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Família Selcúnio

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Selcúnio (em latim: Selcunius)[1] ou Selcuni (em armênio: Սղկունի; romaniz.: Słkuni) foi uma família nobre armênia (nacarar) da Antiguidade.

A existência da família Selcúnio é conhecida a partir do relato de Moisés de Corene, segundo o qual descendiam do epônimo Eslaco que, no tempo do mítico Valarsaces I (século III a.C.), recebeu a função de proteger os passos montanhosos em Turuberânia e caçar cabras selvagens. Moisés, por conseguinte, afirma ter dúvidas se esse Eslaco era um dos descendentes de Haico e, por conseguinte, se sua família era uma dos haíquidas.[2][3] Os Selcúnios eram aparentados aos Mandacúnios e aparentam ser uma reminiscência dos povos salas mencionados nos registros hititas. Sua última menção ocorreu em meados do século V.[4] Foram citados na Lista de Trono (Գահնամակ, gahnamak) na 48.ª posição entre as famílias nobres do reino.[5] Propôs-se que, por se tratar de uma família menor, podiam arregimentar 300 cavaleiros ao exército do rei.[6]

Referências

  1. Moisés de Corene 1736, p. 210.
  2. Moisés de Corene 1978, p. 140.
  3. Toumanoff 1963, p. 140, nota 77.
  4. Toumanoff 1963, p. 212, nota 239; 215.
  5. Toumanoff 1963, p. 252, nota 342.
  6. Toumanoff 1963, p. 240.
  • Moisés de Corene (1736). Historiae Armeniacae libri III. Londres: Caroli Ackers 
  • Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachusetts; Londres: Harvard University Press 
  • Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History. Washington: Georgetown University Press