Eleanor Roosevelt
Eleanor Roosevelt | |
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Eleanor Roosevelt | |
Primeira-dama dos Estados Unidos | |
Período | 4 de março de 1933 até 12 de abril de 1945 |
Antecessor(a) | Lou Hoover |
Sucessor(a) | Bess Truman |
Primeira-dama de Nova Iorque | |
Período | 1 de janeiro de 1929 até 31 de dezembro de 1932 |
Antecessor(a) | Catherine Dunn |
Sucessor(a) | Edith Altschul |
1º Presidente da Comissão Presidencial sobre o Status da Mulher | |
Período | 20 de janeiro de 1961 até 7 de novembro de 1962 |
Antecessor(a) | Posição estabelecida |
Sucessor(a) | Esther Peterson |
1º Presidente da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos | |
Período | 1946 até 1952 |
Antecessor(a) | Posição estabelecida |
Sucessor(a) | Charles Malik |
1.ª Representante dos Estados Unidos na Comissão das Nações Unidas sobre Direitos Humanos | |
Período | 1947 até 1953 |
Antecessor(a) | Posição estabelecida |
Sucessor(a) | Mary Pillsbury Lord |
Dados pessoais | |
Nascimento | 11 de outubro de 1884 Nova Iorque, Estados Unidos |
Morte | 7 de novembro de 1962 (78 anos) Nova Iorque, Estados Unidos |
Progenitores | Mãe: Anna Rebecca Hall Pai: Elliott Bulloch Roosevelt |
Cônjuge | Franklin Roosevelt |
Filhos(as) | 6 |
Partido | Democrata |
Profissão | primeira-dama, política |
Assinatura |
Anna Eleanor Roosevelt (Nova Iorque, 11 de outubro de 1884 – Nova Iorque, 7 de novembro de 1962) foi primeira-dama dos Estados Unidos de 1933 a 1945.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Apoiou a política do New Deal, criada por seu marido e primo de quinto grau, o presidente Franklin Delano Roosevelt, e tornou-se grande defensora dos direitos humanos. Após a morte do marido, em 1945, Roosevelt continuou a ser uma defensora, porta-voz, ativista internacional para a coalizão do New Deal. Trabalhou para melhorar a situação das mulheres trabalhadoras, embora tenha sido contra a política dos direitos iguais, pois acreditava que ela afetaria negativamente as mulheres.[1]
Nos anos 1940, Eleanor foi uma das co-fundadoras da França Freedom House e apoiou a criação da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1943, Roosevelt criou a United Nations Association of the United States of America para dar suporte a criação da ONU. Foi diplomata e embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas entre 1945 e 1952, por nomeação do presidente Harry Truman. Durante o seu tempo na ONU presidiu a comissão que elaborou e aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O presidente Truman apelidou-a de "Primeira-dama do Mundo" em homenagem a suas conquistas referentes aos direitos humanos.[2]
Uma figura ativa na política durante toda a sua vida, Eleanor Roosevelt presidiu a comissão da inovadora administração de John F. Kennedy que deu início a segunda onda do feminismo, a Comissão Presidencial sobre o Status da Mulher. Seu tio, Theodore Roosevelt, foi duas vezes presidente dos Estados Unidos. Eleanor Roosevelt tinha ancestrais neerlandeses.[3]
Casamento
[editar | editar código-fonte]Em meados de 1902, Franklin Roosevelt começou a cortejar sua futura esposa.[4] Primos de quinto grau, conheceram-se durante a infância; Eleanor era sobrinha de Theodore Roosevelt.[5] Eles começaram a trocar correspondências em 1902 e, em outubro de 1903, a pediu em casamento.[6][7] Em 17 de março de 1905, Roosevelt se casou com Eleanor em Nova Iorque, apesar da forte resistência de sua mãe.[8] Sara Roosevelt era muito possessiva com seu filho, acreditando que ele era jovem demais para se casar; contudo, Eleanor não a desagradava. Por várias vezes, tentou fazer com que o casal rompesse o noivado.[9] Durante o casamento, o tio de Eleanor, presidente Theodore Roosevelt, conduziu a noiva até o altar, visto que seu pai, Elliott, havia morrido.[10]
Após o casamento, o jovem casal se mudou para Springwood, em Hyde Park. A casa era de propriedade de Sara Roosevelt até sua morte em 1941; Sara também morava lá.[11] Franklin e sua mãe fizeram o planejamento e o mobiliário de uma casa que ela construiu para o jovem casal na cidade de Nova Iorque; ao lado desta, Sara construiu uma casa igual para ela. Eleanor nunca se sentiu em casa nas residências de Hyde Park ou Nova Iorque, mas adorava a casa de férias da família na Ilha Campobello, a qual Sara deu ao casal.[12]
O biógrafo James MacGregor Burns escreveu que o jovem Roosevelt era seguro de si e à vontade na classe alta.[13] Em contraste, Eleanor na época era tímida e não gostava da vida social, ficando em casa para criar seus vários filhos. Como seu pai, deixou a criação dos filhos para sua esposa, enquanto Eleanor, por sua vez, dependia em grande parte de cuidadores contratados para criá-los. Referindo-se à sua experiência inicial como mãe, ela afirmou posteriormente que não sabia "absolutamente nada sobre como lidar ou alimentar um bebê".[14] Embora Eleanor tivesse aversão à relação sexual e a considerasse "uma provação a ser suportada",[15] ela e Franklin tiveram seis filhos: Anna, James e Elliott nasceram em 1906, 1907 e 1910, respectivamente. O segundo filho do casal, Franklin, morreu na infância em 1909. Outro filho, também chamado Franklin, nasceu em 1914, e o filho mais novo, John, nasceu em 1916.[16]
Roosevelt teve vários casos extraconjugais, incluindo um com a secretária de Eleanor, Lucy Mercer, que começou logo depois que ela foi contratada no início de 1914.[17] Em setembro de 1918, Eleanor encontrou na bagagem do marido cartas revelando o caso. Franklin pensou em se divorciar de Eleanor, mas Sara se opôs fortemente e Lucy não concordaria em se casar com um homem divorciado com cinco filhos.[18] Franklin e Eleanor continuaram casados, e ele prometeu nunca mais ver Lucy. Eleanor nunca o perdoou verdadeiramente, e o casamento deles a partir de então foi mais uma parceria política.[19] Eleanor logo depois estabeleceu uma casa separada em Hyde Park, e cada vez mais se dedicou a várias causas sociais e políticas de forma independente ao marido. A ruptura emocional no casamento foi tão profunda que, quando Roosevelt pediu a Eleanor em 1942 que voltasse para casa e morasse com ele novamente—devido à sua saúde debilitada—, ela recusou.[20] Roosevelt nem sempre estava ciente de quando a esposa visitava a Casa Branca e, por algum tempo, a primeira-dama não conseguiu contatá-lo por telefone sem a ajuda de sua secretária; Roosevelt, por sua vez, não visitou o apartamento de Eleanor em Nova Iorque até o final de 1944.[21]
Franklin quebrou sua promessa com Eleanor de se abster de ter novos casos extraconjugais. Ele e Lucy continuaram trocando correspondências e começaram a se ver novamente em 1941, ou talvez mais cedo.[22][23] Lucy estava com Roosevelt no dia em que morreu em 1945. Apesar disso, o caso extraconjugal do presidente não foi amplamente conhecido até a década de 1960.[20] O filho de Roosevelt, Elliott, afirmou que seu pai teve um caso com sua secretária particular, Marguerite "Missy" LeHand, durante vinte anos.[24]
Referências
- ↑ «Franklin Roosevelt marries Eleanor Roosevelt». History. 16 de março de 2020. Consultado em 19 de junho de 2022
- ↑ «First Lady of the World: Eleanor Roosevelt at Val-Kill». National Park Service. Consultado em 20 de maio de 2008
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 22 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 6 de outubro de 2008
- ↑ Rowley 2010, pp. 3–6.
- ↑ Rowley 2010, p. 3.
- ↑ Brands 2008.
- ↑ Smith 2007, pp. 37, 46–47.
- ↑ Burns 1956, p. 26.
- ↑ Gunther 1950, pp. 181–83.
- ↑ Dallek 2017, pp. 35–36.
- ↑ Brands 2009, p. 160.
- ↑ Smith 2007, pp. 54–55.
- ↑ Burns 1956, pp. 77–79.
- ↑ Smith 2007, pp. 57–58.
- ↑ Winkler 2006, pp. 19–20.
- ↑ Abate 1999, pp. 329.
- ↑ Smith 2007, p. 153.
- ↑ Smith 2007, p. 160.
- ↑ Winkler 2006, pp. 28, 38, 48–49.
- ↑ a b Winkler 2006, pp. 202–03.
- ↑ Gunther 1950, p. 195.
- ↑ Charles McGrath (20 de abril de 2008). «No End of the Affair». The New York Times. Consultado em 26 de março de 2020
- ↑ «Lucy Page Mercer Rutherfurd (1891-1948)». Eleanor Roosevelt Papers. 2003. Consultado em 26 de março de 2020
- ↑ Tully 2005, p. 340.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- (em inglês) Biografia de Eleanor Roosevelt