um ótimo de Pareto não trata de justiça social ou de diminuição da concentração de renda, e sim de alocar todos os recursos produzidos por uma sociedade (não haver excesso de produção, por exemplo).[2] Assim, necessariamente um aspecto socialmente benéfico ou aceitável não é o que está em análise. Por exemplo, a concentração de renda ou recursos num único agente pode ser ótima no sentido de Pareto.[3][1] Neste sentido, a eficiência de Pareto não tem conexão direta com o conceito de equidade social, embora muitas vezes um estado socialmente ótimo vir a ser Pareto eficiente, contudo o contrário, um estado Pareto eficiente não tem por requisito a justiça social.[4]

O conceito de eficiência de Pareto é utilizado na teoria de equilíbrio geral. Determinando, por exemplo, a curva de contrato no diagrama da caixa de Edgeworth, que representa um conjunto de alocações factíveis Pareto eficientes numa economia simplificada de dois bens e dois agentes econômicos.

Na informática

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Na informática, os conceitos de eficiência de Pareto são frequentemente usados, dentre outros casos, na busca por alocação de recursos mais eficiente em um sistema computacional.[5][6]

Referências

  1. a b Barr, Nicholas (2012). «3.2.2 The relevance of efficiency to different theories of society». Economics of the Welfare State 5th ed. [S.l.]: Oxford University Press. 46 páginas. ISBN 978-0-19-929781-8 
  2. https://maisretorno.com/portal/termos/o/otimo-de-pareto
  3. Sen, Amartya (outubro de 1993). «Markets and freedom: Achievements and limitations of the market mechanism in promoting individual freedoms» (PDF). Oxford Economic Papers. 45 (4): 519–541. JSTOR 2663703 
  4. Martin J. Osborne (1997). «Pareto Efficiency». www.economics.utoronto.ca. www.economics.utoronto. Consultado em 18 de outubro de 2021. Pareto Efficiency 
  5. High-performance 3D Image Processing Architectures For Image-guided Interventions, Omkar Dandekar, 2008, pp. 36
  6. António Gaspar-Cunha; Ricardo Takahashi; Carlos Henggeler Antunes. Manual de computação evolutiva e metaheurística. [S.l.: s.n.] p. 100 

Ligações externas

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