O fator de atrito ou coeficiente de resistência de Darcy-Weisbach, algumas vezes citado como fator de fricção (f) é um parâmetro adimensional que é utilizado para calcular a perda de carga em uma tubulação devida ao atrito.
O cálculo do fator de atrito e a influência de dois parâmetros (número de Reynolds Re e rugosidade relativa εr) depende do regime de fluxo.
a) Para regime laminar (Re < 2000) o fator de atrito é calculado como:
![{\displaystyle \ f_{\rm {laminar}}={\frac {64}{\rm {Re}}}}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/ec5db33fc7ac748e4e1e16ee0f6ca6c5f4bd26d9)
Em regime laminar, o fator de fricção é independente da rugosidade relativa e depende unicamente do número de Reynolds
![{\displaystyle \ f_{\rm {laminar}}=f(Re)}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/9bae44fa6758d7a630d9f0621cc3536b4a4e91e6)
b) Para regime turbulento (Re > 4000) o fator de atrito é calculado em função do tipo de regime.
b1) Para regime turbulento liso, se utiliza a 1ª equação de Karmann-Prandtl:
![{\displaystyle \ f_{\rm {turbulento~liso}}\Rightarrow {\frac {1}{\rm {\sqrt {f}}}}=-2.log({\frac {2,51}{Re.{\sqrt {f}}}})}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/d1b5510fe35dfab819ef7f7fb688dce794f32d42)
Em regime turbulento liso, o fator de atrito é independente da rugosidade relativa e depende unicamente do número de Reynolds
![{\displaystyle \ f_{\rm {turbulento~liso}}=f(Re)}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/2e1981e0a75351a78d915fc52a0ffc15d378224e)
b2) Para regime turbulento intermediário se utiliza a equação de Colebrook simplificada, mais conhecida como equação de Haaland:
![{\displaystyle \ f_{\rm {turbulento~intermediario}}\Rightarrow {\frac {1}{\rm {\sqrt {f}}}}=-1,8.log[{\frac {6,9}{Re}}+({\frac {\varepsilon _{r}}{3,7}})^{1,11}]}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/7db8492023a229bab0e318cf159a9f1fde074166)
Em regime turbulento intermediário, o fator de atrito depende da rugosidade relativa e do número de Reynolds
![{\displaystyle \ f_{\rm {turbulento~intermediario}}=f(Re,\varepsilon _{r})}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/f66584c7da52d0a60bc80979fce71fbeea154aae)
b3) Para regime turbulento rugoso se utiliza a 2ª equação de Karmann-Prandtl:
![{\displaystyle \ f_{\rm {turbulento~rugoso}}\Rightarrow {\frac {1}{\rm {\sqrt {f}}}}=-2.log({\frac {\varepsilon _{r}}{3,7}})}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/b013d281be45593edb2e1b77b5bad3c748c6ff6e)
Em regime turbulento rugoso, o fator de atrito depende somente da rugosidade relativa:
![{\displaystyle \ f_{\rm {turbulento~rugoso}}=f(\varepsilon _{r})}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/c7962478eefadfa4d17cb8b1e7fc5ca245a5c43c)
Alternativamente ao anterior, o coeficiente de atrito pode ser determinado de forma gráfica mediante o diagrama de Moody. Tanto entrando-se com o número de Reynolds (regime laminar) quanto com o número de Reynolds e a rugosidade relativa (regime turbulento).
b4) Para regime turbulento rugoso também é possivel utilizar a equação de Colebrook-White que descreve o diagrama de Moody. De maneira comum esta equação é resolvida de maneiro recursiva, pois o coeficiente de atrito não pode ser isolado de um lado da equação.
Uma vez conhecido o coeficiente de atrito pode-se calcular a perda de carga em uma tubulação devida ao atrito mediante a equação de Darcy-Weisbach :
![{\displaystyle \ h=f.{\frac {L}{D}}.{\frac {{v}^{2}}{2g}}}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/b758a7270be61a118fd1ce2d0437e344c444ceac)
Resumo dos regimes, equações do coeficiente e dependências
Regime
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Nº de Re
|
Coeficiente de atrito f
|
Dependência
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Laminar
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< 2000
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|
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Turbulento liso
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> 4000
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Turbulento intermediário
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> 4000
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Turbulento rugoso
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> 4000
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ou
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